Viagem

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Eu e Jin passamos a noite toda jogando, bebendo e conversando, algumas vezes eu tinha crise de riso com o que ele falava, e eu estava muito feliz de ter ele comigo desse jeito, eu amava o Jin, ele era meu porto seguro quando minha vida estava por um fio a desabar, e ele fazia o mesmo comigo, já consolei ele várias vezes com seus namoros problemáticos, ele tem um dedo podre para mulher, uma vez eu perguntei a ele por que a gente não namorava já que só nos lascamos com nossos romances, e ele me disse que se a gente namorar acaba tudo, não vamos ter mais essa segurança de saber que pode tudo desabar a nossa volta mais sempre vamos ter um ao outro pra nos segurar, eu achei a coisa mais linda e desde então somos irmãos.

Não sei quando pegamos no sono, quando dei por mim estava atravessada na cama com o Jin quase caindo da mesma, tentei levantar e minha cabeça deu uma pontada de dor, parei no mesmo lugar e respirei, precisava comer alguma coisa para tomar remédio, fui ao banheiro me arrastando, fiz minha higienes na velocidade de uma tartaruga, saindo quarto sem fazer barulho para não acordar a princesa na cama, desci um degrau de cada vez e quando tentava descer mais rápido minha cabeça rodava.

– O que tinha nessa bebida, pelo amor de deus? - sussurrei para mim.

Cheguei na cozinha e vi a Ajumma fazendo comida, a abracei por trás e pedi desculpas por ontem, que não deixaria isso acontecer de novo.

– Sei que não tem culpa minha menina.

– Mais é minha casa, e a Senhora foi destratada dentro dela, então a culpa também é minha.

– Deixa disso, o que houve com você?

– Fui atropelada por dois caminhões, e uma bicicleta - escuto a mais velha rir e abro um sorriso.

– Vou fazer um chá para você, e o Jin?

– Se encontra pior que eu.

– Deus, vocês beberam tanto assim?

– Queria desestressar, ontem foi um dia daqueles.

– Bom dia - escuto uma voz toda embolada atrás de mim.

– Caramba, pensei que eu estava ruim, olhando pra você estou ótima.

– Quer levar um beliscão logo cedo? - senta segurando a cabeça.

– Não.

– Então cala a boca, coisa chata.

– Vamos comer que o mal de vocês é fome.

Ajumma fez um café da manhã leve pra nós dois, depois deu comprimido de dor de cabeça, em uma hora estávamos pronto para outra. Saímos da cozinha quando o casal simpatia chegou, tomamos banho e ficamos no jardim conversando.

– Estou pensando em dar um tempo de escrever depois que acabar esse livro.

– Que? Ficou doida? Você adora fazer isso.

– Eu sei, mas tô me sentindo presa, não aguento passar o dia todo em casa com eles.

– E vai fazer o que então?

– Pensei em viajar por um tempo, depois quando voltar arrumar um emprego de meio período, aí posso escrever no tempo que sobrar.

– Eu vi ontem como isso tudo está te fazendo mal, nunca te vi com tanta raiva que nem ontem.

– Me estressa essa mulher aqui, e ainda acha que tem direito de alguma coisa, como ela não vê que está na minha casa e ... só muda de assunto, não quero ficar com raiva de novo.

– E vai viajar para onde? - sorri quando ele mudou rápido o assunto.

– Não sei, talvez fora do país, quem sabe.

Casamento FalsoOnde histórias criam vida. Descubra agora