𝑻𝒖𝒅𝒐 𝒗𝒂𝒊 𝒅𝒆𝒔𝒎𝒐𝒓𝒐𝒏𝒂𝒓

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P.O.V [S/n]

  Eu fiz de novo! Eu não poderia ter perdido o controle, não hoje, não aqui! Camilo sabe quem é "ela" agora, eu tenho que me controlar, não quero que "ela" volte.

- Mirabel! Eu tô te vendo aí! Vem cá!

Mirabel - Como!? Você tem visão entre as árvores? - Disse ela mexendo as mãos

- Ha! Não eu só vi sua saia- - Fui interrompida por um grito

Guilherme - É ELA! ELA TAVA ATACANDO MINHA NAMORADA - Diz Guilherme se aproximando de nós com vários homens e Lorena em seus braços

Camilo - Que?! Não tá tudo bem com a namorada dele! Ela tá- - Ele olha para "machucados" em todo o corpo de Lorena - Mas...ela deu uma arepa de minha tia...não tem como ela ter ficado assim do nada - Ele disse sussurrando

- Merda! Eu preciso ir! - Eu fujo o mais rápido possível

Guilherme - O que estão esperando?! VÃO ATRÁS DELA! - Ele diz gritando a última parte para os homens que me seguem

  Era como se eles estivessem me caçando, ainda bem que eu sei essa floresta, subi em uma das árvores e fui pulando de galho em galho até despistar eles, quando vi que nenhum deles estava mais me seguindo, vi que estava perto de casa, não vou pra lá...é muito arriscado, eu vou só pegar algumas roupas lá e vou ficar naquela casa da árvore que eu e S/I "construímos" quando crianças, ela tem até janelas! Então não preciso me preocupar com o frio da noite e ela é bem escondida na mata, pelo que eu lembre. Quando cheguei em minha casa, sabia que eles estariam na frente dela, mas não dentro, cuidadosamente desço do galho que eu estava e vou até a janela do meu quarto que estava aberta e entro, não tinha nenhum movimento em casa, então acho que eles estão cortando lenha ainda, coitados...vou deixar uma carta do porquê eu estou indo.

- Com amor, sua filha e sua irmã, S/n - digo sussurrando, quando termino de escrever, dobro a carta e deixo em cima da mesa, pego minha "mala" e vou rumo a meu quarto que - Aquele cipó cheio de flores tava ali antes?- Entro no meu quarto e BAM! A porta atrás de mim é fechada, eu me viro...Isabela e Dolores?! - O que vocês estão fazendo aqui?!

P.O.V [Camilo]

  Eu estou nervoso, minha mãe acha que S/n é louca por causa da versão vítimazada de Guilherme e Lorena, de acordo com minha mãe, não posso mais ter contato com S/n, isso é triste mas eu não teria mesmo, S/n fugiu e nem sei pra onde ela foi.

- O que que eu vou fazer agora? Eu preciso ir atrás dela mas como?! Ela sumiu na floresta e eu nem sei pra qual direção ela foi! Arrhg que raiva! - Digo jogando uma almofada no chão do meu quarto

P.O.V [Dolores]

A família de S/n é muito intrigante, a morte de sua mãe é um completo mistério, para todos menos pra mim, alguns religiosos envenenaram a plantação da família, naquele dia era S/n que faria o jantar, seu irmão e seu pai chegaram mais tarde, quando ela já estava morta, S/n se cobrou muito aquele dia. O povoado não gostava dos S/s, diziam que a mãe de S/n era uma bruxa e que seu pai tinha sido enfeitiçado por ela, a igreja jogou pragas quando ela estava grávida de S/n e diziam que S/n nasceria com chifres! Quando S/n nasceu ela basicamente foi criada como algum serviçal, com 5 anos enquanto meu irmão brincava na praça, ela carregava toras de madeira todos os dias, quando sua mãe morreu ela virou dona de casa e ainda vendia seus perfumes, parece que depois da morte da mãe de S/n eles esqueceram o ódio, eu tenho pena dela, contei a Isabela e agora nós duas estamos a procurando pela floresta. Não consigo ouvir ela, ela é muito sorrateira.

P.O.V [S/I]

Cheguei em casa com meu pai e vi um monte de homens correndo de lá, achei estranho mas ignorei, quando entramos a casa estava limpa arrumada mas sem um som, como se a casa tivesse vazia.

𝒫ℴℯ𝓂𝒶𝓈 𝒶ℴ ℒ𝓊𝒶𝓇 - Camilo Madrigal Onde histórias criam vida. Descubra agora