O sol já tinha despontado no topo das colinas, iluminando a planície dos campos, agraciando as diversas variedades de plantações com o seu calor dizendo que o dia já começou. O galo nem tinha acordado e muito menos cantado, mas os aldeões já estavam de pé, ordenhando as vacas, levando o gado para pastar, alimentando as galinhas, os porcos, as ovelhas, os cavalos e os animaizinhos de estimação. Suas adoráveis esposas estavam acordando os filhos para se arrumarem para os afazeres, enquanto preparavam o café da manhã e esperavam mais um dia atípico no vilarejo.
Os comerciantes já estavam com suas tendas montadas, expondo seus produtos que já começara a atrair vários compradores que acordavam cedo para aproveitar o melhor das mercadorias. E não era apenas simples aldeões que se via passeando entre as diversas tendas pelo comercio, criados dos reis e rainhas, elfos, bruxas, ogros, orcs, ninfas e outras demais criaturas vinham de muito longe para se deslumbrar com o comercio tão organizado, limpo e cheio de variedade que o simples vilarejo sempre proporcionava. A fama do vilarejo ia longe e sempre atraia mais visitantes e alguns um tanto indesejáveis.
O sol já estava marcando oito horas da manhã e a luz já começava a adentrar no quarto, não uma luz forte, mas era suficiente para iluminar todo o cômodo e para me despertar do meu sono de beleza e me obrigar a abrir os olhos, apesar de não querer acordar sempre gostei de contemplar o aconchego do meu lar, me pergunto se uma dia irei lembrar desse quarto com o sentimento de saudade. A janela de madeira envelhecida estava entreaberta fazendo com que a luz do sol entrasse conforme a brisa balançava as cortinas de seda lilás e azul, me vi obrigada a levantar do aconchego da minha cama. Obrigo meu corpo a sentar na beira da cama e calço minhas alparcas feitas de pelo de lobo preto com detalhes lilás, arrumo os lençóis, a coberta e os travesseiros em posições organizada na cama. Caminho até a janela abrindo as cortinas e a forte luz fez com que meus olhos ardessem um pouco, me forçando a fechá-los com força e abri-los devagar para que se acostumassem com a luz, abro a janela e caminho até minha pequena sacada de madeira que acomodava uma pequena cadeira feita de troncos e galhos de arvores, revestido com uma aconchegante almofada vermelha, pendurada no teto por correntes de bronze o que deixava a cadeira suspensa pouco centímetros acima do chão, as roseiras e dálias que eu havia plantado por toda sacada fazendo um semicírculo perfeito já estavam acordadas exibindo toda a sua beleza.
- Eu amo esse lugar – Digo olhando para além da sacada e vendo o vilarejo onde moro – Está um belo dia lá fora e nada pode estragá-lo – Falo observando o agitado vilarejo que se encontrava lá em baixo.
Os comerciantes estão a todo vapor fazendo propagando dos seus produtos, os aldeões e os visitantes passando de tenda em tenda para aproveitar as belíssimas mercadorias, não é por nada não, mas nosso comercio é o mais incrível de todo esse reino, tão excelente que os reis mandavam seus criados saírem dos castelos e virem comprar as coisas aqui no nosso humilde vilarejo. As crianças corriam e brincavam, umas corriam para não perderem o horário da escola, outras brincando, guardas andavam em toda a parte protegendo seus aldeões, namorados nas ruas aproveitando a vida com mais amor, cada um se divertindo à sua maneira e levando a vida como pode.
- Bom eu tenho que me arrumar e descer para começar o meu dia – Digo inspirando aquela brisa fresca com cheiro de pães, doces e perfumes que o vento levava com ele, dou um sorriso e entro para me arrumar.
A casa de meus pais não era simples, tínhamos um certo status então podemos dizer que somos uma família mediana, não somos ricos igual ao rei, mas digamos que temos uma certa riqueza, em nosso vilarejo somos ricos, porém só em nosso vilarejo mesmo; meus pais possuem uma fama que os seguem, meu pai é o ferreiro mais famoso do reino, os melhores armamentos é ele quem faz, por causa da sua fama se tornou o ferreiro renomado do rei, minha mãe é a melhor artesã de todo o reino e também foi renomada pelo rei e por isso suas mercadorias são tão solicitadas. Tínhamos uma vida perfeita e uma casa maravilhosa, mas apesar dos incríveis cômodos que tinha eu escolhi o que mais se parecia comigo, nunca gostei de coisas muito luxuosas, pelo contrário, gosto de coisas simples, acho que em minha vida passada devo ter sido uma fada ou uma artesã da floresta pelo meu gosto rustico para as coisas.
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A Última Guerreira
FantasiaPassado & Mentira Sabem o que os dois tem em Comum?? É que uma hora ou outra eles vêm à tona revelando seus maiores segredos e mistérios, mudando para sempre sua vida pra melhor ou pra pior. E Karen sabe exatamente como é. Pois foi por causa dos se...