Prólogo

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O sol começava a beijar as montanhas geladas do reino proibido em um ato de despedida de uma missão cumprida, a brisa da noite começa acordar do seu longo sono, e junto a ela, todos os seres noturnos e animais que antes estavam dormindo, acordando com o sopro do vento noturno, famintos em busca de um alimento para saciar a sua fome; os espíritos sombrios dançam a nossa volta tentando abraçar o nosso espirito e nos fazer desistir do nosso destino para nos levar com eles ao mundo dos mortos para juntos vagarmos pelas sombras por toda a eternidade. O cair da noite significava que tínhamos que procurar um abrigo e levantar acampamento. Depois de uma pequena busca achamos uma pequena caverna embaixo das raízes de uma enorme árvore, verificamos para saber se não tinha nenhum morador indesejável no interior da caverna para não sermos devorados durante a noite.

Acendemos uma pequena fogueira apenas para esquentar a sopa que trouxemos conosco, após esquentá-la, junto de um pouco água para o chá de flores mágicas, apagamos o fogo e cobrimos o rastro da fogueira para ninguém seguir a fumaça, e para nenhum ser que se guia pelo calor ver as faíscas do fogo e assim chegar até nós. Após comermos e bebermos nos preparamos para dormir, pois o caminho ainda era um pouco longo, e tínhamos que ter energias porque não sabemos quais inimigos e lutas nos esperam pela frente.

- Bom, então agora está na hora de descansarmos um pouco – Digo me levantando e olhando para os meus companheiros – Afinal, temos um longo caminho pela frente e precisamos estar descansados para enfrentar seja lá o que nos espera em nossa jornada.

- Eldar tem razão – Diz Dilian, o que achei estranho, pois desde o começo da nossa jornada ele só me contrariou – Afinal Eldar tem que descansar para poder sonhar com a voz que o guiará até o lugar onde ninguém jamais viu, nem ouviu falar, mas todos conhecem – Disse dando uma grande gargalhada seguido pelos nossos companheiros, que desde que falei que uma voz de uma mulher estava nos guiando através dos meus sonhos, eles não perdem uma oportunidade de tirar uma com a minha cara.

- Bom, pelo menos eu estou fazendo alguma coisa – Digo me referindo à ele – O que você fez desde que começamos essa nossa aventura? – Pergunto com um tom de desdém e superioridade na voz – Quase nos matou três vezes, colocou cogumelos venenosos em nossa comida com aquela conversa fiada de que eles aumentam os poderes, quase expos a nossa localização quando passamos perto do reino de Azoria brincando com seus poderes e quase contou nosso plano para um dos animais espiões do reino. Você só deu trabalho e nenhuma ajuda o caminho todo, e ainda se acha no direito de tirar uma comigo, se coloca no seu lugar e vai aprender a controlar seus poderes, e depois você dirija a palavra à mim. – Digo o encarando com um olhar de quem diz vem para cima.

- Ora seu – Diz correndo em minha direção para começar uma luta...

- Parem – Disse Alanis a humana do nosso grupo, porém a mais sábia. Depois de mim é claro – Estão agindo feito duas crianças, já esqueceram por que estamos aqui? – Perguntou olhando para todos nós – Estamos aqui para um propósito maior, muito além das nossa diferenças, crenças e medos; nunca na vida eu me imaginei em uma missão com um elfo, um druida, um duende e um feiticeiro, mas cá estamos, lutando para alcançar um objetivo que temos em comum. Então parem de criancices e de ficarem provocando uns aos outros e vamos nos concentrar no que viemos fazer aqui, agora vamos descansar por que estamos cansados e amanhã conversaremos como pessoas civilizadas. Okay? – Perguntou olhando para Dilian e para mim.

- Okay – Dizemos ao mesmo tempo.

- Vougan concorda com a linda Alanis – Diz se aproximando da Alanis – Vougan apoia a linda Alanis em tudo que ela disser, por que Vougan ama Alanis – Diz agarrando Alanis e aconchegando a sua cabeça em seus seios – Alanis é tão macia – Diz acariciando os seios de Alanis com a cabeça.

A Última GuerreiraOnde histórias criam vida. Descubra agora