O prazer é todo meu

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POV: SARAH ANDRADE DIAZ

Estávamos há caminho da mansão dos De Lucas.

Depois do ocorrido com o pai da Juli; ela entrou no carro e nada disse, e assim ficou por vinte minutos.

Nesse meio tempo parei e refleti como as impressões que temos de algumas famílias são totalmente diferentes da realidade.

Podia jurar que Fernando era super apegado com as filhas, pelo menos com as outras três, e que, sempre trava elas bem.
Mas depois de ver aquela briga; tudo que eu pensava virou uma bagunça.

Será que ele já fez coisa pior com a Juliette?
E se aquilo não foi nem a metade de uma verdadeira briga entre os dois?

Durante o jantar, quando cheguei no rio, já tinha percebido que os dois eram... distantes? Eu diria que sim. Sempre durante as conversas eles se tratavam como meros estranhos, não como um pai e uma filha deveriam se tratar.

Mas eu, muito ingênua, pensei que talvez eles tivessem se desentendido antes de eu e minha família chegar para o jantar.

Mas pelo visto eles devem viver em pé de guerra

— Você está bem? — Juliette perguntou me assustando.

— Só... pensando. — Dei um sorriso fraco sem olhar para ela. — Eu quem deveria perguntar isso pra você.

Juliette se mexeu no banco desconfortavelmente e se calou; não insisti na resposta dela, continuei olhando pela janela do carro.

Estávamos passando por uma pracinha.
Não estava tão tarde, mas já era de noite, tinha algumas crianças brincando e tomando sorvete por ali, e alguns adolescentes conversando e fumando cigarro eletrônico.

Tinha uma banca de jornais; não estávamos em alta velocidade, consegui ver famosos, milionários e alguns empresários estampados em algumas revistas.

Arregalei os olhos quando vi uma foto da família Freire Braz estampada em uma revista.

— Juliette porque sua família está na capa da revista caras? Vocês são famosos aqui no rio? — Chacoalhei o corpo da menor ao meu lado que tinha uma expressão confusa que logo se transformou em... mágoa? Irritação? Nunca irei saber decifrar as expressões da Juliette, isso é um fato. — "As filhas do sr. e da srt. Freire Braz, são realmente felizes com a vida que levam?" — Fiz um esforço pra ler já que o carro estava virando a rua da praça. — Como assim? — Me sentei no banco de novo e ouvi Juliette respirar fundo como se estivesse tentando ter paciência comigo. Mas eu só perguntei porque eles literalmente estão na capa da revista.

— Meu pai é um empresário bilionário isso você já deve saber. — Falou calma e direta, se virando para mim. — Geralmente empresários com tanto dinheiro assim, são muito conhecidos na mídia. — Fez uma pausa dramática. — Não foi diferente com o meu querido papai. — Disse irônica. — Ele carrega o legado dos Braz com todo vapor, já minha mãe acabou com o grande legado dos Freires, virou uma socialite sem sal que faz de tudo pelo marido. Isso fez com que a mídia caísse com tudo em cima deles, e consequentemente em mim e minha irmãs, até meu parto e também o das minha irmãs foram fotografados, e adivinha? Saiu na revista.

— Uau. — Fiquei boquiaberta.

— Isso não é nada comparado a história toda. —Falou passando a mão na roupa despreocupadamente como se a vida dela não fosse como um bbb, literalmente desde que nasceu. "Isso não é nada comparado a história toda"  como assim? Eles são odiados por acaso? Recebem ameaças todos os dias?

— Senhorita Freire, chegamos. — Disse o motorista saindo do carro vindo abrir a porta pra Juliette, depois deu meia volta e abriu a porta para mim, sorri gentilmente para ele diferente de Juliette que só saiu andando. Acenei educadamente pra ele quando o mesmo deu uma buzinada colo se avisasse que estava indo embora.

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