Capítulo Vinte e Cinco

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- O que houve? - Corremos em direção a eles.

- Sangue! Ele está vomitando sangue. - Olho para Arwen e sua pele está cada vez mais pálida, um líquido viscoso escorre por sua boca com uma cor alterada.

- Alguém chame uma fada! - Exclamo em um brado. Demir corre a procura de um de nossos anfitriões e rapidamente o encontra. Minutos depois estamos cercados de fadas que tentam descobrir o que está provocando o sangramento.

- Sinto muito. - Uma delas diz com um olhar desesperança. - Não há o que fazer.

- Como não há o que fazer, vocês podem curar todo tipo de doença.

- Sim, podemos, mas não é uma doença.

- Então por que ele se encontra nesse estado? - Demir grita e o som ecoa por todo o abrigo.

- Ele foi drenado.

- Drenado? - Indago confusa, mas Demir aparenta entender o termo. Seus olhos lacrimejam e ele se deita ao lado de Arwen. - Demir o que isso significa.

- Significa que algum infeliz vampiro quis brincar de transformação drenando o sangue do corpo dele por completo e injetando sangue de vampiros. Ele está passando pela transformação.

- Não existe uma chance de ele passar por isso?

- Existia até isso começar a acontecer.

- Lamento pela perda de vocês. - A fada diz reunindo todas as outras e nos deixando novamente a sós.

- Khione... - Digo lembrando. - Temos que contar a ela.

- Não, agora não.

- Por que não?

- Por que ela não poderá vir vê-lo de qualquer forma, devemos esperar.

- Khione. - Arwen sussurra quase sem forças.

- O que disse?

- Khione. - Ele diz mais uma vez, levando uma das mãos ao chão fazendo movimentos, a terra se remexe revelando uma pequena frase, "Não confie nela!"

- Não confiar em quem Arwen? - Mas ele já não pode responder, seus olhos se fecham e lentamente seu corpo se desintegra até se reduzir ao pó.

- Não! Não! - Demir grita mais uma vez. - Arwen! - Ele chora como uma criança machucada. - Você não tem permissão Arwen, tem que voltar, você precisa voltar. - Seu choro se torna cada vez mais alto até que de repente cessa.

- Demir.

- Não Psyche, não diga que não podíamos ter feito nada, se eu tivesse lutado, se não tivesse deixado que o levassem sem mim naquela noite isso não teria acontecido.

- Demir, não pode se culpar por algo que não é sua culpa. - Ela diz tentando confortar o elfo.

- Vamos deixá-lo aqui? - Kastian aponta para as cinzas espalhadas pelo chão sendo carregadas pelo vento.

- Sim, ele gostaria de ser levado pelo vento, algo livre como ele nunca pode ser. - Ficamos em silêncio até todas as cinzas se dispersarem com a brisa. - Temos que ir, se estou certo do que ouvi os demônios tem um plano muito maior do que um dia poderíamos imaginar. - Ele diz entristecido.

Khione

Mykal joga-se contra meu corpo sobre a cama, e se põe a retirar suas peças de roupa.

- Vamos com calma. - Digo fechando novamente sua blusa, mesmo com a extraordinária visão que estava tendo.

- Ah, certo, pensei que você...

- Não está delirando, quero você, mas quero conhecê-la antes.

- Já me conhece o bastante.

Eras: Novas OrigensOnde histórias criam vida. Descubra agora