Consequences - merder

Eu aceito

Meredith mordia nervosamente seu dedo enquanto andava de um lado para o outro na sala de estar. O relógio dizia meia-noite e quinze.

Madelyn estava dormindo tranquila em seu quarto. Meredith havia recebido uma ligação de Izzie dizendo que a cirurgia de Teddy fora um sucesso e agora ele estava no quarto de hospital no pós-operatório. E mesmo com o horário de visita tendo acabado, Denny disse que passaria a noite no hospital.

E agora, Meredith estava uma completa bagunça. Uma parte dizia para ela enfrentar tudo de frente e não desistir de sua menininha caso Derek quisesse envolver a justiça, mas outra parte a dizia para arrumar as malas e fugir para outro estado. E por isso que ela precisava de Izzie agora.

Antes da ligação terminar, Meredith havia pedido para Izzie passar em sua casa quando chegasse no hospital. Precisava conversar e se decidir, e sabia que Teddy ou Izzie eram os únicos que poderiam a impedir de fazer alguma besteira. Ela só precisava que Izzie chegasse logo.

Quando a loira ouviu uma batida na porta, praticamente correu até mesma e a abriu com rapidez.

— Izzie! Graças a Deus você...

Então empalideceu. Aquela não era Izzie.

— Cadê ela? — Derek perguntou ofegante, seus olhos vazios e um pouco raivosos. — Cadê minha filha?!

— Mas que po... o que diabos você está fazendo aqui?! Como você sabe aonde eu moro?! — Perguntou, o vendo entrar na casa e começar a andar em direção a sala.

Ele não respondeu suas perguntas.

— Aonde ela está?!

O sangue de Meredith ferveu e ela viu vermelho.

Fechou a porta com força, com uma força que a fez se xingar mentalmente. Provavelmente acordara Madelyn.

— Que direito você acha que tem de vir na minha casa assim?! De entrar desse jeito?!

— Eu vim ver minha filha! — Exclamou.

— Aé? E você acha que sair invadindo assim é uma boa maneira de causar uma boa impressão nela?! — Rebatei furiosa, abanando as mãos. — Você não vai ver ela até eu disser que você pode ver ela!

Derek expirou fundo, seus olhos vidrados.

— Não me faça colocar a justiça no meio, Meredith. Quero fazer isso do modo mais amigável possível.

— E invadir minha casa no meio da noite é amigável? — Levantou uma sobrancelha.

— Eu...

— Mama? — A voz suave e sonolenta de Madelyn falou do topo das escadas.

Enquanto o coração de Meredith parou e ela se virou para encarar Derek, o qual os olhos que antes estavam raivosos mas agora suaves, o moreno expirou feliz e sentir seu coração bateu mais rápido só de ouvir a voz de sua menininha.

Quando ele fez um movimento para caminhar, Meredith o empurrou com uma mão, o fazendo para no lugar.

— Mamãe está aqui, minha florzinha. — A loira disse da sala. — Volte a dormir, está tudo bem.

— Mama, eu não quelo doumi sozinha.

Meredith suspirou.

— Volte para sua cama. A mamãe vai subir em alguns minutos, meu amor.

— Ok. — Madelyn murmurou e a loira suspirou aliviada quando ouviu seus pequenos passos.

Quando ambos ouviram a porta do quarto se fechar, Meredith foi a primeira a falar.

Os nervos pareciam ter se acalmado em anos os lados.

— Ela é apenas uma menininha. Uma menininha de três anos que do nada será levada para o meio de uma bagunça que nem pediu para estar.

— Eu sei, mas...

— Derek, você tem uma esposa. — Meredith o interrompeu. — Você quer conhecer sua filha e não vai contar para sua esposa sobre ela, vai escondê-la igual fez com a mãe dela?

Meredith fez uma careta quando viu o olhar que ele lhe lançou. Sabia que tinha tocado num tópico sensível e doloroso.

— Não. Deus, eu não quero fazer isso.

— Bom, porque não vou deixar minha filha ser um segredinho sujo. — Disse suave. — Ela não merece isso.

— Eu sei que não. — Sussurrou, olhando para uma foto de Madelyn pendurada na parede. — Ela não merece estar nessa bagunça.

Meredith suspirou.

— Então fazemos um acordo. — Disse após alguns segundos. — Você tem que contar para Addison primeiro.

Derek ergueu o olhar.

— Diga para Addison e então marcamos algo para vocês se conhecerem.

— Ela... ela sabe sobre mim?

— Contei a ela faz algumas semanas. — Deu de ombros. — Disse que o pai dela é um médico que está de viagem há muito tempo, cuidando das pessoas.

— Oh... eu...

— É pegar ou largar. — Disse. — Você aceita?

Derek ficou alguns segundos olhando para o nada, parecendo pensativo. Até que ergueu o olhar e a encarou.

— Eu aceito.