Kerem Bürsin
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A atração pulsando entre nós bagunça o meu interior com uma conjuntura magnífica. Ela está ainda mais bela do que nos meus sonhos repetitivos e intensos — os seus olhos castanhos e expressivos me fitam, surpresos. Gostaria de deslocar uma mecha do seu cabelo que decai em seu rosto corado, mas não me movo, temeroso com sua reação.
— O que deseja? — Uma característica perceptível da minha sereia: ela se fecha como uma concha, tentando esconder o cristal do olhar humano, mas para sua sorte eu adoro os desafios da vida.
— Saber seu nome — Encaro apenas o seu rosto, pois se meu olhar descer um pouco, encontrarei seu nome escrito em sua roupa. — Conversar com você — Percebo o quanto ela está afetada com o rumo da conversa e continuo. — Ter sua companhia em um almoço ou um jantar amanhã.
— Estou ocupada — Desconversa e com meu corpo implorando por um contato maior, me aproximo do balcão que ela está apoiada. — Eu preciso ir — Em um ato impulsivo, seguro seu pulso e acaricio-o com meu polegar. — Kerem — Observo as letras saírem da sua boca avermelhada e meu coração pulsa sem controle, com um desejo indescritível de sentir o sabor de seus lábios.
— Eu aceito um suco de — Meu olhar não desgruda de seus lábios e a fruta escolhida é a representação do desenho que observo — Morango. — Ela assente e encontro seu olhar em chamas – como sei disso? Sou bom em análise corpórea.
— Preciso que você me solte — A frase é dita entre pausas. Solto-a, porém meu corpo reclama ao sentir sua falta, imediatamente. — Daqui a pouco trago o seu suco! — Exclama — Precisa de mais alguma coisa que esteja no cardápio? — Sorriu com a sua pergunta, pois o que necessito está a minha frente.
— O que recomenda? — Com um sorriso nos lábios, questiono. — Estou com muita fome, o plantão foi bastante cansativo hoje. — Percebo seu olhar varrer meu corpo e o meu sorriso aumenta.
— O mais pedido é o Cioppino — É uma mistura deliciosa de frutos do mar e acompanha diferentes tipos de vinho.
— Não posso — Comento — Estou dirigindo. — Ela assente e mexe no cardápio.
— Steak com purê de batatas e vegetais — Sem saber, ela acabou de mencionar um dos meus pratos preferidos. — Você deve comer muitas folhas verdes para manter esses músculos — O seu sussurro é quase inaudível, mas estou atento a cada parte dela que escuto.
— Você retirou a bota ortopédica — Indago, tentando livrá-la de qualquer constrangimento. — Como se sente? — Seu olhar volta ao meu rosto.
— Estou bem — Ela ajeita o cardápio em cima do balcão. — Trarei seu pedido em um instante — Assinto e observo ela caminhar pelo salão lotado.
— Um homem bonito como você não deveria estar sozinho — Uma loira afirma, ao se sentar do meu lado e me entregar um drink. — Chamo-me Jo. — Apresenta-se e minha mente ri com a ironia – desejo saber o nome da minha sereia que conheci há semanas, e em menos de um minuto, sou "presenteado" com um drink e um nome diferente.
— Eu não estou sozinho. — Replico, afastando me de sua aproximação repentina. — Minha namorada foi ao banheiro. — Não quero problemas com minha sereia, então tomo essa atitude. — Deveria oferecer esse drink a homens solteiros — Indico Duncan do outro lado. — Meu amigo está totalmente livre! — Ela abre um meio sorriso e segura o drink.
— Sua namorada é uma mulher de sorte. — Diz antes de sair. Eu que tenho muita sorte de ter a minha quase namorada.
O meu coração volta a acelerar quando visualizo a minha sereia vindo ao meu encontro. Porra — ela é um espetáculo. — Seu suco — Entrega-me e percebo suas mãos trêmulas, seguro-as e beijo o dorso. — Você não pode fazer isso. — Reprimi minha atitude, mas posso sentir o quanto o seu corpo a contraria. — Estou em meu local de trabalho.
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Do seu lado
FanfictionHande Erçel, uma nova-iorquina de vinte e oito anos, tinha sua vida estruturada - sua faculdade de artes plásticas e uma família amorosa - mas em uma noite seu coração foi totalmente destruído e ela decidiu fugir e construir um futuro distante de le...