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Na casa das Kroft, moravam quatro poderosas bruxas. Agnes, a tutora de suas sobrinhas órfãs e mãe solo, uma mulher de meia idade (ou assim parecia, já que ela se negava a revelar sua verdadeira idade). Sua filha, Alizon, de dezenove anos. Circe, com dezessete anos e Hecate, com treze. Desde a morte dos pais de Cece e Cate, Agnes é a responsável pelas sobrinhas, dando tudo de si para cuidar de tudo. Felizmente, elas e sua filha se dão bem e a ajudam em tudo que precisa.

Apesar de todas serem bruxas, o assunto não era a pauta das conversas muitas vezes durante a infância. Apenas na adolescência Agnes começou a ensinar as garotas sobre magia, o que ocasionou em ações sobrenaturais feitas inconscientemente e às vezes, até mesmo passadas despercebidas.

E, em uma vez em especial, Hecate usou seu lado sobrenatural sem reparar que acabara de profetizar seu futuro...

ANTES

— Alizon está chorando novamente? — Questiona Cece, observando a prima subir as escadas correndo.

Cate se senta com a irmã, colocando seu diário na mesa ao lado dos materiais escolares da outra.

— Mais um coração partido — Cate conta e suspira — isso me deixa triste.

— Isso me deixa irritada — rebate Cece, não dando importância as aventuras românticas da prima, mas achando irritante todos os choros e reclamações.

— Não seja insensível — Cate diz em tom de repreendimento.

— Não seja patética, Senhorita Coração de Açúcar — sua irmã revida, entretanto Cate não dá atenção, pensativa.

— Eu espero nunca amar alguém. Deve ser pior que paixão. Deve ser devastador — a mais nova divaga — eu queria que tivesse uma forma de não encontrar minha alma gêmea.

— Bom — Cece se aconchega na cadeira, também pensativa — para isso acontecer, você teria que, sei lá, estar destinada ao homem perfeito — ela dá risada — porque não existe, entendeu?

— Você me deu uma ideia! — Cate abre seu diário animada, pegando um pedaço de papel para anotações e uma caneta preta da irmã — Eu vou fazer uma lista.

— Uma lista?

— Uma lista com tudo que minha alma gêmea precisa ter. Assim, farei uma lista impossível de ser cumprida — explica.

— Você sabe que isso não afeta em nada, não é? — Cece comenta.

— Afeta para mim. Se a pessoa não tiver todos esses requisitos, não será minha alma gêmea, portanto não ficarei com ela — Cate faz uma cara orgulhosa, enquanto sua irmã a olha incrédula por um momento.

— Tudo bem, vamos lá — suspira Cece, embarcando no plano — primeiro tópico?

— Garotos da minha idade são bobos, então... — Cate escreve: — Um pouco mais velho.

— Desculpa desapontar, mas garotos de todas as idades são bobos.

— Realmente — Cate concorda — e vamos para o próximo...

Elas ficam em silêncio por um tempo.

— Do que você gosta? Mentaliza e escreve.

— Mas meu gosto de agora pode mudar daqui há, sei lá, dez anos — a mais nova rebate — mas acho que uma coisa que eu sempre vou gostar é... — Ela escreve: Jaqueta de couro.

— Uhhh — Cece pega uma caneta vermelha e completa: (estilo badboy!).

— Não era exatamente o que eu tinha em mente, mas funciona — Cate dá de ombros — hmmm. Mesmo que ele aparente ser um badboy — ela zomba — eu quero que ele seja respeitável. — Reputação, escreve.

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⏰ Última atualização: Jan 12, 2022 ⏰

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