Capitulo 4

263 32 10
                                    


Enquanto Ann estava ali totalmente distraída  com aquele bilhete, o relendo diversas vezes e sorrindo bobamente sua tia apareceu.

— Quem lhe enviou um presente ?— perguntou empolgada a velha casamenteira. — Você finalmente aceitou meu conselho sobre sair com o senhor (nome)?

— Não. — Ann bufou inconformada com aquela possibilidade.

— Quem então ?

— Anne Lister.

— Uma mulher ?— a tia dela ficou um pouco pensativa, pois conhecia aquele sobrenome só não estava se lembrando de onde, até até sua memória a ajudou, e ela fez cara de espanto.— Aquela mulher Ann? Justo aquela?

— Não um mulher pejorativamente neste tom que a senhora usou. Uma mulher incrivelmente talentosa, inteligente, genial e extremamente  encantadora.

— Absurdo. — A tia falou se sentando nervosa.— Ann você não é  mais adolescente para ter esses devaneios sem sentido. Acha mesmo que teu salário medíocre de professora vai sustentar essa mansão até quando ?— Ann voltou a se sentarba mesa para terminar seu café.— Ann quantas vezes vou ter que dizer que casamentos...

— São negócios, que casar com o homem certo nos da segurança.

— Me pergunto como a senhora passou longe a essa regra.— Ann disparou sem perceber.

— Desaforada!— Exclamou a velha tia de Ann.— Deus não me presenteou com a beleza que lhe deu de graça  e nem com o corpo certo que deu a você. Eu nunca fui escolhida por homem algum.

— E a senhora mesmo assim seguiu esperando que um idiota a escolhesse? Tia estamos em tempos atuais. As mulheres são independentes. Trabalham, são donas de suas casas. A senhora poderia muito bem conhecer alguém que a senhora se interesse.

— Palhaçada.— a velha riu incrédula.— Se nova não consegui um marido achas mesmo que agora no fim da vida alguém vai querer algo comigo? Vai querer casar e me sustentar.

— Precisa mudar essa sua cabeça tia. As pessoas hoje ficam juntas por que se gostam, porque tem coisas em comum. E elas não bancam a outra,  elas se ajudam para terem algo.

— Bobagem. E escute meu conselho, essa coisa de se envolver com mulheres não serve pra vida, você pode fazer isso escondida. Mas na frente de de os olhos o que pensariam de você com outra mulher ? E o que pensaria de você com uma mulher como aquela advogada ? Aquela fanchona.

— Deus me livre tia.— Ann balançou a cabeça e se levantou da mesa. Colocou a flor em um pequeno vaso e levou para seu quarto. Se trocou rapidamente, e desceu sem trocar mais uma palavra com sua tia. Entendi que ela era de outra época,  mas certamente já estava no limite de responde lá mal.  E de fato sua tia tinha que agradecer muito Ann, pois se não fosse ela, ela estaria até hoje comendo pão velho e mofado. Mas invez de gratidao sua tia seguia daquele forma agressiva e pejorativa. Quando pisou fora de casa até respirou fundo.   Preferiu ir a pé trabalhar. Caminha ajudaria ela se acalmar um pouco. Ela caminhou alguns minutos é seu telefone tocou interrompendo a música em seus fones. Ela simplesmente atendeu sem olhar quem era.— Alô.

— Bom dia senhorita Walker.— A voz de Anne por si só causava um arrepio em sua pele, e era automático a fazer sorrir.

— Bom dia Anne. Ia esperar chegar na escola para agradecer pela delicadeza de seu presente.

— Agradei então?

— Muito mais do que se me enviasse um ramalhete de trezentas rosas sem sentido algum. Vendidas pela ideia de um homem que decidiu que isso era romance.

Trust Lover - EmisueOnde histórias criam vida. Descubra agora