a mão que move o arado

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Notas da autora: ainda to começando de novo e não pretendo escrever historias originais,mas vou trazer mais traduções,principalmente de historias concluidas. Espero que quem encontrar a fanfic leia,pq são boas historias.
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Flashback

Mesmo com o frio no ar e a neve cobrindo o chão, a sala de reuniões da igreja estava quente. Faça com que vários corpos dancem em um só lugar e você com certeza aumentará a temperatura.

Ela estava suando praticamente desde que entrou pela porta. Seu coração batia forte, seus olhos claros.

Esta noite, ela sabia o que estava fazendo.

A cidade zumbia por semanas sempre que acontecia um baile. Qualquer tipo de alívio da mundanidade do dia-a-dia que não envolvesse a morte era sempre bem-vindo, e o clima na sala tinha estado agitado durante toda a noite. A música estridente e alta. Riso vindo facilmente. Crianças jogando jogos fora das bordas como “ pegue o Clicker”. Eles não sabiam o quão perigoso o mundo era...

Do jeito que as coisas deveriam ser.

Entre todos aqueles vizinhos e amigos que se permitiam ser felizes, ela estava animada, mas suas mãos tremiam. Tremendo. Seus nervos a traindo como nunca antes. Todos diziam que ela era confiante.

“Bem… só porque você se decidiu não significa que seu corpo não está se preparando para sair correndo daqui se isso der errado”, ela supôs.

Foda-se seus nervos. Isso estava acontecendo.

Suas mãos continuam tremendo.

Ela dançou junto com a multidão,apenas esperando. Ela educadamente,até mesmo energicamente,aceitou as ofertas para dançar com os meninos com aqueles sorrisos dissimulados e confiantes de “olha só oque eu tenho”. Ela sempre foi do tipo caridosa.

Mesmo quando ela estava em um relacionamento todo esse tempo, havia outros pretendentes praticamente implorando para que ela soubesse que estavam esperando nos bastidores caso Dina ficasse solteira. Parecia que esta noite todos pensavam “É isso”. Essa era a chance deles.

Nenhum deles sabia, entretanto.

Seu coração havia falado por mais tempo do que ela mesma sabia.

Esta não seria a noite para qualquer um dos meninos.

Enquanto dançava com um dos irmãos Thomas, sua respiração engata quando ela vê aquele que ela estava esperando do outro lado da sala. Indiferente. Cuidando de um copo de uísque. Cabelo preso e limpo. “Vestida” com as mesmas roupas usadas ao longo do dia. A coisa mais linda que ela já viu.

Ela sabia ... ela SABIA que era agora ou nunca quando aquela música terminou e seus olhos se encontraram, a música mudando para um número mais lento pela primeira vez durante toda a noite. Ela precisa se lembrar de agradecer a quem está girando os discos. Bom cuidar de sua garota.

Elas se abraçam na pista de dança. Perto o suficiente para que as pessoas percebam. Perto o suficiente para ela não se importar. Sua pele formiga, ganhando vida onde seus corpos se encontram, mesmo com a bagunça de suas roupas suadas.

Ela passou tanto tempo negando isso, e agora com a sensação daquelas mãos sobre ela, ela não consegue pensar em uma única maldita razão para isso.

Ela corre para tirar a discussão verbal necessária do caminho.

“Sua idiota ...”, ela pensa consigo mesma, lutando contra o desejo de correr seus lábios contra a extensão aberta do pescoço convidativo bem na frente dela, “... nós não estamos aqui para isso.”

RuinaOnde histórias criam vida. Descubra agora