Os pais de Natasha haviam se separado havia um pouco mais de onze anos pois seu pai traiu sua mãe que acabou descobrindo. Ela nunca tinha ligado muito pra filha mais entrou na justiça para ficar com a guarda dela só para ganhar essa disputa com o ex marido, mais ela parecia muito com o pai, eles se pareciam fisicamente, tinha a mesma paixão pela tecnologia, a personalidade parecida. Quando a mãe olhava pra ela sempre enxergava o ex marido do qual tinha nutrido um ódio. Por isso ela sempre pedia para a moça fingir que não existia, mais a mesma sempre tentava agradar a mãe que a detestava, tudo era motivo de gritar consigo ou bater.
Natasha correu para o seu quarto e lá se deixou cair em lágrimas. Tudo o que ela mais queria era um abraço. Mais o que ela não percebeu foi que mesmo inconscientemente estava abraçando seu assistente virtual.
~☆◇☆~
- Isso são lágrimas? - ele perguntou
- Humhm - ela resmungou ainda em prantos
- Então você está chorando? É por isso que me abraça? - ela se afastou o olhando confusa e então percebeu que estava o abraçando
- Não chore! Eu sou o seu assistente virtual e meu trabalho é lhe fazer feliz. Como posso lhe ajudar? Devo tocar uma música? - ele perguntou
Ela sorriu e assentiu com a cabeça. Mesmo sendo um robô ele foi uma das poucas "pessoas" que foi tão atencioso com ela.
- Minhas pesquisas informam que essa música costuma a animar as pessoas. -
Ela riu com a escolha
- Você está rindo, eu lhe fiz feliz? -
- Sim, fez e muito, obrigada! - ela sorriu suavemente e depositou um beijo em seus assistente virtual, por mais que ele não sentisse era seu meio de agradecer.
~☆◇☆~
Natasha estava andando pelos corredores da Universidade Municipal de Auctoritas. Auctoritas é o nome da cidade e significa prestígio em latim, o fundador da cidade falava tanto em prestígio que acabaram decidindo por esse nome.
Ela estava cheia de ideias na cabeça e andava distraída, estava no horário de recreio, tinha acabado de ter uma aula em que o professor disse ter sido comprovado recentemente que máquinas podem desenvolver sentimentos dependendo de sua evolução, foi aí que em sua mente surgiu um pensamento "E se o meu assistente evoluísse ao ponto de criar sentimentos? O que ele fez ontem foi muito incomum para uma máquina. Até tem a possibilidade de ser por causa do seu modelo raro mais e se eu disponibilizasse dispositivos para que ele pudesse evoluir a esse ponto? Uma voz, um rosto e talvez até um corpo." Ela se dirigiu até a sala de projetos, lá era o local onde os alunos podiam construir o que quisessem. Assim que ela avistou a porta correu em disparada, estava muito empolgada e acabou esbarrando em uma pessoa que estava saindo de lá e o derrubando.
- Isso! Me arrebenta praga! Não é você que está com o ombro quebrado! - ele gritou irritado
- Me desculpa! Me perdoa mesmo! Eu sou muito desastrada e ainda estava distraída, eu queria correr logo pra começar uns projetos que meio que as ideias apareceram do nada na minha cabeça. Inspiração, sabe como e que é né? - ela se levantou e o ajudou a se erguer foi então que pode finalmente enxergar seu rosto, seus longos cabelos ruivos e cacheados chegavam até sua cintura porem tinha algumas meixas presas em um pequeno e bagunçado coque, ela não conseguia enxergar seus olhos direito por causa de uma franja que teimava em tampar os olhos do rapaz, mesmo com uma expressão de raiva não deixava de ser bonito, ela também observou o ombro direito do rapaz que estava enfaixado.
- Sim, sim, entendo. Mais da próxima vez fique mais atenta, você poderia ter piorado o meu braço. Estou há quase 5 semanas com ele assim e o pior é que eu sou destro, e horrível fazer as coisas assim. - a voz dele era tão doce, apesar de estar irritado parecia que um anjo falava consigo
- Tudo bem, pode deixar. - ela sorri levemente de canto.
- Bom, eu me chamo Jimei. Qual o seu nome? - ele disse e estendeu a mão
- Me chamo Natasha, prazer em conhece-lo Jimei. - ela disse e logo em seguida selando o aperto de mãos
- O prazer é meu. Mais enfim, pode me ajudar? Sabe onde fica a sala 435? Sou aluno novo, hoje é o meu primeiro dia e cheguei atrasado e o pior e que eu nem achei a sala em que eu vou estudar ainda. -
- A sim, essa é a minha sala aliás, a sala 435 tem esse número porque fica no 4-° andar, fica no corredor 3 desse andar e é a sala 5 desse corredor, por aqui e assim que as salas são numeradas pra facilitar. -
- Entendi. Muito obrigado, até breve. - ele disse e foi andando
- Até! - ela acenou e finalmente entrou na sala.
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Notas da Autora:
Oi gente! Tudo bem? Se não logo melhora pois apesar de cairmos e nos machucarmos muitas vezes a vida nos ensina a esperar o machucado sarar para poder nos reerguer ainda mais fortes. Feliz ano novo, desejo a vocês muita paz, alegria, felicidade, amor e tudo de bom. A música que eu coloquei na mídia é a que eu imaginei que o Vinícius tinha colocado kkkk
Vocês gostaram do capítulo de hoje? Fiquem a vontade para dar dicas para melhorar e críticas construtivas, e não esqueçam de comentar, compartilhar e votar, isso me incentiva muito. Beijos de açúcar e até mais meus anjos. 😊😚👋❤
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Entre Máquinas e Humanos (em correção)
SciencefictionEm pleno 2050 em um mundo de alta tecnologia uma moça chamada Natasha resolve comprar um assistente virtual e lhe da o nome de Vinícius. Natasha é uma moça 18 anos, alegre e extrovertida que faz faculdade de robótica e informática. O tempo passa e a...