— Você sabia que seus olhos mudam de cor? — Harry pergunta casualmente, sentado de frente para Louis no jatinho.Com o tablet na mão, o ômega tinha a foto ampliada do momento em que o alfa socou o fotógrafo. Ele estava irritado pela manchete, mas não iria lidar com aquilo agora.
Ele estava seguro, estava indo para casa, era tudo que importava no momento.
— Hum? — Louis piscou para o ômega, desviando o olhar da janela.
— Seus olhos...Sabia que mudam de cor? — o estilista arqueia as sobrancelhas.
— Sim, é controlável. — o alfa murmura, as mãos entrelaçadas no colo enquanto observava o ômega com cautela.
Harry exalava curiosidade, os olhos verdes cintilando um brilho diferente. Ele se ajeitou no banco, bloqueando a tela do tablet.
— Dói?
— Mudar a cor dos olhos? — Louis arqueia as sobrancelhas, esfregando o queixo em seguida quando o ômega assente. — Não, é instintivo, eu só me concentro e sei que mudou. Quando eu era criança não sabia controlar muito bem, então posso ter assustado algumas crianças. — o alfa dá de ombros, sorrindo quando o ômega ri baixo.
— No seu país tinha muitos híbridos? Não conheço quase nenhum.
— Não muitos, somos minoria. — o alfa murmura. — Pergunte. — Louis sorriu bem humorado, achando graça na curiosidade do chefe, o lábio inferior róseo prensado pelos dentes, como se segurasse suas perguntas.
— Sua família toda se transforma? Vocês são em muitos? Vocês saem para caçar ou alguma coisa assim? Vocês dormem trocados todos os dias? Vocês tem uma tigela gigante de leite com o nome gravado? — Harry se atropela nas perguntas, a última fazendo o alfa gargalhar.
O ômega sorri apreciando o som e as ruguinhas no canto dos olhos do homem. Ele era realmente belo.
— Sim, todos nós somos híbridos. Eu, minha mãe e quatro irmãs, somos em seis. Não dormimos trocados e não somos gatos gigantes.
— O último é realmente decepcionante, embora você parecesse muito com um gato lambendo a pata ontem. — o ômega arqueia uma sobrancelha, um sorriso zombeteiro nos lábios.
— Eu estava limpando o pelo. — o alfa revira os olhos. — Mais alguma pergunta, senhor?
— Você tem um parceiro? — o estilista diz com seriedade, a postura ereta no banco, as pernas cruzadas. A mão repleta de anéis batucando os dedos no joelho.
— Não...Isso é importante para o trabalho? — o segurança franze as sobrancelhas, afastando as pernas de forma relaxada.
— Talvez. Me conte mais sobre sua família, é importante que eu saiba quem anda comigo o tempo inteiro. — o ômega dá de ombros.
— Hum, somos de Bayonne, França, viemos para a América depois da morte do meu pai. Eu e Charlotte, minha irmã mais nova, somos os únicos alfas da família, como mais velhos trabalhamos para sustentar a casa e as meninas. Minha mãe, Felicité e as gêmeas são ômegas, elas cuidam da casa e dos estudos das crianças. Meu tempo é para colocar dinheiro e comida na mesa, não para namoros, senhor.
— Vocês parecem unidos. — o ômega sussurra. — Sinto muito pelo seu pai.
— Eu também, mas pelo menos tive a oportunidade de trabalhar em várias coisas desde moleque, até de acompanhante de baile na escola da minha irmã. — o alfa sorri nostálgico. Bons tempos.
— Aposto que era o típico badboy jogador de futebol que quebrava o coração dos ômegas, deixando todos em suspiros. — os olhos verdes semicerraram.

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Bayonne - LS | ABO
FanfictionHarry é o maior ômega da indústria da moda, um estilista renomado e cobiçado com um verdadeiro nariz empinado em frente as câmeras, mas quem conhece Styles sabe, ele é apenas um ômega manhoso. O grandioso ícone da moda se apaixona pelo seu chefe de...