3 - Não dessa maneira.

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— MEU MERLIN! – gritou Sirius irritado — Onde eu coloquei as chaves da minha moto? – enquanto isso ele procurava pela varanda.

— Ah não, de novo não. – eu disse levantando o tapete que ficava em frente a porta para procurar — Tem certeza que deixou por aqui?

— Tenho sim mini Regulus. – disse ele rindo.

Era bem comum ele esquecer onde colocou suas chaves, na verdade ele as deixava em qualquer canto. E isso não seria um problema se nós não estivéssemos atrasados, iríamos para a estação King Cross, já que era primeiro de setembro e o início das aulas em Hogwarts.

E como morávamos em uma vila trouxa, para usar feitiços era preciso ter cautela, um simples "accio" traria as chaves em segundos, porém com diversos trouxas passando pela rua, o jeito era encontrar as chaves do modo convencional.

Procurando.

— Vamos no carro Sirius! – sugeriu James, do quintal de sua casa enquanto colocava os malões no porta malas.

— Não cabe todo mundo prongs. – respondeu Sirius — Tenho certeza que deixei elas aqui!  – disse ele apontando para a pequena mesa que ficava ao lado de fora de casa.

— ACHEI! – gritou Remus, apontando para o bolso de Sírius. — Aqui está meu amor! – disse puxando as chaves. 

— Obrigado, babe. – disse Sirius e deixou um selinho em Remus, em forma de agradecimento — Não sei o que faria sem você.

— Não acredito que estavam no seu bolso esse tempo todo! – disse indignada.

— Acontece... – respondeu Sirius sem graça, e acendeu um cigarro.

Como Lily tinha um compromisso no ministério da magia e minha mãe estava no trabalho, a missão de nos levar à estação era dos Marotos.

Depois fui até a varanda da casa de meus padrinhos, e Cady passou por mim rapidamente e deixou um breve abraço, ela segurava seus diversos materiais de artes para colocá-los no carro.

E logo Harry desceu as escadas, ele estava meio atrapalhado por estar com duas gaiolas, uma delas com Edwiges e a outra com Gin, o coelho de Cady.

— Deixa que eu te ajudo. – ofereci a ele vendo sua dificuldade, mas claramente peguei a gaiola de Gin, já que não me dou bem com pássaros.

— Obrigado, minha querida. – disse ele e seguiu em direção ao carro, mas antes deixou um beijinho em minha bochecha.

Me surpreendi pela atitude de Harry, e senti minhas bochechas ficarem ruborizadas.

Como era arriscado sair, passamos o restante das férias em casa, foram diversas madrugadas que passamos assistindo filmes, ou as tardes que James, Sirius e Harry se empenharam para me treinar para o quadribol.

Quando me dei conta Sirius buzinava loucamente, para chamar minha atenção.

— VEM S/N! –  gritou James — Se a gente perder o trem a Lily me mata!

— Estou indo! – respondi e fechei a porta e corri para o carro, me sentando no banco traseiro ao lado de Cady.

— Para King Cross! – disse James ligando o rádio em uma música animada.

Harry que estava no banco da frente, começou a me olhar pelo retrovisor e quando seus olhos se encontraram com os meus ele sorriu e voltou sua atenção para a janela do carro.

— Friends don't look at friends that way... – cantarolou Cady animada a música que por coincidência começou a tocar no rádio. 

Revirei os olhos e ela começou a repetir.

𝐑𝐄𝐖𝐑𝐈𝐓𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐒 | Harry Potter Onde histórias criam vida. Descubra agora