Anjos na terra

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Acredito que existem anjos na terra.

Anjos em forma de pessoas.

Aquelas pessoas que por vezes levam com as tuas palavras tortas, desabafos do momento mesmo não tendo culpa do que aconteceu.

Aquelas pessoas que te ouvem sem julgar.

Aquelas pessoas que procuram te aconselhar.

Aquelas pessoas que amparam as tuas lágrimas, que aliviam as tuas feridas da alma.

Aquelas pessoas que te abraçam e que te dizem que tudo ficará bem.

Aquelas pessoas que estão lá para ti e que não te abandonam nunca.

Aquelas pessoas que acreditam em ti quando não acreditas mais.

Aquelas pessoas que mostram que tudo se resolve quando não encontras a solução.

Aquelas pessoas que mostram que o mundo não tão é cruel como tu pensas.

Elas são como um arco-íris no meio de uma tempestade que mostram que existe luz no meio da escuridão.


Sabias que tens o poder de atrair essas pessoas ao seres tu próprio? Ao seres o que és atrais os teus semelhantes e repulsas os que não precisas. 

No entanto não significa que saíras impune de toda a maldade do mundo, mas, ao não querer partilhar o teu mundo com aqueles que te fazem mal ou que tenham convicções muito diferentes que te possam afetar, farás com que essas pessoas deixem de ter significado na tua vida.


E se os outros criticarem quem és? E se eles criticarem a forma como vives?

Não importa, o problema é dessas pessoas que falam dos outros e não conseguem enxergar a própria realidade, a própria vida e estão sempre a reclamar porque acham que não conseguem fazer diferente e poderá ser inveja de não terem a tua coragem de partir padrões que nos são incutidos na nossa sociedade e que não conseguem ir contra e procurar quem são de verdade.


Só dás poder ao outro quando te deixas afetar por criticas, por maldizeres.

Só tu ficarás mal e o outro conseguirá o que quer, chatear-te empurrar-te para o precipício porque é tão fácil falar mas tão difícil fazer diferente.


Ao dizer-te isto tudo não digo que existe um segredo, porque como já te disse anteriormente não existe maneira certa de viver nem maneira certa de caminhar. O mais difícil é encontrar a nossa maneira de lidar com as situações e para isso não existe uma formula mágica que possa ajudar.


Acho que o primeiro passo é conhecer-te a ti próprio, isso não é egoísmo é primordial.

Ao conhecer-te conhecerás os teus pontos fortes e pontos fracos. Conhecerás o que mais gostas e o que mais detestas, conhecerás o teus limites e a impor limites ao outros.

Começarás a valorizar-te aos poucos e a conhecer a tua força que se encontrava oculta.


A tua liberdade começa quando impões os teus limites ao outro, a impor respeito. Se mesmo assim a pessoa continuar a te importunar o problema já não é teu e não dês importância. Todos temos o nosso tempo e poderá acontecer que o outro esteja num patamar diferente do teu na vida.

Cada um aprende ao seu ritmo, as vivências não são as mesmas, as dores não são as mesmas.


Ninguém é perfeito mas muitas vezes pensamos que existe uma lei universal sobre todas as coisas e isso faz com que as pessoas consideram que a sua maneira de pensar é que está correta e deixa de ocorrer a empatia que é tão essencial. A empatia, o ato de se colocar no lugar do outro e a linha do respeito acaba muitas vezes por ser corroída porque quando digo que "cada ser é especial e único e especial" não é sinónimo de "sou melhor que toda a gente". É sinónimo de "sou diferente e especial e o outro tem que me respeitar na minha diferença, não sou melhor que ninguém".


Difícil não é aprenderes isso, mais difícil é chegares a um ponto em que já não te reconheces porque tentaste agradar a toda a gente e que sentes que a tua vida se trata de uma mentira porque não vai de encontro a tua essência. Ao tentar agradar a toda a gente estas a mostrar alguém que não és, uma pessoa que não existe, a permitir a entrada de pessoas na tua vida que não combinam contigo e e que criticam aquilo que és.

Se não gostares de ti como poderão os outros gostar?

E se não gostarem não há problema. Também não gostas de toda a gente!

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