05.

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Quando voltei, o segundo tempo já havia começado, pelo visto Soobin e eu demoramos um pouco demais no banheiro.

Minho, Beomgyu e Kai agora estão me olhando estranho pela minha demora. Bobocas.

– Yeonjun-ah. - Hyuka fala, se jogando no meu ombro. - Por que você demorou tanto, hm?

– Estava pegando alguém, não duvido. - Minho diz sorrindo perverso.

– Uh, que horror, eu não estava pegando ninguém, eu não sou puta! - Dou um tapa de leve no ombro do Lee.

– Ei imbecís, prestem a atenção. - Fala Taehyun abraçado no namorado.

Como foi Tae que mandou, ficamos todos calados, e eu notei que Soobin me encarava constantemente.

Não curto muito futebol, mas o jogo foi lindo demais, fiquei o segundo tempo inteiro abraçado com Hyuka, eu estava com tanta saudade do meu irmãozinho.

– Hey Jun. - Kai me chama baixinho. - Por que o Soobin fica te encarando toda hora?

– Porque ele é um doido. - Me viro para trás e olho pra cima da arquibancada, para mostrar a língua para o Choi.

– Sabe por que Huening? Porque eles querem se comer, mas não tão sabendo como. - O intrometido do Minho entra na conversa.

– Me deixa em paz, babaca. - Digo para o Lee lhe dando uma cotovelada de leve.

– Ah, galera... - Beomgyu que estava vendo algo no celular, chama nossa atenção.

Um barulho alto se fez, acabou que nós não escutamos o que Beomgyu ia falar, nossa universidade tinha ganhado. Mas logo quando o Choi mais baixo vira a tela do seu celular, parece que aquele barulho todo tinha parada.

Meu corpo gelou, eu paralisei.

Ao ver o que passava em seu celular, um ódio subiu em mim, mas eu não podia fazer nada, porque congelei. Um nó enorme se formou na minha garganta, senti meu coração acelerado, minha respiração ficou baixa e minha visão turva, eu abracei meu próprio corpo, e afundei a ponta dos meus dedos nos meus braços, parecia que o mundo tinha parado naquele instante.

Eu queria chorar, gritar, socar qualquer coisa, e correr, correr para longe, fugir para onde ninguém nunca mais veria meu rosto, mas em primeiro, eu quero abraçar Soobin, e implorar para ele não me deixar.

– Mas que porra? - Minho grita alto, fazendo as outras pessoas que estavam atentas no celular olharem para a gente. - Eu vou matar, o filho da mãe quem gravou esse video!

Eu sempre mantive um pouco de privacidade sobre minha vida pessoal, mas com esse vídeo vão me chamar de tanta coisa, vão me humilhar, meu Deus.

Isso só pode estar sendo um pesadelo, não é possível, isso não pode estar acontecendo, eu estou sonhando, por favor, eu devo estar sonhando.

Esse video desgraçado foi gravado quando eu e Soobin estávamos no banheiro, eu agradeço a Deus por não terem gravado um momento mais íntimo que tivemos.

Mas agora, todos da universidade estão assistindo um video meu e da pessoa que eu amo nos beijando, onde o Choi mais alto está quase tocando na minha região íntima, e eu estou gemendo baixinho o nome dele.

– Yeonjun. - Kai me chama cutucando meu braço, me fazendo sair de meus pensamentos, eu me mantive na mesma posição, apenas virando meu rosto para ele, e logo sinto o o loiro me abraçar. - Vai ficar tudo bem junnie, tudo vai dar certo ok. - Não sei de onde tirei forças naquele momento, mas me virei e abracei meu irmão, afundando meu rosto em seu ombro, com as lágrimas já descendo por meu rosto.

– Jun, meu amor, vocês vão ficar bem ok, se o Soobin não for um idiota total, ele não vai te deixar por isso. - Minho diz tentando me confortar, então eu me separei do abraço de Kai e balancei a cabeça.

As pessoas da nossa arquibancada começam a me encarar, e a encarar Soobin também, meu Deus, isso é constrangedor, eu quero sair correndo daqui o mais rápido possível.

Mesmo estando com a visão bastante turva, eu consegui ver claramente Soobin saindo de sua arquibancada, e vir até a gente.

- Jun, você está bem? - Ele pergunta e eu o olho sem dizer nenhuma palavra, ele entende o recado. - Merda, Kai, onde está a chave do carro do Yeon?

– Aqui está. - Hueningkai entrega minha chave para Soobin, ele me ajuda a levantar, e me paga no colo e eu escondo meu rosto em seu pescoço.

– Taehyun fica com meu carro, eu vou levar o yeonjun no dele. - Ele diz bastante sério, entregando a sua chave para o Kang.

Começamos a caminhar para fora do estádio, e eu sentia de vez em quando Soobin levantar seus braços, provavelmente para tentar afastar as pessoas que ficavam vindo para cima da gente toda hora.

Fomos o mais rápido possível para o estacionamento, alguns imbecís que estavam no estacionamento assobiavam para mim e para o Soo, mas ele falou o caminho todo para eu não ligar, enquanto fazia um carinho gostoso em meu cabelo.

– Junnie entra aqui. - Ele fala me ajeitando no banco do passageiro do meu carro. - Vamos para casa ok, vai dar tudo certo amor, eu te amo muito não esqueça disso.

– Eu... Também. - foi a única coisa que eu consegui falar, diante de toda aquela situação caótica.

– Eu vou ficar com você para sempre, esses imbecís não vão estragar meu romance adolescente. - Ele fala dando partida no carro. - Vou comprar um sorvete para gente, pode ser?

Eu não o respondi, apenas balancei a cabeça, meus pensamentos ainda estavam para todos aqueles olhares das pessoas, eu nunca me senti tão exposto, foi uma sensação horripilante.

*

– Bebê, você precisa ir um pouquinho para o chão, se não eu não vou conseguir abrir a porta. - Ele falava enquanto me segurava no colo com as mãos cheia de sacolas.

Mas eu não iria sair, ele me trouxe no colo por que quis, estou numa situação fragilizada, eu vou ceder a qualquer tipo de afeto em grande quantidade!

Não atendi o pedido do mesmo, e apenas balancei a cabeça, afundando mais meu rosto em seu pescoço.

– Ah, pronto, consegui abrir. - Ele entra comigo no meu apartamento.

Depois de me colocar em cima do sofá, Soobin seguiu com as sacolas até a cozinha, e eu senti meu peito apertar de novo, lembrando mais uma vez de tudo que aconteceu, eu só queria piscar três vezes e acordar em cima do estádio, vendo que tudo não tinha passado de um sonho.

– Vou pegar um cobertor para você. - Ele disse passando por mim, indo até meu quarto, não demorando para voltar com o típico edredom que costumamos dormir juntos. - Prontinho. - Ele me ajeita no sofá, e vai para a cozinha, voltando com dois potes de sorvete, se deitando ao meu lado. - Vai querer qual dos seus sorvetes?

Não respondi nada, eu ainda estava espantado com tudo aquilo, era um peso até para abrir a boca.

– Tudo bem, aqui está, raposinha. - Ele me entrega o pote de chocomenta, se ajeitando ao meu lado, me puxando para perto e me envolvendo em seus braços.

– Soobin. - O chamo.

– Sim, bebê?

– Nós temos problemas.

- Ah.. Sim.

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Que lindo o autor finalmente apareceu para atualizar, espero que tenham gostado e avisando que acho que a fic já está acabando.

stupid bunnyOnde histórias criam vida. Descubra agora