Capitulo 1 - Drink Night Club

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Quando andava ganhava a atenção de todos os homens ao seu redor. Seus passos eram firmes e seu quadril rebolava naturalmente em todos os molejos de suas pernas. Day era mãe de uma linda garotinha, morava em São Paulo nos fundos de uma casinha alugada. Seu senhorio era autoritário e muito conservador, não deixava Day levar nenhum homem para dentro de casa, nem no portão o velho permitia, não importava se fosse seu irmão ou até mesmo seu pai, Day só podia levar mulheres e elas tinham que passar por ele antes de entrar.  Ela não se importava tanto com isso, por mais severo que fossem as regras era mais seguro do que todos os outros buracos que ela se meteu. Casas de ex presidiários, cafetões, assassinos e até pedófilos, que inclusive era o pai de sua filha, e por medo de acontecer algo a garota, Day se escondeu nos fundos de uma periferia e nunca ia muito longe. Sua vida era cuidar de sua filha e fugir de todos os homens que queriam apenas o seu belíssimo corpo. Quando eu disse belíssimo eu fui modesto, Day era loira e tinha o corpo mais bonito da cidade, e o que meus olhos já viram.

...

Era noite de inverno, o ponto de ônibus estava lotado, as pessoas tinham presa para ir pra casa, pois era perigoso ficar na rua quando escurecia. Quando as noites de Junho chegavam os motoqueiros faziam a festa. Day entrou no ônibus e ficou parada na catraca revirando sua bolsa, os passageiros chiavam e o cobrador pedia pra que ela fosse logo. Day segurava sua filha no colo e tinha dificuldade para procurar o dinheiro, eu me levantei e paguei a passagem para as duas. Ela me fitou os olhos e sentou ao meu lado. Não dizia nada, trazia sua filha grudada ao pescoço e tremendo de frio, era possível notar o seu orgulho de cuidar sozinha daquela criança.

- Tome, cubra-a. - eu disse entregando minha blusa.

- Não precisamos senhor, muito obrigado.

- Deixa disso, a garota está temendo.

Day olhou pra sua filha por alguns segundos e então consentiu. A cobri e puxei-a as duas para mais perto de mim abraçando-a.

- Está... tudo bem...

- Vamos, tentarei te esquentar, está muito frio hoje.

- Mas e você?

- Não se preocupe.

Como eu imaginava, Day não tinha onde dormir naquela noite, estava fugindo do seu ex marido que abusava de criancinhas e estava descontrolado nos últimos dias, levei-a para minha casa . Deixamos sua filha em um quarto e fomos para o meu.

- Você pode dormir aqui, eu fico na sala. - disse a ela.

- Se quiser ficar, tudo bem, está frio...

Deixei a cerimônia de lado e a beijei, segurei firme sua nuca e acariciei seu quadril, era exageradamente grande e duro, me enchi de tesão e a deitei na cama. Seu vestido florido verde escuro me deixava ainda mais fascinado. Ela me olhou com um ar de gratidão e disse:

- Obrigada, não sei como retribuir.

- Eu sei como, baby.

Beijei-a novamente, foi um beijo de tirar o fôlego, senti seu corpo se contorcendo e suas pernas abrindo levemente, a noite era nossa. Fizemos amor baixinho para não acordar a garotinha. Day sabia como enlouquecer um homem e seu corpo de violão era capaz de levar qualquer um as alturas. Quando nós terminamos tomamos um banho rápido e caímos na cama. Eu a abracei e ficamos de conchinha, Day parecia não saber o que eu estava fazendo e então ficou inquieta na cama, como se quisesse falar algo.

- Ei, está tudo bem? - perguntei preocupado.

- Eu acho que devo ir embora...

- Embora para onde, baby?

Drink Night ClubOnde histórias criam vida. Descubra agora