01. young folks

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não esqueçam de comentar e, se quiserem entrar na vibe da fic, coloquem para tocar a música que está na mídia <3


Em algum lugar da rota 66, o calor era simplesmente insuportável.

Jeongguk sentia o cheiro da poeira e da maldita gasolina que pingava do escapamento do seu carro. Em outras condições, se ele não estivesse intensamente focado em esquecer tantos problemas que surgiram em tão pouco tempo, estaria apreciando verdadeiramente a liberdade que a combinação desses dois cheiros proporcionava.

Ele tinha uma garrafa de energético na mão livre. Estava dando goles tão curtos que a garganta praticamente fingia que eles não estavam descendo. No rádio, alguma coisa country tocava, algo bem próximo das músicas que Alice, sua ex-namorada ruiva de sorriso encantador, costumava escutar quando estava deitada no chão da sala do apartamento que dividiam na Pensilvânia, anos luz de distância de onde estava agora.

Uma respiração frouxa e esganiçada escapou de seus lábios secos. Isso se chamava frustração. Jeongguk estava absurdamente frustrado e absurdamente desesperado para sentir alguma coisa diferente disso. A estrada, dividida entre laranja, amarelo e azul, pareceu uma boa ideia quando suas mãos começaram a preencher uma bolsa de couro com todas as suas roupas mais leves, decididas de que precisavam abrir a porta com uma rachadura em formato de estrela e apreciar um ar diferente e menos sufocante, ainda que toda a poeira que entrava pela janela fosse sufocante na mesma medida.

Mas sabe como é, seu ar-condicionado estava quebrado e Jeongguk também estava, sendo obrigado a dirigir de vidros abaixados para não desmaiar de tanto calor.

Seus olhos vagavam pelo cenário. Não era um bonito para a grande maioria dos moradores da Califórnia. Tinha muito cacto, muita planta morta, árvores secas e estranhas e estabelecimentos abandonados. Os postos de gasolina não tinham mais cor e era como se um tornado tivesse passado por ali e destruído tudo, deixando de brinde fissuras infinitas que fariam um pé — ou uma roda muito azarada —, tombar.

Entretanto, Jeongguk gostava daquilo. Ele gostava dos postos, mesmo que todos eles lembrassem um conto trágico do Stephen King, porque pareciam enormes e inabaláveis mesmo depois de tantos anos apenas parados. Ele também gostava dos cactos que mais se pareciam cinzas e não verdes, porque eles diziam que a vida nascia até mesmo em uma terra tão arenosa. Ele também gostava das árvores, porque todas elas pareciam acenar gentilmente.

Mas, principalmente, Jeongguk gostava do céu. Era um azul vibrante e sólido, com poucas nuvens vagando de um lado para o outro. O sol batia diretamente em seus olhos, mas isso não importava, não quando ele era um círculo brilhante bem no meio daquela infinidade azul e pacífica e trazia um conforto que Jeongguk não sentia desde que tivera a belíssima ideia de sair da Coreia para morar nos Estados Unidos.

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