Após limparem suas feridas e cobrirem a velha com a jaqueta de Gaby. Perseguem o cavalo pelos campos que se afugentou com os gritos. Agora prontos, Haytan conduz a carroça enquanto Gaby Arruma suas coisas. No caminho para a vila, a luz do luar se enfraquece e a noite fica mais escura, por sorte a visão de capuz estava acostumada, mas a noite se tornava mais pesada. Gaby acende um lampião e sente um calafrio forte, se levantando e esfregando os braços, o ar estava esfriando muito, o bafo já podiam ser visível, mas algo na escuridão algo torna ainda mais nítido, algo comprido se destaca estranhamente na escuridão, dando passos muito largos, Gaby diz:
- ei! Haytan - Os olhos de Capuz já voltados para a figura. Solta uma das rédeas, já puxando o machadinho.
A figura se distorce enquanto avance para a carroça, esticando seu braço, Haytan se levanta, dizendo para Gabi:- se esconde! Rápido.
Medo resoa na espinha de Haytan, um instinto de sobrevivência em seu coração pulsa rapidamente enquanto a figura avança sobre ele, um medo sem sentido, escuro e desconhecido. Antes de qualquer ação, a figura desaparece. Ou pelo menos o que a visão deles permitia enxergar no escuro:
- você viu isso não viu? - pergunta Gaby tremendo
- eu... Não sei dizer. - Haytan responde confuzo e respirando fundo, olhando para os lados rapidamente. Enquanto puxa a rédea para si novamente, colocando o machadinho na boca, mas espanta mais ainda capuz, o cavalo não parou de andar nem um momento, por alguns instantes, Haytan, prestou atenção nessa escuridão. Como se breu estivesse parada, imóvel em um espaço inexistente, mas o cavalo não parou de trotar. Instinto animal? Talvez fosse algo apenas da imaginação humana, algo que criaturas irracionais não precisassem se preocupar. E logo adiante, uma luz, felizmente, de uma chama, e logo atrás outra e outra, indicando um caminho de lanternas, levando até a vila de oto. Em sua entrada, dois homens vem até a carroça, Haytan freia o cavalo.
- tão fazendu uque aqui e a essa hora? Num são coisa ruim não né? - um homem barbudo e gordinho da voltas na carroça, como se estivesse procurando alguma coisa enquanto estranhamente, cheira a carroça e o cavalo, olhando para Haytan, que agora tem seu rosto totalmente escuro pelo capuz. O homem se aproxima, inpinando varias vezes o nariz como um cão, enquanto se aproxima. Mas, é impedido por outro homem, alto e vestido de preto com um chapéu de couro, junto de um belo e grosso bigode.
- boa noite viajantes! Perdão pelo imprevisto, mas vocês precisam de ajuda? - Haytan vira o olhar para Gaby, que se aproxima colocando a mão em seu ombro.
- boa noite. Nos desculpe pelo horário, mas eu e meu marido estamos em viajem, mas minha mãe acabou sendo atacada por um chacal no meio da noite, por favor, vocês conseguiriam nos dar abrigo, só até minha mãe melhorar? - diz ela, calma e fingida.
O bigode, encara Haytan com desconfiança, mas o gordinho se inclina falando alto:- oxente! Chacal? Xô ve a senhora ai!
- o ferimento dela já foi tratado, ela só precisa de descanso. Por favor, só por essa noite?
O bigode interfere, com a mão no ombro do gordinho:
- se acalme Ornã! Não se preocupe - fala olhando para Gaby - temos um quarto na casa da matriarca, ela ficara feliz, acredite.
- muito obrigada! De verdade - Gaby agradeçe, cruzando as mãos.
- Ornã, leve a carroça e o cavalo para o estábulo. Me acompanhem. - ele se vira dando uma última olhada em Haytan, desta vez, com um olhar sombrio.
Indo atrás da carroça, Haytan pega Geórgia nos braços, mas antes sussurra para Gaby:- o que será que a "sogra" aqui falaria disso?
- cala a boca.
A vila estava bem iluminada, pelo menos o necessário para se enxergar, o próprio bigode e o gordinho estavam sem lamparinas ou qualquer outra que coisa que brilhe. As casas são simples, feitas de uma madeira escura e rustica, o formate que elas se alinham, é como um circulo em espiral, que se conecta a um grande casarão. Bem escura e fria. E em sua entrada de duas portas, trancadas uma grande madeira, bigode faz bastante força para levantar e abrir a porta. Entrando no casarão, caminhando em um longo e largo corredor. Escuro e muito silencioso. As paredes abafadas e enormes, não permitem que nada do lado de fora entre. O ar de dentro, é frio mas diferente do lado de fora, como se estivesse inalando uma fumaça gelada, Gaby tosse algumas vezes, Haytan por sua vez, se atenta ao seu redor, até mesmo para o bigode, que percebe seu olhar para traz, Haytan o encara:
VOCÊ ESTÁ LENDO
DORAVANTE CAPUZ ESCURO: PROTÓTIPO (Não Oficial)
FantasiaHistória não oficial de Doravante. Um garoto de Capuz escuro vaga pelas montanhas de um reino gigante a procura de um propósito em sua nova vida, que foi tirada no passado por seus inimigos sombrios.