8.00

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/Quebra de tempo/
/3 anos/

Taeil: 26 anos
Johnny: 25 anos

Taeil havia contado seus tsurus pela última vez há tanto tempo que mal se lembrava, mas tinha certeza que haviam mais ou menos 800 deles naquela caixa colorida.

Em comparação, sua vida estava mais corrida do que nunca, só que o colorido que havia nela havia se dissipado de uma forma dolorosa.

Você precisa sair, hyung! Se divertir, sei lá, desde que o Johnny foi embora você não é mais o mesmo. — Doyoung lhe dizia com uma certa tristeza na voz. E ao lado no mesmo, Taeyong concordava.

Ele tem razão, vamos sair e nos divertir um pouco, o semestre tá muito estressante, nós merecemos. — Taeyong disse por vez, fazendo o Moon ficar pensativo.

Eu não sei, nem tenho mais ânimo para fazer nada, sem o Johnny não é a mesma coisa... — Suspirou pesado, ainda era difícil para si falar dele.

A verdade era que o relacionamento dos dois não estava bem, ambos mal se falavam direito por causa da demasiada diferença de fuso horário entre os países. Era complicado acharem um momento bom para se falarem enquanto tinham que lidar com tantas responsabilidades.

Taeil estava desanimado, sentia muita falta do seu grandão, e Johnny também não estava diferente; sentia que a qualquer segundo iria jogar tudo para o alto e ir atrás do seu pequeno. Mas nada era tão fácil, era o nome da sua família que tinha de zelar.

E nesse meio tempo ele se aproximou de Taeyong e Doyoung. Os dois o ajudaram muito, literalmente o obrigavam a sair de casa e respirar um pouco de ar fora do seu quarto.

Assim como naquele momento, em que voltavam de uma lanchonete; na verdade Taeil apenas segurou vela para o casal; tentando convencer o mesmo a sair junto com os dois no fim de semana.

A gente promete que não vai te deixar de vela de novo, vou levar até meu maninho pra te fazer companhia. — Taeil o olhou incrédulo, além de vela ainda ia ser babá? — Vai, o Donghyuck te adora...

O mais velho pensou que não seria uma má ideia. Quer dizer, sair um pouco não era tão ruim, e Donghyuck era uma graça, uma boa companhia, sempre ria bastante quando estava com ele.

Tudo bem, eu vou. — Os três pararam de caminhar quando Taeil foi abraçado com força pelo casal, comemorando como se ele não estivesse ali.

Vamos te buscar, vê se não enrola nós dois de novo com aquele papo de "não tenho nenhuma roupa pra sair", senão você vai nem que seja amarrado. — Taeil engoliu em seco, Doyoung poderia ser adorável demais, porém era ameaçador quando queria.

Mas quando chegou em sua casa, seu ânimo caiu para abaixo de 0, sentindo vontade de apenas deitar e dormir em plenas 19:00 da noite de uma sexta-feira.

Suspirou audivelmente mais uma vez, indo para o seu casulo, vulgo seu quarto. Se jogou em sua cama, olhando para o teto branco, pensando em tudo e ao mesmo tempo em nada em específico.

Mas, principalmente: quando sua vida de tornou uma espiral de acontecimentos previsíveis e repetitivos?

Já fazem 3 anos, John... Mas parece uma eternidade. — Refletiu enquanto olhava diretamente para uma das várias fotos coladas na parede, nela estava ele e Johnny em um de seus sábados preguiçosos.

Qual é, Moon Taeil? Você não vai chorar, não é? — Colocou as mãos sobre o rosto, se impedindo de realizar tal ato mais uma vez. Se sentia fraco quando isso acontecia, se submetendo às lembranças bonitas que havia vivido.

Ergueu seu corpo para se sentar na cama, limpando rapidamente os resquícios de lágrimas que haviam se formado.

E quando se sentiu pronto para levantar, o barulho de notificação soou por todo o cômodo.

Não evitou de sorrir largamente por aquela mensagem.

  John💗🦋/

| Hey, pequeno!

| Sinto muito sua falta...
Saiba que eu te amo
muito, e não tem um dia
que eu não pense em nós.

| Espero que esteja se
cuidando, fico sempre
preocupado com você.

| E mais uma vez, eu
te amo, e peço que
espere mais um pouco
por mim, por favor...

E elas foram o gatilho perfeito para que ele finalmente cedesse às lágrimas que segurava há anos. Doía, céus, como doía aquela distância.

E o resto da noite se passou lentamente, com Taeil mergulhado naquelas memórias agradavelmente serenas, mas lancinantes.

E do outro lado do mundo, um certo americano também se lamentava, aquela agonizante sensação de ficar longe do seu amado. A sensação de incapacidade por não ter lutado mais por aquele amor.

E naquele dia, alguém finalmente os ouviu teve piedade daquele jovem casal.

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Um pouquinho de tristeza pra dar uma emoção na fic.

Eu quis demonstrar nesse capítulo mais o que o Johnny e o Taeil estavam sentindo, a saudade que tinham um do outro, espero não ter exagerado tanto...

Enfim, mais 2 capítulos para encerrar, e prometo que o próximo vai ser a coisa mais linda❣️

Até o próximo capítulo 🌻

꒲ one thousand tsurus | [Johnil]Onde histórias criam vida. Descubra agora