Parte III

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O elemento surpresa havia sido perdido a muito tempo, três agentes em uma cidade minúscula? Só podiam rezar para as bruxas terem muitas coisas para moverem na hora de sumirem do mapa. Dito isso, Dean entrou na cabana metendo o pé na porta, literalmente. Bala mata-bruxas, feitiços, facas voando. Uma briga e tanto. Quando quatro bruxas se juntam para fazer sua vida mais difícil, não é tão fácil sair ileso, ainda mais estando em uma considerável desvantagem.

De uma forma ou de outra, agora, depois de ter destruído a maior parte da cabana e feito duas jovens bruxas como reféns, os caçadores e seu anjo-pombo da guarda pareciam bem mais intimidantes que antes. Encurraladas e sob a mira de armas com balas mata-bruxa, as feiticeiras reavaliavam a possibilidade de um acordo com os homens a sua frente.

— Nós podemos trazer seu amigo de volta! — A loira, Jenna, falou no momento em que Dean mirou em sua cabeça — Se...

— Isso não é uma negociação, querida, ou você destransforma ele e morre rápido ou se nega e morre devagar — Sam trocou um olhar com o irmão de quem pedia para ele pegar mais leve com os termos, afinal, queriam Cas inteiro.

— E se conseguirmos trazer todos de volta? Todos que desapareceram? — A morena sugeriu, também não queria morrer naquela noite — Sem desaparecidos, sem caso. Vocês vão por um lado e nós por outro, não vamos nos ver nunca mais e se isso acontecer... Suas balas parecem bem eficazes contra nós, não é mesmo?

— Podem fazer isso? Os desaparecidos... — Sam começou a perguntar.

— Estão no porão! Um pouco menos humanos do que quando chegaram... Mas é reversível! — A mulher se apressou em dizer.

— Qual o sentido de transformar pessoas e deixá-las no porão? – O loiro perguntou genuinamente confuso, ganhou outro olhar de Sammy, mas dessa vez ignorou com mais afinco — Isso foi uma pergunta, suas malucas, abram o bico ou eu mando bala.

— Nós precisávamos, foram ordens de cima — Jenna falou enfatizando cada palavra.

— Ordens de quem? — As duas mulheres permaneceram caladas, até que Priya ergueu um pouco mais o queixo.

— É só o que vamos falar, aceite nossa oferta e todos sairão dessa felizes — Os Winchester trocaram um olhar que estava de acordo, pelo menos em partes.

— Certo, mas nós só precisamos de uma — Dean falou odiando a ideia de liberar ambas as bruxas.

— Não! Exige muita força, eu e Priya só vamos conseguir juntas... E não será fácil — Jenna rebateu antes que o caçador pudesse escolher uma das garotas para ser descartada.

— É melhor serem rápidas, qualquer gracinha, qualquer uma, mesmo, e eu e Sam vamos fazer picadinho de vocês — O Winchester mais velho fez um sinal com a arma apontando para o acesso ao porão, passando pelo irmão na hora de escoltar as mulheres — Se elas piscarem diferente, senta o dedo sem dó, Sammy, não confio nessas duas.

— Que cavalheiro — Priya desdenhou ganhando uma bicada na mão, cortesia de Castiel — Ai! Seu pombo idiota, tem sorte que não te transformei em um peixinho de aquário.

— Olha essa boca, 'tá falando do meu amigo, sua esquisita — Dean fechou a cara e trocou um olhar protetor com Cas antes de apressar a feiticeira — Agora se mexe ou você já era, escutou? Agiliza!

— Grosso!

Antes de descer as escadas, Dean fez um sinal com a cabeça para seu anjo, Castiel entendeu o recado e voou para seu ombro, ganhando uma carona do caçador. Ser um pombo é cansativo, Dean, você não faz ideia. Reclamou sentindo seu corpinho doer depois de ser arremessado para lá e para cá na briga (Além da batida de carro do dia anterior não ter ajudado muito).

Pombinho atropelado - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora