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Eu mal durmo durante a noite, sozinho no meu quarto. Parece vazio. Muito largo. Eu nunca me senti tao pequeno.

As enfermeiras se recusam a responder qualquer pergunta sobre Michael. Elas não me contam onde ele esta. Elas so me asseguram que ele vai ficar bem. De certo modo eu acredito.Talvez ele fique bem, uma vez que sua crise passe. Mas de verdade, sera que ele esta bem? Eu não sei muito sobre esquizofrenia. Tudo que eu sei é que pessoas que sofrem disso escutam vozes dentro de suas cabeça que na verdade não estão realmente lá. É assustador na verdade. E me mantem acordado durante a noite.

De manhã eu acordo com o som da porta se abrindo. Primeiro eu acho que é uma enfermeira vindo me acordar para o café da manhã. Mas quando eu me viro, eu me deparo com um Michael sombrio me encarando. Seu rosto não mostra nenhuma expressão. Tem olheiras escuras em baixo de seus olhos. Eu me sento encarando-o e ele encara de volta.

"Por que?" É tudo o que ele pergutna e eu fico confuso.

"Por que o que?" Eu respondo.

Ele revira seus olhos cor de esmeralda e vai para sua cama, se deitando de costas e cruzando seus braços atrás de sua cabeça. Relaxado.

"Eles me me contaram que você teve crise por minha causa."

Ah.Eles contaram isso pra ele?

Eu fico em silencio, com os olhos ainda grudados no garoto do outro lado do quarto. Eu não quero admitir o que eu fiz. Mas as infermeiras já o informaram e eu não consigo mentir muito bem.

"É, eu tive"

As palavras saem da minha boca e eu me arrendo instantaneamente.

Ele vai pensar que eu sou uma aberração. Eu sou muito idiota. Por que eu fui admitir isso?

Mas em vez disso, ele suspira profundamente e puxa o cobertor por cima do seu corpo. Ele ainda esta com as roupas de ontem e eu presumo que ele passou a noite no quarto de isolamento no final do corredor. Eu quero perguntar, mas eu me paro. Ele não vai falar sobre isso.

"Por que?" Ele pergunta de novo.

Eu quero admitir tudo. Falar que eu acho ele doce e sedutor, ele é misterioso. Me deixa querendo saber mais e mais e mais e mais. Eu me pego perdido em seus olhos, sua voz doce que nem vanila. Cativante, me arrastando. Mas em vez disso eu digo "Eu só estava preucupado." e deixo assim.

Uma enfermeira aparece logo depois, quebreando do silêncio pendurado no quarto.

"Luke, você gostaria de vir para o café da manha?"

E eu aceno, seguindo ela para fora. Eu olho uma ultima vez para Michael antes que eu vá. Ele está dormindo, encolhido debaixo do cobertor branco. Pele palida, olheiras escuras em baixo de seus olhos. Mas eu ainda acho que ele é lindo.

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Hoje meia hora antes do meio-dia, Eu sou chamado pera a enfermaria. Eu vou me encontrar com meu psiquiatra pela primeira vez e eu estou nervoso. Toda vez que me colocam em um novo médico, o mesmo sentimento inquieto se assenta no meu estomago. Talvez seja porque eles ainda não me conhecem. Eles não sabem pelo o que eu passei, como eu opero. E o fato de que eu tenho que admitir todas aquelas coisas. É facil ser suicida. É dificl admitir.

O nome dela é Doutora Fitzgerald, ou pelo menos, é assim que ela se apresenta. Ela é jovem, talvez nos seus trinta, com cabelos castanhos escuros e olhos azuis. Eu poderia tela achado bonita se eu estivesse interessado em gente como ela. Interessado em garotas na verdade.

"Então, Luke, como você está hoje?"

Como eu estou?

Eu deixo a pergunta ficar na balança por um momento, avaliando como eu estou.

"Eu estou bem" Mas isso é uma mentira. Eu não estou bem.

A médica oferece um sorriso. É falso, eu sei, mas eu ignoro. Eu dou um sorriso pequeno em retorno, levando meus olhos para minha calça jeans e puxando um fio solto.

"Você faz isso sempre?"

Eu me assusto com sua pergunta. Faz o que? Eu olho para ela, com as sombrancelhas levantadas.

"Você está puxando os fios do seu jeans Luke. Você faz isso sempre?" Ela pergunta, escrevendo alguma coisa no seu bloco de anotações.

Ter ela lendo minha linguagem corporal me deixa nervoso. Eu não gosto do sentimento de ser observado. Eu decido não responder. Talvez seja porque eu não percebo que eu estou fazendo isso, porque seja força do hábito. Ela so continua escrevendo no seu caderno, olhando para mim de vez em quando.

"Então, ontem você teve uma pequena crise, né? Vamos falar sobre isso."

Eu não quero discutir sobre o que aconteceu. Eu não quero mais falar sobre Michael.

"Não tem nada pra falar. Eu surtei, e dai?" Eu falo, olhando para a mulher do outro lado da mesa.

Ela escreve outra coisa no caderno. Me deixa nervoso, ficar escrevendo notas. Eu sinto como se elas estivesse me julgando e eu odeio esse sentimento. A médica continua falando, mas eu não respondo. Eu estou desligado, focado no garoto dormindo em nosso quarto dividido. A imagem dele aparece na minha cabeça. Meus ouvidos escutam sua voz doce, voz de vanila. Eu me esforço para sentir sua pele palida.

"Tudo bem, Luke. Acho que é o suficiente por hoje, você parece exausto. Por que você não volta para seu quarto e tira um cochilo?"

Eu pulo do meu lugar imediatamente e saio da sala. Andando rapido pelo corredor e levando alguns olhares confusos das enfermeiras.

Quando eu entro no quarto, Michael ainda está na cama. Enrolado no cobertor, parecendo que está dormindo. Pequenos ruidos escapam pela boca entre aberta. Eu fico ali por tempo demais, olhando o garoto. Eu queria estar ali, deitado ao seu lado, mas eu não estou. E eu não posso. Então eu vou para a minha cama e me deito. Eu o encaro, mesmo ele esteja de costas para mim, e eu me encolho em baixo do cobertor.

Eu durmo e sonho com o gaorto com o cabelo platinado e olhos verdes, e sua voz doce.

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AI MEU DEUS ESSA HISTORIA TA TÃO HIUDASJO <3

espero que tenham gostado :3

Psych ➳ Muke (portugues) ❁hiatus❁Onde histórias criam vida. Descubra agora