1

676 31 3
                                    

S/n tinha acordado tarde, era uma sexta feira e não gostava muito de acordar cedo sabendo que podia ficar até tarde dormindo, ainda mais em uma sexta. Tirou os lençóis de cima de si pra levantar e ir no banheiro, com os olhos meio fechados não estava tão desperta assim, fez suas higienes, escovou os dentes e assim que saiu foi logo atrás do seu cigarro, acendeu um e puxou um trago e já se sentiu bem melhor, soltou o ar e foi até a janela da grande suíte do prédio onde podia olhar toda a cidade, nunca teve medo de lugares altos pelo contrário, a vista da cidade enchia seus olhos de alegria, sempre foi seu sonho morar em um lugar como este com vista de toda cidade.

Quando era pequena, não tinha essa oportunidade já que sua família não tinha dinheiro mas se sustentava como podia, então ela decidiu que chegaria ao topo como esses ricos de merda, uma pena que não foi da forma que seus pais queriam. Soltou a fumaça cinzenta e apagou o resto do cigarro pra ir até a cozinha comer, sentia dor no estômago se não tomasse café antes de fumar ainda mais lembrando do passado, era pior ainda.
Chegou a cozinha, fez leite com cereal e comeu em silêncio escutando apenas o som que vinha da rua, tinha seu mantra matinal quando acordava e um deles era estar em silêncio até finalmente ter terminado o café, tomar banho e fumar em paz. Escutou batidas na porta e sorriu, seu mantra nunca dava certo.

Pulou da cadeira onde ficava seu balcão, e caminhou sem pressa até a porta, e a pessoa do outro lado nem ousou bater de novo, sabia que S/n estava vindo e também sabia que ela não gostava que lhe apresasse, destrancou a porta e abriu dando de cara com seu subordinado que ergueu uma sobrancelha guardando o celular no bolso do paletó roxo.

—Ainda está de pijama?

—Aí não me enche, é cedo ainda.

—Já passa das 12:00.

—Que culpa tenho se você acorda com as galinhas Ran.

Resmungou indo de volta pra cozinha, queria silêncio mas o mesmo era implicante com S/n, e S/n era grossa com ele o tempo todo. O que fazia dele seu aliado número um, já havia se acostumado um com o outro.

—Não acordo cedo, apenas limpo a bagunça dos outros inclusive a sua.

—Minha? –Retrucou com um sorriso debochado pegando o pote de cereal e servindo na boca dele, que aceitou mas já não estava tão crocante como devia.

—Sim, já que você deixa tudo pra que eu resolva.

—Se faço isso, é porque confio em você, e é seu trabalho fazer o que eu mando.

S/n jogou o restante no lixo e limpou os lábios com um guardanapo, Ran revirou os olhos, sempre acabava fazendo o que ela queria no final.

—Então, o que temos pra hoje?

—Rindou, disse que o dono da boate não vai nos pagar, o dinheiro que ele tinha perdeu em apostas e drogas, ele não tem nada.

—Ah ele tem... e vamos buscar essa noite.

—Devo chamar todo mundo?

—Não, isso só vai chamar atenção da polícia. Apenas Rindou, Sanzu, Izana, Inui, Koko e você claro. Seremos... discretos.

—Ok, eu aviso pra eles, vai sozinha?

—Não, me busque as nove e diga pro Inui e o Koko esperarem na fila como se fossem clientes, Sanzu e Izana nos encontram lá no mesmo horário.

—Sim comandante.

Ran concordou e se levantou da cadeira pra ir até a porta e sair, s/n o acompanhou e se despediram, pegou um cigarro e o acendeu indo pra janela pra fumar enquanto refletia seu plano pra mais tarde, olhou lá pra baixou e Rindou estava encostado no carro preto fumando acenou pra ele e o rapaz do mullet fez o mesmo sendo recebido com um soco do irmão mais velho. S/n riu e os dois pareciam discutir algo antes que Rindou apagasse o cigarro e entrasse no carro, Ran olhou pra cima e S/n olhava pra ele com um pequeno sorriso indecifrável ele nada disse, nem mesmo um sinal de despedida apenas entrou no carro e se foram.
Os irmãos Haitani, Ran e Rindou estavam com S/n desde que ela formou sua gangue, provou a eles seu valor principalmente para Ran Haitani que muito antes era bem machista e achava que ela não seria tão forte muito menos iria longe, e engoliu suas palavras quando em pouco tempo ela tinha quase todo o Japão ao seus pés e seu ego foi água abaixo quando criou uma admiração imensa por S/n e decidiu não sair mais do seu lado, Rindou que nunca teve uma objeção sobre, também era alguém de confiança e logo os três estavam no topo da Tiger Claws.

Subordinado Onde histórias criam vida. Descubra agora