04

388 44 52
                                    

Após subir ás escadas ao lado de Emma e cada uma ir em direção aos seus respectivos quartos. Eu entro no meu banheiro pronta para tomar um banho e tirar todo o suor e a terra que está grudada em meu corpo.

Após fazer isso, visto uma roupa de malhar novamente e saio do quarto descendo às escadas. Passo pela porta dos fundos da casa e entro na garagem indo em direção à sala de boxe para treinar um pouco e descontar toda a raiva presa em mim.

A sala está vazia o que me faz agradecer mentalmente por isso. Nesse momento a única coisa que eu preciso é de paz, e isso eu só consigo sozinha. Sem perguntas e sem pessoas nos meus pés.

Coloco uma música no meu celular e fecho a porta passando a chave pra ninguém entrar, tiro meus tênis e logo entro no ringue, após ter colocado as luvas e ajeitado a posição do saco de boxe. Agora é só liberar a raiva.
E isso é algo que eu faço muito bem!

No meu celular começa a tocar uma das minhas músicas favoritas me deixando mais animada e motivada para começar o treino.

Começo a distribuir alguns socos fracos apenas para me aquecer e logo depois vou aumentando meus movimentos, os deixando mais fortes e precisos. Quando dou um murro forte fazendo o saco voar um pouco para longe, com muita rapidez eu me abaixo indo para o outro lado do ringue e acerto dois chutes fortes na parte de cima e na parte de baixo do saco. Quando ele vem novamente em minha direção, dou um giro acertando um chute fazendo ele voar novamente para longe de mim e quando vem novamente acerto diversos chutes e socos por todo o saco de pancadas.

Amo isso. Poder descontar minha raiva em algo que no fim não me faça brigar com á Ella é extremamente prazeroso. Sempre foi assim... Quando uma pessoa com um transtorno explosivo muito grande saí sempre ao lado de alguém, e acaba arrumando briga, deixando a pessoa ao seu lado preocupada e com raiva não é nada bom. E é extremamente isso que eu faço com Ella. Não gosto de fazer, Mas não é algo que eu possa controlar. É difícil me controlar quando alguma garota vem arrumar briga por qualquer coisa fútil ou quando um cara força algo que claramente eu não estou afim de fazer.

Minha playlist toca em meu celular enquanto eu continuo a distribuir socos e chutes. Paro depois de longos minutos por falta de ar, graças ao exercício de segundos atrás e me escoro nas cordas do ringue fazendo meu peito descer e subir rapidamente pela minha respiração ofegante.

Escuto batidas fortes na porta da sala e saio do ringue indo em direção ao meu celular. Tiro as luvas e pauso a música, escutando agora com mais clareza mãos aparentemente fortes batendo com força na porta. Abro-a dando de cara com Hacker com uma cara nada boa, ele passa por mim esbarrando em meu ombro me deixando parada na porta.
Acabou a paz.

— Além de insuportável, você também é surda?! — Pergunta ele com ironia colocando a bolsa de malhar que estava em seu ombro no chão ao lado do ringue.

Ignoro sua pergunta irônica e coloco as luvas onde achei, calço meus tênis novamente, pego minha garrafa de água dando um gole nela enquanto ignoro sua pessoa totalmente. Pego meu celular e me dirijo até a porta, mas antes mesmo de passar por ela ouço sua voz novamente.

— Vai me ignorar?! — Pergunta ele me fazendo parar e bufar.

— Essa é a meta. — Digo me escorando na porta olhando para ele com uma cara de deboche e ao mesmo tempo séria. Sua feição é totalmente diferente da de mais cedo, sua feição é mais séria, mas ao mesmo tempo mais cínica.

O Roubo Do Século - Vinnie Hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora