"A sombra nada mais representa, senão a parte que a luz não alcançou." ...
Envolvido em anemia e dores muscular. Seus olhos pesavam, enquanto em uma visão distorcida do que parece estar em um colo. Ele sussurra perguntando "mãe?". Os sentidos voltam aos poucos, com o calor debaixo de uma selva sufocante, é a primeira coisa a se sentir. Mais do que isso, seu corpo totalmente exausto e destruído.
Quando acordado, uma estátua sem cabeça, totalmente deslocada desse lugar. Mesmo com seu pescoço dolorido, ainda se força a olhar ao redor. Confuso e com sentidos distorcidos, se lembra de uma voz: você ainda vive, Haytan!
Mesmo quebrado, sua postura chega a estar confortável nessa estátua, uma leve preguiça bate, mas é jogada fora com o braço esquerdo, segurando suas pernas virando pedaços. levantando com grunhidos e estalos, suado e fedendo a sangue. Mais estatuas abandonadas e destruídas. Nem ao menos restaram alguns pedaços para ter um fio de suas histórias contadas. Em pé e alongado, o encapuzado respira fundo, tentando engolir as dores de seu corpo. Uma luta era evidente nessa clareira, pior, sé é que pode chamar algo tão monstruoso de luta, nem clareira essa floresta tinha. Árvore em frangalhos, barro esmagado por inúmeras pegadas, tanto selvagens quanto humanas, a trilha que se seguia até uma entrada de um templo sagrado, foi totalmente arrombada por algo enorme, afastando as árvores pelo longo caminho, junto do templo destruído em uma cena triste de se ver.
Em seus olhos cansados e seu coração, magoado, tentando ao máximo esquecer de tudo, porém impossível, sua nova vida foi para isso, ou pelo menos é o que entende.Seguindo a enorme trilha, segue a pé na estrada Mancando da perna direita "porque sempre a direita?!" resmunga o coitado a cada passo em falso. Em direção a uma vila, com o tempo ensolarado, mas com o ar gélido. Estranho o tempo de Belguermer... é primavera, mas não aquela primavera agradável pos verão. Belguermer é um reino de montanhas, extremamente extenso e gigantesco, como o próprio nome de um gigante. Mas os tempos estão mudando. O que era algo natural para seus moradores, agora passa a ser surreal. Um vilarejo adiante se destaca nos campos de Belguermer, um descanso para um corpo mastigado e acabado. Enquanto é guiado pelos últimos segundos do por do sol, dando espaço para a noite. Casas pequenas e simples, um vilarejo passivo e humilde. Capuz, sempre a passos silenciosos e olhar desconfiado, sempre a alguém por perto o observando ou até mesmo o chamando a atenção, mas, nem mesmo no centro da vila, encontrou alguém, nenhuma alma viva reside nessa vila. Somente o cricri dos grilos. Caminhando nas ruas, sua curiosidade grita! Cada casa foi abandonada. Itens pessoais foram levados pelos seus donos talvez? ou o que foi deixado como inútil ou impossível de levar deve ter sido roubado por saqueadores das montanhas. Capuz, entra em uma casa, subindo uma curta escada e entrando na porta de frente, uma atmosfera familiar chama sua atenção, meio pesada, abafada e escura. Um incomodo forte se volta a sua memória e uma voz feminina sussurra:
- temos que sair daqui.
- o que? - Capuz responde, como se falasse sozinho.
Um grito humano e agudo do lado de fora da casa ecoa! Capuz surpreso, corre, saltando das escadas. Assim como um morcego sendo guiado por sua audição, chega em uma loja, uma ferraria. Rosnados saem da loja, uma garota com uma mochila escorrega ao pular pela janela, ela grita:
- Vovó! Sai!
A garota recua um pouco, mas ao ver a velha sair, corre para seu apoio. Sua perna esta sangrando, a calça foi rasgada e seu pé está com uma mancha escura assustadora. As duas dão as costas para a loja, abandonando um grito horrível:
- Não! Por favor! Me ajudem! Suas desgraçadas! - uma voz masculina e distorcida chora por ajuda.
A garota ao ver o capuz, berra lacrimejando:
- Corra! Fuja idiota!
Uma fumaça escura sai da loja, junto de um longo focinho pingando um líquido preto. Uma fera de quatro patas sombria com mais de um metro, sua cabeça comprida e mandíbula extendida, saliva sangue com um bafo evaporado escuro. Seu pelo se assemelha a uma fumaça, que volta a seu corpo, como se tivesse consciência, logo atrás, o que era um homem aterrorizada, acompanhado das duas mulheres, aparece mancando. Seu lado direito totalmente distorcido e rasgado em uma mancha preta enorme o revestindo, exalando uma fumaça semelhante a do cão. A mancha Sobe por seu braço esquerdo rapidamente enquanto agoniza tentando alcançar o ar em vão. O que foi um dia um homem, agora se contorce com o que ainda resta do seu corpo humano, mas ao ver o capuz, seus olhos se reviram. Um bafo e a mancha escura estremece, engolindo-o aos poucos e junto de uma raiva desumana, ruge em direção de capuz! O cão rosna e corre em sua direção, ignorando a garota e a velha. Assustada e Confusa, a garota começa a rastejar a senhora em algum canto seguro, na esperança de fugirem. O encapuzado toma sua postura. Agachando levemente, deixando a mão e o pé esquerdo dolorido para traz, ao encarar os olhos escurecidos pelas sombras. Um olhar intenso e assassino diminui a corrida do cão-sombra, porém, o homem transformado não tem a mesma consciência. Partindo pra cima, seu braço sombrio se distorce e estica em um formato laminado, lançando um golpe na horizontal, ressoando um agudo som pelo ar. Aos olhos do homem, o braço de capuz teria sumido. Mas no instante que o golpe de sua lâmina o atinge a presença dele desaparece acertando o ar, e em alguns segundos, retorna, desviando do ataque e sacando uma machadinha, atacando na metade do rosto assombrado do homem. O som pesado do golpe é silenciado pela enorme mancha escura que engole o homem aos poucos. O sangue e cuspido nervosamente pelo ar, um liquido preto e lançado do rosto do homem e virando fumaça no ar. A última coisa que sua visão captura antes da morte, caindo de joelhos, é um capuz escuro, escondendo uma cicatriz por debaixo dos seus olhos verdejantes, o encarando furiosamente. Debruçando a velha ao chão, a garota saca uma faca curvada, seu coração não permitira deixar alguém para traz enquanto é atacado tão de repente. Mas sua coragem é contida, ao ver o primeiro monstro caindo morto. A mancha de seu corpo começa a desaparecer, mas o sangue do homem não se derrama no chão. Surpresa, ela assiste o combate do cão e capuz, os dois encarando um ao outro andando em círculos, como duas feras em uma floresta. O cão rosna! Bufa fumaça e goteja manchas escuras de sangue e baba. O capuz, gira e dança sua machadinha em sua mão direita. A fera salta jogando terra ao ar em direção na arma do capuz! sua mandíbula abre em uma forma grotesca, esticando até as orelhas. Em um curto salto para trás, capuz desvia, enquanto a fera morde o ar, nesse curto espaço entre eles, a fera salta novamente mirando curvada no rosto de capuz, no entanto, a perna direita de capuz lateja de dor, forçando a cair no chão deixando a fera subir em cima de si. Impulsionando sua perna esquerda contra o peito do monstro, o arremessa em uma janela de vidro com o restante de força da sua perna! O peso da fera era totalmente distorcido, leve mas no mesmo instante pesado e abafado. A criatura é lançada contra a cabana! sua forma vai se destorcendo no ar, até atravessar as paredes podres de uma cabana. Capuz se ergue rapidamente, e se prepara para o próximo ataque, tirando da bolsa atrás de sua cintura um cordão longo, amarrando nos dois braços, uma estratégia é preparada. Porém, aquela voz volta a sussurar, aquela mesma voz da cabana:
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DORAVANTE CAPUZ ESCURO: PROTÓTIPO (Não Oficial)
FantasiaHistória não oficial de Doravante. Um garoto de Capuz escuro vaga pelas montanhas de um reino gigante a procura de um propósito em sua nova vida, que foi tirada no passado por seus inimigos sombrios.