Capítulo seis.

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Nunca ouvirá falar de ataque algum pelo castelo. Por que eles atacavam o castelo? A confusão dominava a minha cabeça. Não iria descansar, não naquele momento. Ainda precisa saber se o rei iria aceitar a minha proposta de tirar o meu povo daquela situação, ainda havia muitas perguntas que não largavam a minha mente. Eu queria saber os porquês dos ataques, o diário, o rebelde e onde estaria a rainha que acabará de chegar de viagem com a alteza.
- É mais um fantoche da corte? - disse o rebelde, escondido atrás da escuridão enquanto me encarava quase enlouquecendo.
- O que disse? - digo, após levar um susto com o rebelde entre as sombras.
- Aqui no palácio - ele se aproxima. Sons dos seus sapatos ecoavam pelo corredor silencioso. -, ou você é um grande ator ou é um fantoche controlado pela corte. - explica cuidadosamente, observando cada lado do corredor com atenção.
- O que quer dizer com isso? - pergunto, e os seus olhos logo se cruzam novamente com os meus, vê-lo muito próximo de mim não era fácil. Sei que não deveria dar ouvidos a um qualquer, principalmente a um possível adversário do rei, mas a sua fala havia me cativado de alguma forma.
- Não haverá muito tempo até entender o que eu digo. - disse, e logo após saíu pelos corredores me deixando ainda mais confusa. Eu odiava aquilo, odiava a forma em que ele era cuidadoso com as suas palavras, ao ponto de deixar a pessoa maluca, bom, ele me deixava maluca, mas ele deixou-me ainda mais intrigada, tenho certeza de que é assim que quer me ver - enlouquecendo - ele gosta disso, o mesmo ria das minhas mãos trêmulas no ataque, e é por isso que eu tenho que ser mais esperta que ele. Não irei cair nas suas armadilhas.
- Se chama Lua, não é? - me viro ao ouvir a voz da alteza.
- Sim, alteza. - disse me curvando diante dele.
- Não precisa me chamar de alteza, srta. - disse, passando as mãos pelos seus cachos escuros e brilhantes, e provavelmente recém hidratados. - Me chame somente de Kalen. - ele sorriu gentilmente.
- Como alguém poderia ser tão belo daquela forma? - pensei.
- Bom, eu agradeço. - ele sorri mais uma vez.
- O quê? - gritei.
- Bom, obrigado por me achar belo. - diz ele, revelando as suas covinhas.
- Como...? Esper...- eu não, calma, como assim? - as palavras saem da minha boca tentando entender a situação.
- Desculpe te assustar. Eu deveria ter lhe explicado. - diz.
- explicado o quê? - digo tentando não parecer grossa ou informal.
- Eu consigo manipular as mentes das pessoas. - eu mal consigo respirar ou tentar entender o quê estava acontecendo. - Eu sei que foi uma falta de respeito ter lido a sua mente, e peço desculpas por isso, mas você praticamente gritou aquilo - ele ri -, não sei como não saíu dos seus lábios.
O que eu poderia dizer? Naquele momento o melhor era eu me calar, e tentar esconder os meus pensamentos, me sentia ameaçada.
- Filho! Querido! - exclamou uma mulher morena, suponho que seja a rainha.
- Majestade...? - Soou como uma pergunta. Me curvei, o que fez ela fazer o mesmo.

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⏰ Última atualização: Sep 30, 2023 ⏰

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The 𝐒𝐞𝐜𝐫𝐞𝐭 Of The 𝐓𝐡𝐫𝐨𝐧𝐞.Onde histórias criam vida. Descubra agora