vii. ᴀᴜʀɪʙᴜs ᴛᴇɴᴇᴏ ʟᴜᴘᴜᴍ [Att.]

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[Atualizado]

Sevika entrou no bar, suas botas ensopadas marcando o chão de madeira a cada passo. As gotas escorriam de seu casaco, enquanto ela resmungava, ignorando os olhares curiosos.

ㅤ— Oi! Sevika! — uma voz rouca e jovial a chamou. A garota se pendurava de cabeça para baixo na estrutura do teto, fazendo uma arma com os dedos e "mirando" na mulher. — Tava fazendo o que lá fora???

ㅤ— Caçando um bicho. — Sevika respondeu secamente, subindo as escadas para o escritório sem se importar com a provocação. — Não era pra você estar dormindo?

ㅤ— Dormir é para os fracos! Ah, o Silco não dormiu, acho que ele tava esperando você voltar dessa... caça aí.

Sevika apenas bufou, ignorando a conversa e já tirando o casaco para não encharcar o escritório. Silco estava à mesa, concentrado em um mapa de Piltover, mas ergueu o olhar, mostrando interesse.

ㅤ— E então? — ele perguntou, com um leve brilho de expectativa.

ㅤ— Morto. Cortei o braço dele e a jugular junto, impossível sobreviver. — Sevika respondeu, torcendo um pouco da roupa antes de se jogar numa poltrona e acender um cigarro.

ㅤ— Ótimo. Vamos ver se nossas minas ficam intactas até o final do dia. Agora vá descansar; já está tarde.


Enquanto isso, em um cenário bem diferente, Jayce corria pelos corredores do hospital. Vestindo um paletó mal colocado e com o cabelo em completo desalinho, ele mostrava o quanto fora surpreendido pelo chamado urgente. Ele não se importava com os olhares das enfermeiras e médicos enquanto procurava desesperadamente por Viktor. Finalmente o avistou na ala B, sentado, sujo de sangue, sendo interrogado por defensores e Marcus.

ㅤ— Viktor! Você está bem?! — Jayce se aproximou rapidamente, ignorando os olhares ao redor. Ele se abaixou ao lado do amigo, a preocupação transparecendo em seu rosto. — Tá ferido? Já foi tratado?

Viktor, ainda em choque, balançou a cabeça confuso. — O-O que... eu não me feri, mas por que você está aqui?

Jayce avançou e o puxou para um abraço, enquanto Marcus, com o capacete nas mãos, explicou:

ㅤ— Eu o chamei. Como Conselheiro e responsável por vocês, ele deve saber o que aconteceu.

Jayce assentiu, tentando processar a situação. — Invadiram seu apartamento, não é? Levaram algo?

ㅤ— Não... droga... — Viktor murmurou, sua voz fraca. Ele se sentou e apoiou a cabeça nas mãos, sujas de sangue, e os ombros caíram. — A gente deveria ter escutado ele, Jayce... Ele conhecia Silco... ele...

ㅤ— Ele sabia o que poderia acontecer... — Jayce suspirou e ajoelhou-se diante do amigo, colocando uma mão em seu ombro, o lado limpo de sangue. — Vou dar um jeito, confia em mim?

Viktor assentiu, os olhos marejados de cansaço. — ...confio.

ㅤ— E o Eden? Está bem? — Jayce o olhou com cautela, esperando pela resposta ou pelo silêncio.

Após alguns segundos de quietude, Viktor suspirou e limpou o rosto, manchando as bochechas de vermelho.

ㅤ— Crítico. Jayce, ele... ele foi quase partido em dois... Na minha frente. Ele fez de tudo para que não me encontrassem. — A voz de Viktor tremeu, enquanto ele passava a mão pelo cabelo, tentando se recompor. — Eu devia ter feito algo... eu devia...

ㅤ— Iam te matar, Viktor. Você fez o que precisava. Na verdade, os dois fizeram, apesar do desfecho dessa invasão.

Viktor baixou as mãos, sujas de sangue e arrependimento. Ele se lembrava de tentar arrastar Eden, puxando-o com toda a força que tinha para mantê-lo escondido. Mas apenas conseguiu que ele ficasse seguro até certo ponto, segurando-o perto enquanto o sangue de Eden manchava as escadas douradas e azuis. Quando os defensores chegaram, viram Viktor no chão, aliviado, mesmo cercado pelo sangue e a dor.

Iɴғɪɴɪᴛʏ。ー AʀᴄᴀɴᴇOnde histórias criam vida. Descubra agora