12. A Dor

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- Natasha, por curiosiade, qual o nome da sua mãe? -

- Natália, meu pai até tinha escolhido o nome de Natasha pra mim por que se parece com o nome dela. -

- Natália, hmm. Interessante. -

- O que é interessante? -

- Nada, er estamos quase chegando. -

- Me deixa uma rua antes pra caso de ela estar na porta ela não ver que eu estou chegando com você, ou ela vai saber que eu menti sobre estar na casa da Laura e isso vai ser pior. -

- Tudo bem. - quando eles chegaram onde ele iria parar ela desceu da moto e ele tsmbém

- Agente se vê amanhã - ela acena

- Até, e se cuida tá bom? - ele abraça ela e da um beijo em sua testa

- Tá bom. -

~☆◇☆~

Aviso, da autora:

Atenção! O capítulo a seguir irá retratar violência e espancamento então aconselho que pule caso seja muito sensível ou não goste

~☆◇☆~

- Er, oi mãe. - ela sorri fracamente enquanto imagina o que acontecerá consigo, ela estava na sala de casa com sua mãe a olhando com uma expressão de desprezo, na mão dela um copo de bebida e na mesinha ao lado do sofá que ela esta sentada algumas garrafas vazias e próximo a uma parede varios cacos de vidro espalhados pelo chão da garrafa que Natália tinha arremessado quando chegou em casa e percebeu que a filha tinha passado a noite fora. "Mais por que tudo isso? Ela nunca se importou comigo mesmo." Natasha pensou. Infelizmente sua vó não estava em casa para lhe acudir.

- Quem você pensa que é pra fazer isso comigo pirralha! Da próxima vez que você fizer isso eu nem aviso mais, eu jogo todas as suas coisas no fogo e nem se atreva a voltar, se não você vai se arrepender! - ela grita com a filha com puro ódio

- Desculpe senhora. - ela abaixa a cabeça enquanto as lagrimas caem incessantes pelo seu rosto, ela estava tremendo de medo, sua mãe já lhe batia e humilhava mais que o suficiente, mais quando bebia tanto assim o pesadelo só piorava, e muito

- Não chore! Se você chorar na minha frente você vai se arrepender! - Natália se levantou do sofá e andou em direção a filha

- Eu estou tentando parar! Eu juro! Mais eu não consigo controlar! - ela grita e cai de joelhos chorando tanto que sua vista fica embaçada, tudo o que ela pode sentir é um tapa com toda a força direcionado para o seu rosto que a derrubou no chão

- NÃO CHORA! NÃO CHORA PIRRALHA! - ela repete essa frase e a cada vez bate na filha com tapas, chutes e socos

~☆◇☆~

Natasha estava deitada em seu quarto chorando, estava toda machucada e seu corpo inteiro estava doendo, tinha acabado de tomar um banho, nem tinha conseguido comer, não tinha coragem de sair do seu quarto. Ela nem sabia decifrar qual dor era maior: a física, a emocional, a psicológica. Doía mais ainda quando ela lembrava das palavras e ações que sua "mãe" havia lhe dirigido a poucos instantes. Depois de ser espancada até que aquela mulher ficasse cansada, sando o resto de suas forças ela subiu todas aquelas escadas até seu quarto mesmo com o corpo todo dolorido. Vinícius lhe perguntou o que aconteceu e ate tentou consolar a garota mais sem sucesso, ela acabou pedindo pra ficar sozinha e ele resolveu ficar no cômodo ao lado. Para sua felicidade sua mãe nunca entrava lá, ela dizia ter nojo de tudo o que tinha haver com ela e como o seu quarto era o "foco" ela preferia nem chegar perto. Talvez ela devesse seguir o conselho da amiga e passar a morar sozinha, mais ela simplesmente não conseguia. Por que seu pai havia a abandonado? Se ele não tivesse a deixado sua vida não seria esse inferno. Isso não importava agora. "Já ví que vou ter que ir pra escola de casaco."

~☆◇☆~

- Oi Amiga! - Laura saudou Natasha animadamente, era segunda feira dia o primeiro dia de aula

- Oi Natasha. - Jimei sorriu para a amiga

- Oi gente. - ela disse um pouco desanimada, o que os amigos perceberam imediatamente

- O que aconteceu? - Jimei perguntou preocupado

- Nada! -

- Eu te conheço Natasha! O que aconteceu? - Laura falou séria

- Ok, ok. Vou mostrar. - ela os arastou até uma sala vazia

- ISSO aconteceu. - ela falou e abaixou o casaco revelando uma blusa regata e um corpo todo marcado, os amigos se espantaram com a cena, aquilo estava muito feio, ela rapidamente ajeitou o casaco antes que outra pessoa entrasse e visse aquilo

- Esta muito feio mesmo! Eu nunca ví você tão machucada assim. Foi ela. Foi aquela mulher não foi? - Laura disse trampando a boca assustada

- Sim, foi a minha mãe, ela bebeu de novo e a minha vó não estava em casa para me ajudar. - ela respondeu cabisbaixa

- Mãe? Me desculpa mais como você consegue chamar esse monstro de mãe? - Jimei disse indignado

- Ela e a minha vó são as únicas patentes que eu tenho além do meu pai que me abandonou. - ela sorriu fracamente

- Não é não! - ele respondeu

- O que disse? -

- Nada -

~☆◇☆~

- Preciso falar com você. - Jimei disse sério quando eles estavam a sós

- Pode falar. - Natasha disse simples

- O assunto é muito sério pra falar em um lugar como esse. -

- Tudo bem, então mais tarde agente chama a Laura e... -

- Melhor não, ela não pode saber disso, o menos não por enquanto. E por que você está sorrindo desse jeito, parece uma psicopata. -

- Por que eu acho que sei o que é. -

- Sabe? -

- Você vai me falar que esta apaixonado por ela. -

- Nã-não é nada disso. Eu não tinha se quer cogitado essa opção. - ele responde um pouco corado, afinal ele nunca tinha pensado nela assim, mais agora que Natasha falou... "Não, não se distraia Jimei, você tem que focar em tentar explicar a verdade pra ela."

- Bom, então eu vou dar uma desculpa pra Laura e depois da aula agente conversa. -

- Ok, combinado. -

~☆◇☆~

Notas da Autora:

Oi gente! Tudo bem? Pois é, o capítulo foi meio pesado e aposto que te fiz odiar mais ainda a tão famigerada Natália. Me perdoem mais essa é a história e quem não gostar pule o capítulo e se quiser parar de ler a história ninguém vai te julgar pois ninguém está te obrigando a ler. Obrigada pela atenção, me perdoe qualquer incômodo. Enfim, espero que estejam gostando e ficarei muito grata de vocês votarem compartilharem e comentarem. Até meu anjos, beijos de açúcar❤🥰

Entre Máquinas e Humanos (em correção)Onde histórias criam vida. Descubra agora