Ruina

Espere minha volta a casa

Flashback

Eles abrem a porta e ela dá um passo para dentro, olhando em volta, colocando a caixa de itens essenciais que todos os recém-chegados recebem no chão e deixando a bolsa de lona cair de seus ombros.

“Tem certeza que não quer trocar?”, Ela diz, batendo no velho aquecedor a lenha no canto.

“Eu já disse que é bem-vinda para ficar em casa comigo. Tem muito espaço aí, garota ”, diz Joel em voz baixa, largando outra caixa de suprimentos que carregava e encostando-se na porta de entrada.

Ellie examina o único cômodo ... apartamento, ela imagina? Parece que costumava ser uma garagem. Vai ser difícil descobrir como chamar isso.

Realmente não é horrível. Tem uma pequena cozinha, casa de banho própria. Já há uma cama nele, além de uma escrivaninha e uma cadeira. Todo o lugar é bastante grande. Certamente mais do que ela já teve que chamar de seu antes. Ela passou a vida inteira em dormitórios de um tipo ou de outro até o ano passado.

"Nah ... acho que quero um lugar só para mim." Ela diz, virando-se para ele, mas sem realmente olhar para ele: “Eu também estava pensando que provavelmente mereço a casa, e você pode morar aqui no barraco. Eu realmente não me importaria muito. ”

Joel ri, o som retumbando em seu peito do jeito que faz com ele.

“Tá certo…”, ele estala a língua como se estivesse chamando um cavalo, e bate os nós dos dedos contra o batente da porta. "Bem, acho que este lugar vai ser muito bom para você."

Ellie dá outra olhada ao redor, agindo como se estivesse pesando suas opções.

"Acho que vai funcionar."

Joel sorri torto. "Fico feliz em ouvir isso."

Ellie sorri de volta por um momento, mas depois volta a não encontrar seus olhos. Os dois ficam parados sem jeito por um segundo, Ellie balançando os tornozelos, as mãos nos bolsos, soprando nas bochechas. Joel levanta as sobrancelhas e respira pelo nariz.

"Bem ...acho que devo…ir para casa"

Ellie apenas acena com a cabeça. "Acho que sim…"

“Vamos, uh ... vamos ver se vou conseguir mais algumas coisas amanhã, que tal?”, Joel mantém a mão enrolada no batente da porta, como se não quisesse deixar a porta abrir permissão para fechar.

"Sim, parece bom." Ellie diz, fingindo estar olhando ao redor de sua nova casa novamente.

"Ok", Joel balança a cabeça e agarra a maçaneta, inclinando-se um pouco para dentro da sala antes de fechar a porta, "Vejo você por aí, garota."

“Sim”, ela diz enquanto a porta se fecha.

Ela o ouve voltar para sua nova casa, subir o pequeno deck e entrar pela porta dos fundos.

“Vejo você por aí,Joel.”, Ela diz para o espaço vazio.

As coisas estavam geladas entre eles desde Salt Lake,Desde o hospital. Eles haviam passado tanto tempo tentando chegar lá, para os vaga-lumes, e então, uma vez que o fizeram, ela nem sabia disso. Ela passou direto do desmaio subaquático naquele túnel para acordar com uma bata cirúrgica na parte de trás de um caminhão, dirigindo para longe da cidade. Longe de todas as respostas de que precisava, depois de tudo o que fizera.

Ela queria acreditar que o que Joel disse a ela era a verdade, por mais que doesse. Que ela era especial, mas não era. Que tudo o que sua imunidade fez foi permitir que ela assistisse a outras pessoas morrerem, salvando-se apenas para ver isso acontecer. Ela se perguntou se algum dia conheceria uma das outras pessoas que Joel disse ter a mesma ... bênção.