Mafiosos Nunca Se Rendem 2.0

😵arrependimento😵

Não é á toa que a peça mais forte do jogo é uma dama.

AYZHA NYREE PARKER

Nem sempre quem descobre algo é o mais esperto, as vezes você está descobrindo algo que deveria descobrir e não porque foi esperto.

As vezes você acha que descobriu o maior segredo do mundo mas mal sabe que isso não era um segredo e sim uma emboscada.

- como...como você sabe que ele é meu irmão? Andrey pergunta sem olhar para meus olhos.

- hum essa pergunta é fácil, o seu corpo entregou tudo, quando eu disse que tinha matado o Ácarosh você ficou nervoso e desesperado, seus olhos ficaram escuros, seus punhos se fecharam, sua respiração ficou ofegante, sua mandíbula travou, seus ombros pesaram e sua voz ficou trêmula e por qual outro motivo você me diria que fiz a pior merda da minha vida se ele não fosse algum parente seu, não seria por eu estar em perigo porque você sabe né..o perigo já sou eu. Eu sussurro as últimas palavras e assim me afastando do mesmo e me sentando na cadeira.

Ele fica em silêncio por uns minutos antes de começar a se aproximar de mim.

- você é boa em observar as pessoas, é boa em ser mafiosa, é boa em controlar seus sentimentos, é boa em estratégia, e deve ser boa em várias outras coisas mas com certeza não é boa em identificar uma única coisinha, uma que está bem na sua frente. Ele diz me fazendo ficar confusa.

- o que você quer dizer com isso? Eu pergunto fazendo ele sorrir de canto e se agachar para ficar a minha altura já que estou sentada.

- Ayzha, Ayzha, Ayzha, as vezes você é tão burrinha, isso não mudou nem um pouco, você acha mesmo que o seu paizinho iria voltar como se nada tivesse acontecido e não iria fazer uma surpresinha para sua linda filha ingrata? Ele diz segurando o meu queixo.

- ingrata? Ingrata pelo o que? Por não ter agradecido a vocês por não me darem amor e carinho de pais e nem sequer saber se vocês sabiam que eu existia? Por não ter agradecido a vocês quando me espancavam por simplesmente nenhum motivo? Ou por não ter agradecido quando vocês fingiram a suas mortes só para não precisarem mais se preocupar comigo? Eu pergunto ficando estressada com esse papo todo.

- pra que você iria querer amor e carinho se nós te dávamos uma casa para morar, comida para se alimentar, roupa lavada, escola boa, e tudo o que você pedia a gente te dava, não te faltou nada, você é sim uma ingrata, nós fizemos tudo por você e na primeira oportunidade que teve você virou as costas para nós. Ele responde se levantando.

- eu não acredito nisso, tá de sacanagem com a minha cara né, vocês fizeram o mínimo que deveriam fazer, foram vocês que me colocaram nessa droga de mundo, eu não pedi pra nascer e agora você veio falar para mim que eu deveria te agradecer por você ter feito a sua obrigação por causa da sua irresponsabilidade? Eu digo rindo ironicamente.

- irresponsabilidade? Pra sua informação eu sou muito responsável entendeu. Ele diz como se eu tivesse dito a pior coisa do mundo.

- se você fosse tão responsável como diz ser não teria feito uma criança que não iriam cuidar, se fosse tão responsável teria colocado a porra da camisinha e evitado essa pessoa aqui de nascer, se você fosse tão responsável como diz não teria forjado a própria morte e deixado uma menina de dez anos sozinha sem ninguém para cuidar, sem ninguém para ver seus próximos aniversários, sem ninguém para ver seus novos amigos, suas notas na escola e sem ninguém para acompanhar a porra dessa merda de vida, se você fosse tão responsável não teria me colocado no mundo para depois fugir e voltar achando que eu me renderia e faria tudo por você só porque o teu sangue corre nas minhas veias...

- ...mas eu sinto lhe dizer que a porra do seu sangue pode até correr nas minhas veias mas eu não te considero da minha família, não te considero um parente e muito menos te considero como pai, eu posso te afirmar que as pessoas que eu convivo são mais pais do que os que me colocaram na porra desse mundo. Eu digo deixando a fúria me dominar.

Cada passo que eu dou a sua frente são dois que ele dá para trás e quando ele não tem saída eu fico cara a cara com ele e em seus olhos eu posso ver o pavor e desespero.

- não me diga que sou ingrata, não me diga que eu deveria te agradecer por que na verdade quem deveria me agradecer é você, e sabe o porque? Porque todas as vezes que vocês me espancavam sem motivo eu não deixava uma lágrima cair para não aborrecer ainda mais vocês, você deveria me agradecer por nunca pedir para vocês me ajudarem em alguma lição porque eu não queria atrapalhar a vida de vocês e você deveria me agradecer por nesse exato momento eu não pegar essa faca na sua bota e cortar todos os seus membros do corpo bem devagarinho até eu ver que você não consegue mecher um musculo mais ainda respirar para depois eu te queimar vivo. Eu sussurro as últimas palavras bem próxima do seu rosto e depois dando um chute em seu saco.

- mas por isso não precisa me agradecer. Eu digo voltando a me sentar na cadeira.

- eu juro que estou me segurando para não acabar com tua raça agora mesmo. Ele diz se contorcendo.

- pra que se segurar, vamos lá acabe com sua agonia, não era isso que você queria desde que descobriu a minha existência, você não queria me ver morta desde que soube que eu viria ao mundo, então tá se segurando porque, vamos lá acabe logo com isso, acabe com seu pesadelo existencial. Eu digo me aproximando do mesmo e me agachando para ficar ao seu lado enquanto ele esta jogado no chão.

- é você acertou o meu desejo, mas eu vou fazer isso de outra forma, não posso simplesmente te matar seria..hum como posso dizer...patético e rápido demais, eu vou fazer você sofrer da mesma forma que você fez a sua mãe sofrer assim que nasceu, você vai se arrepender de estar nesse mundo Ayzha Parker, espere e verá a própria morte cara a cara. Ele diz se levantando e saindo pela grande porta de aço batendo e trancando a mesma.

Mal sabe ele que nem mesmo a própria morte me dá mais medo.

Papis malvadão.

1107 palavras.