CAPITULO 7 – Herdeira dos Bianchi's.
Martini Valence
Roma, capital da Itália, 14h.
Chegara o momento que tornará seu inimigo em seu melhor amigo porque até o mais puro do seu sangue será capaz de traição e você será obrigado a formar uma aliança para não morrer. Don Francesco, meu pai, me aconselhou no dia da minha sucessão como líder da família Valence. E hoje vivencio este momento. Vincent Bianchi, o assassino do meu irmão mais novo, me chamou para uma reunião no palácio Barberini. Apesar dos informantes avisaram que não é uma boa ideia se aliar, não tenho escolha. Depois da denúncia para polícia contra mim, muitos aliados me abandonaram.
Montanzo parou o carro em frente ao edifício barroco. Um funcionário me guiou para o escritório, cessando os gritos contra a bela empregada quando minha presença foi revelada. Vincent a mandou embora e estendeu a mão para mim.
— Seja bem-vindo a minha segunda casa, infelizmente, a outra está precisando de uma reforma.
— Sem delongas. Vamos tratar dos negócios. — disse, cumprimentando.
Vincent me convidou para sentar na poltrona. Um carcamano barbudo me ofereceu um fumo, mas não aceitei. O anfitrião acendeu o charuto cruzando as pernas. Parecia bem confortável. Suas vestes eram simples. Uma camiseta branca, uma bermuda jeans e uma rasteirinha de couro.
— O passado não foi feito para caminhar ao lado de homens como nós, Martini. Por isso, estou pedindo uma trégua.
Respirei fundo com o vento agradável que saiam das janelas. O clima ameno evitou o suor de nervosismo em plena situação conflituosa. Não gosto de depender do auxilio dele. Entrelacei as mãos tentando parecer insensível.
— Você tem algo para me oferecer, Vincent? — ele manifestou desconforto. Não está acostumado ao tratamento informal, mas agora é uma conversa de homem para homem.
Uma fotografia ao redor dos livros despertou minha atenção. Um quadro dele com a cunhada, o irmão mais velho e a filha. Bianchi era o único sentado na poltrona, é evidente como Belinsky sempre foi um pau mandado.
— Me ajude a desmembrar o traidor da minha família que vou recompensar limpando seu nome com os tiras. — respondeu com olhar fixo de persuasão. Tragou em seguida.
— Mas tem em mente quem pode ser o traidor?
— Meu irmão.
Inevitavelmente, acabei por rir. O mais velho nunca fora reconhecido por nenhum trabalho bem feito, se não fosse o sobrenome, suas atitudes já teriam o levado para o caixão.
— Esquece essa bobagem. Seu irmão é um vagabundo, talvez tenha alguém por trás dele, mas ele liderando? Duvido.
— Belinsky chegou até aqui por causa desse pensamento. Tenho provas que ele foi o responsável pela segurança no dia do atentado contra Sophie, também recomendou o cargo de professor para Robert na universidade. Ele queria alguém fora do meu alcance para manipular ela e usar contra mim, mas duvidou da minha coragem de matar um homem de uma família de prestigio.
Vincent se ergueu em passos vagarosos de encontro a mim repousando as mãos sobre o meu ombro.
— Você sabia que ele te denunciou para a polícia? Caro amigo. Porque me conhece, e sabe que não tenho medo de me desprender do meu rancor por um bom negócio. E te digo, que sinto no fundo do meu coração, que preciso apagar o erro que ele cometeu contigo como um bom irmão faria. — me deu alguns tapas no ombro antes de se afastar.
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La famiglia Bianchi.
RomanceSophie Bianchi, adotada por um membro de uma das famílias mais renomadas da Itália, tem sua realidade confrontada quando sofre um atentado em uma festa de gala, ficando desconfiada de possíveis trabalhos ilícitos feitos por seus parentes. Ela tenta...