capítulo 4:

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No dia seguinte...

Jade's Pov:

Assim que cheguei ao colégio fui direto ao meu armário que ficava perto da porta de entrada. Peguei alguns materiais que eu iria precisar no dia e assim que fechei meu armário, vi Tori se aproximando.

— Hey, Tori!

— Hey Jade! Eai! — Ela diz sorridente.

— Uh.... lembra daquela coisa que eu tenho que dizer ao meu pai?  que eu sou.... você sabe o que, bem eu-eu não posso. — Guardo minha garrafa na mochila.

— O que? Por quê?

— Eu estou muito nervosa.

— Isso é ridículo! Você é garota mais confiante que eu conheço. — Disse com firmeza.

— E se ele me expulsar!? E se ele parar de pagar minhas mensalidades para a Hollywood Arts! Eu não sei o que fazer!

— Se acalma Jade! O seu pai ama você, eu sei disso. Tanto sendo hétero ou gay.

— Shhh! Fala baixo. — Olho ao redor. — Vem comigo. — A puxo pelo pulso.

*Jade e Tori foram para a sala do zelador.*

— ... e não é apenas meu pai, é o Beck também.

— ...?

— Tipo ... e se enlouquecer e nunca mais falar comigo. Ou talvez ele diga a Cat, Robbie e Andre para pararem de falar comigo. Então eu não terei ninguém. — Respiro fundo.

— Jade relaxa. Você sempre terá a mim não importa o que aconteça. Eu prometo. — Ela sorri.

— Obrigada Tor. É bom conversar com alguém sobre isso. Eu realmente não mereço você.

*Tori fica vermelha.*

— Te digo o mesmo.

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As garotas foram assistir a  peça:

Jade e Tori estavam na plateia assistindo uma peça qualquer até Tori pensar em uma pergunta que ela tinha medo de fazer para Jade pois achava que a gótica iria achá-la louca, mas com a proximidade decidiu perguntar.

— ...Jade....Eu tenho uma pergunta.

— E qual é?

— Você tem crush em alguém? — Jade olha para a latina.

— Eu acho. E você? — A latina olha pra frente meio chocada com a resposta.

— Eu acho...

E então, a conversa das duas foi interrompida pelo pai de Jade que entrou.

— O que ele está fazendo aqui!? Eu sei que você teve algo a ver com isso.

— Jade, podemos muito bem arrancar o band-aid metafórico antes que seja tarde demais. Vamos, vai ficar tudo bem.

— VOCÊ ESTÁ LOUCA!! Não há como eu ir lá.

— Jade, pare de surtar! Vai ser- — Tori é interrompida.

— Talvez se corrermos agora ele não nos verá. — Tori revira os olhos e encara a gótica.

— Jade, pare com isso. Você tem que parar de ter medo de sua sexualidade. Agora vamos marchar até lá e contar ao seu pai, e vamos forçá-lo a aceitar você.

— Tori, você não entende. Quando eu era pequena, ele me afastou dos casais gays enquanto estávamos em público e me disse para julgá-los e suas escolhas de vida. Isso mostra o quão ruim é sua homofobia.

— Os tempos mudaram, tenho certeza que ele é menos rígido com esse tipo de coisa. Nós podemos fazer isso. Você confia em mim? — Jade revira os olhos.

— Eu acho.

— Então vamos logo acabar com isso. — A latina da um sorriso.

— Hey Jade.

— Pai, eu tenho uma coisa importante pra te dizer. Mas antes eu quero que saiba que eu te acho um pai maravilhoso e eu estou falando isso porque eu te amo e me preocupo muito com você. — Ela respira fundo. — Eu sou... Eu sou gay. Eu gosto de garotas do mesmo jeito que gosto de garotos. Eu sei que você é contra esse tipo de coisa e eu sinto muito mas não posso ajudá-lo nisso. Isso faz parte de mim e eu estou cansada de esconder isso do mundo. — Ele da uma risada.

— Jade, eu sempre soube que você era gay. — A gótica arregala os olhos assim como a latina.

— Você sabia? — Jade diz chocada.

— Sim. Quando você era menor, eu sempre encontrei suas Barbies beijando-se entre si. Eu convenci a mim mesmo que era apenas uma fase por um bom tempo. Mas, no fundo, eu sabia.

— Então... Você não está bravo comigo?

— Claro que não. Eu não ficaria bravo com você. Eu não aceito muito as suas escolhas de vida, mas eu te amo não importa o que e eu acredito que você é uma mulher forte que pode decidir o que quer fazer da sua vida. — Ele sorri. — E eu tenho certeza que você e sua namorada estão muito felizes juntas.

*Jade e Tori acabam corando.*

— Oh.. Hm.. A Tori não é minha namorada.

— Oh... Minhas desculpas. Bom, eu estou indo para a casa, você vem comigo Jade?

— Me de um segundo. Preciso falar com a Tori. — O homem se retira.

—... Eu te disse. — A latina sorri.

— Vega, você é incrível. Eu não posso te agradecer o suficiente. Como posso retribuir? — A latina pensa por um tempo.

— Bem, talvez você possa me ajudar a sair também. Mas, por agora, que tal você me pagar ... em um encontro. Na próxima sexta-feira em Nozu?

— Fechado. — A gótica sorriu.

*Tori beija Jade em seu rosto.*

— Preciso ir. Te vejo amanhã. — A gótica diz e sai.

I can't do that to a friend | joriOnde histórias criam vida. Descubra agora