Capítulo 11: Joshua

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Meu celular não parou de vibrar por um minuto até que eu o joguei na parede.

Como a Liv foi capaz de escrever tudo isso, se quem terminou foi ela? Eu nunca poderia imaginar que ela iria jogar na minha cara aquelas fotos que os paparazzi tiraram no dia em que eu almocei com a Brina, ou o Tik Tok, ou qualquer coisinha que eu supostamente tenha feito.

Mesmo estando extremamente puto, ansioso e tudo que posso remoer o meu estomago, eu ainda me preocupo com ela. Será que eu realmente a deixei tão mal assim? Eu sou mesmo um babaca?

Mas o que mais me dói e ouvir ela questionando se eu realmente  a amei. Como ela pôde? Sinto minha pele formigando e toda a pizza que eu comi se revirando dentro de mim. Meu peito está estufado e eu sinto um certo medo se arrastando pelas minhas veias, tomando conta do meu corpo.

As lágrimas involuntariamente rolam e eu me sinto como uma criancinha de novo, quando eu sempre podia correr para a minha mãe e sentir seu cheiro e seu carinho nos meus cachinhos resolviam tudo.

Nesse momento resolvo ver se o celular realmente havia quebrado ou se minha raiva não tinha sido suficiente. Aperto o botão com força e fico feliz ao saber que havia apenas um pequeno arranhão na tela. Ignoro todas as mensagens, esperando não ler nada que me fizesse desabar.

Ouço a chamada sendo completada, querendo apenas ouvir um oi da minha mãe.

"Josh, querido, é você?", ela pergunta assustada. "Está tudo bem, onde você está? Não, não me diga, pode haver alguém te hackeando ou coisa do tipo...".

Antes que ela continue, eu a interrompo. 

"Mãe, eu estou bem. Se acalma. Estou em casa, sã e salvo", talvez ela esteja realmente acreditando no que eu estou dizendo.

"Ah, querido, o que aquela garota horrorosa escreveu não pode afetar você", ela diz com a voz embargada. " Eu li algumas coisas na internet, mas não se preocupe, Josh, estamos todos o seu lado".

Alguma coisa se contorce dentro de mim quando ouço minha mãe chamando Liv de horrorosa. Eu ainda me preocupo mais com ela do que comigo, mesmo sendo eu quem esteja sendo massacrando por um  bando de adolescentes que mal sabem meu nome.

Converso um pouco com ela, mas a ansiedade mesmo que menos intensa não ia embora de jeito algum. Não vou ousar abrir o Twitter ou qualquer rede social por muito tempo. E espero que minha mãe também, pelo bem de todas garotas de 13 anos com as quais ela passou a discutir para me defender.


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⏰ Última atualização: Jan 03, 2022 ⏰

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O garoto que me ensinou a dirigirOnde histórias criam vida. Descubra agora