Love for all life • α̂ngelo gɑbriel

two

— Entrem meninas, vou apresentar a casa para vocês.
Fabian fala nos guiando para dentro da enorme casa.

[...]

— E é isso garotas, gostaram da casa de vocês pelos próximos meses?
Meu tio nos pergunta assim que voltamos para a sala.

— Eu amei, a casa é a sua cara.
Falei me sentindo feliz por ver o meu segundo pai realizando seus sonhos.

— Eu achei linda também, bem do jeitinho que o senhor sempre falou com a gente.
Nathalya comenta fazendo Fabian nos olhar contente.

— Mas cadê a tia e as meninas? Estou morrendo de saudades delas. Das minha gêmeas então nem se fala, devem estar enormes!
Pergunto para ele.

— Sua tia foi buscar a Anto no Colégio e as meninas aproveitaram e foram juntas, daqui a pouco chegam.

— Saudades daquelas pestes.
Nathy comenta rindo.

[...]

— Mas me conte tio, como é a sensação de estar treinando um dos maiores times do mundo?

Pergunto animada porque minha família inteira por parte de pai é santista e eu não podia ter escolhido diferente, é um orgulho que nem todos podem ter torcer para o Santos.

— Está sendo incrível minha filha, já treinei times bons mas, treinar o Santos é totalmente diferente, as responsabilidades são maiores mas a recompensa de treinar o time do Rei não tem preço. Qualquer dia levo vocês para conhecer o ct.

— Não brinca com essas coisas Bustos, você sabe como eu sou obcecada pelo Santos, seria a realização de um sonho para mim!
Exclamo animada e minha amiga solta uma risada baixa.

— Se essa guria conhecer o ct e de quebra ver os jogadores ela tem um infarto.
Nathy comenta divertida e meu tio solta uma gargalhada.

— Eu já conheci a vila mas foi em 2012, não lembro de quase nada mas, lembro de ter sido uma experiência única. Imagina conhecer o ct e ver os jogadores, aí eu já morro de vez.
Comento nostálgica e animada e os dois riem da minha fala.

— Pois então já prepara o coração que semana que vem você vai conhecer o ct.
Fabian fala e acabo soltando um gritinho animado fazendo as duas pessoas presentes rirem de mim.

— O papo ta bom mas, eu estou morta da viagem e vou para o meu quarto descansar.
Nathalya fala e eu concordo rapidamente e despedimos do Fabian e fomos para nossos quartos deitar um pouco.

[...]

Escuto uma voz me chamando e vou abrindo os olhos lentamente por causa da claridade até me acostumar. Sinto minha amiga me sacudindo e resmungo fazendo ela fir fraco.

— Acorda sua dorminhoca, já está na hora da janta. Fabian nos chamou para jantar.
Nathy fala com voz de sono e percebo que ela também tinha acabado de acordar.

— Só vou dar uma lavada no rosto e já desco.
Falo e minha amiga assente rapidamente e logo sai do quarto.

Lavo meu rosto e desco para jantar com eles e quando chego eles estão rindo de algo.

—     Opa, bão família. Do forçando o sotaque que herdei do meu pai.

— Ela nunca perde esse costume de falar como as pessoas da cidade natal do Edinho.
Meu tio fala rindo se lembrando da vez que viajou com nossa família para Arapoti no norte do Paraná onde meu pai nasceu e passou a infância, eles sempre moraram no sítio e tem um sotaque que eu particularmente amo.

— Só para não perder o costume.
Digo rindo e vou abraçar o restante da família.

Foi um chororô antes do jantar, matei a saudade que eu estava das minhas primas e da minha tia.

Fomos colocando o papo em dia enquanto comíamos, Fabian até tirou sarro do quanto a gente estava fofocando.

O resto da noite foi tranquilo, quando terminamos de jantar limpamos tudo e fomos para a sala de cinema assistir um filme, logo quando acabou fomos dormir, pois meu tio tinha que acordar cedo para o treino, mimhas primas tinham escola e eu e Nathalya tinhamos que resolver algumas coisas com a academia de dança que frequentavamos em Curitiba e ver como ficaria aqui em Santos.