Capítulo 16

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-Como pretende falar da gente pra Chloe? - ele perguntou segurando minha mão.

-Eu ainda não sei. Mas eu vou falar, juro - ele sorriu pra mim - Sabe, eu nunca pensei que fosse gostar de um garoto. Você já?

-Na verdade, eu já gosto de garotos há um tempo.

-Então você é...

-Gay? Sim!

-Sua mãe sabe?

-Sabe. Ela me aceitou de boa.

-Queria que fosse assim com meu pai.

-Ele é homofóbico?

-Não, ele não tem nenhum problema com pessoas LGBT, mas eu não sei como ele reagiria com um filho... - nessa hora eu não sabia o que falar. Eu não sabia a minha sexualidade.

-O quê?

-Eu não sei. Não sei qual é minha sexualidade.

-Não precisa ficar nervoso. Eu demorei bastante até descobrir a minha.

-Valeu por me tranquilizar - dei um selinho nele - Eu ainda não jantei. Quer ir na padaria dos pais da Marinette comigo?

-Quero sim. Eu já fui lá e gostei bastante.

-É. Ela é bem famosa na cidade - começamos a andar e eu peguei na mão dele. A rua tava deserta, então não tinha problema.

-Você é muito amigo dela?

-Mais ou menos. Na verdade, eu já gostei dela.

-Sério? - ele riu.

-É, por quê?

-É que eu não consigo imaginar você gostando da Marinette.

-Realmente é bem estranho

Nós rimos e fomos andando até a padaria. Chegando lá, eu soltei a mão dele e nós entramos.

-Oi, meninos! - a Sabine falou - O que estão fazendo na rua a essa hora?

-Só viemos passear um pouco e decidimos passar aqui - eu respondi.

-Agora eu vou ter que subir, mas a Marinette já vem atender vocês, ok? Fiquem à vontade - ela disse e subiu nos deixando sozinhos.

Eu fui olhar os doces e Marc ficou do meu lado.

Olhei as escadas e dei um beijo em Marc.

-Tá maluco?

-Não tem ninguém aqui, relaxa.

Dei mais um beijo nele, até ouvir passos vindo da escada e me afastar.

-Oi, meninos! - disse a Marinette indo para trás do balcão.

-Oi, Mari! - respondemos juntos.

-Já escolheram?

-Acho que eu vou querer um... tarte citron.

-E você, Marc?

-Eu não vou querer nada.

-Ok, então - ela pegou meu pedido e colocou em uma caixa.  Eu paguei ela e saímos da padaria. Fomos até a praça de frente pra casa dele, e nos sentamos em um banco. Abri a caixa e comecei a comer a torta.

-Você não quer?

-Não, valeu!

Comi um pedaço.

-Tem certeza? Tá muito boa - disse de boca cheia.

Ele riu.

-Tenho. Eu não sou muito de comer doces. Me deixam um pouco enjoado.

Marcaniel: Um Novo AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora