𝐇𝐨𝐧𝐨𝐫 𝐀𝐧𝐝 𝐏𝐫𝐢𝐝𝐞

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𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝙸𝙸
𝐉𝐨𝐮𝐢 𝐉𝐨𝐮𝐤𝐢 - 𝐍𝐚𝐬𝐜𝐞𝐫 𝐝𝐨 𝐬𝐨𝐥

O astro luminoso já erguido iluminava o caminho de terra batida. Eu tentava segurar as rédeas com força, o que demonstrava a minha insegurança no cavalgar naquele trilho com uma égua que nunca havia saído de um celeiro - que nunca teve a oportunidade de ver a luz do dia e galgar em um solo que não fosse relvado ou coberto de palha.

O animal era doce tal como seus olhos meigos e negros que se sobressaiam por causa da sua pele branca como a espuma do mar. A égua nunca foi minha até o dia de hoje, foi criada pela minha irmã, Mayumi, que sempre desejou ter um potro na família - e como meu pai sempre quis dar tudo à minha irmã mais nova, um potro ele comprou em troca de vinte moedas de ouro e cinco de prata.

Recebi à anoiteceres atrás uma carta com um selo real - não do meu reino, mas sim do reino de Ankasdre:

Como somos uma família da nobreza, temos o dever de honrar, seja qual for o Reino, unicamente pela cortesia de servir e lutar com uma espada na mão - devemos nossa vida ao rei ao qual servimos

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Como somos uma família da nobreza, temos o dever de honrar, seja qual for o Reino, unicamente pela cortesia de servir e lutar com uma espada na mão - devemos nossa vida ao rei ao qual servimos.
Quando meu pai percebeu a carta nas minhas mãos, a retirou e a leu durante uns minutos, como se tentasse entender a letra deplorável de quem a escreveu. Após a sua breve leitura, ajeitou o seu monóculo de prata - ele sempre o utilizava, não por precisar mas sim para ter um ar mais imponente, para mostrar ao mundo como ele era poderoso só por ter riqueza - e encarou o meu rosto enquanto seus olhos brilhavam, pela primeira vez, de orgulho.

"Meu filho, como está crescido! Um reino como Ankasdre deseja que lute ao seu lado. Que tamanha honra!" - dizia-me ele enquanto mostrava a carta para as mulheres da vida dele, minha irmã e minha mãe.

Eu nunca quis ir, nunca desejei ter uma espada na mão - como era óbvio, já havia servido o meu reino em derivadas batalhas, mas nunca foi por desejo meu mas sim por uma obrigação enquanto um nobre. Mas ver meu pai assim, finalmente sentir, seja o que for de orgulho, talvez tenha feito eu mudar de opinião.

"Trarei honra à nossa família" - respondia eu, sem temer à vida, ou sem querer olhar para trás na minha decisão.

O que é certo, é que, ao despontar do astro luminoso nos céus, expulsando a escuridão da noite, fui acordado com uma mala pronta aos meus pés e uma égua - que minha irmã nomeou de Sakura, como uma bela cerejeira que representava o nosso reino - preso no exterior da minha casa, com malas laterais presas na sua dorsal e suas crinas loiras trançadas e decoradas com pequenas flores rosadas, que eu identifiquei como as flores de uma cerejeira. Todos esperavam por mim na mesa da cozinha, uma refeição enorme jazia na mesa e pedia para ser consumida. Os olhares dos meus familiares percorreram por mim enquanto comíamos sentados lado a lado ou de frente a frente, como se quisessem ver se eu realmente estava preparado para tal ocasião, para tal responsabilidade, para tal despedida.

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⏰ Última atualização: Aug 30, 2022 ⏰

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𝐀𝐧𝐤𝐚𝐬𝐝𝐫𝐞 (𝐇𝐢𝐚𝐭𝐮𝐬)Onde histórias criam vida. Descubra agora