32 || MELISSA.

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Puxo o tecido do meu vestido para baixo, num ato nervoso e avanço cerca de dois passos, arrependendo-me de ter aceite o convite

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Puxo o tecido do meu vestido para baixo, num ato nervoso e avanço cerca de dois passos, arrependendo-me de ter aceite o convite.

Nas minhas mãos encontra-se uma garrafa de vinho tinto extremamente caro e Hera para ao meu lado, mexendo no seu cabelo, depois de fechar o carro.

— Pronta? — Sou questionada pela loira, que para ao meu lado e engulo em seco, acenando negativamente com a cabeça.

— Não devia ter vindo. — Murmuro, sentindo o meu estômago revirar com os nervos e Hera suspira baixo, agarrando uma das minhas mãos.

— Vai correr tudo bem, eu vou estar aqui para te apoiar naquilo que for preciso. — O seu tom de voz é calmo e suave, respiro fundo e olho-a durante uns segundos, antes de começar a avançar em direção à casa dos nossos pais.

Gostava que Vinnie estivesse aqui. 

Talvez isto pareça estranho, pois nem sei ao certo o que é que nós temos, mas ele sempre me conseguiu acalmar. Por um lado, tenho medo de acabar magoada como já me aconteceu anteriormente, mas por outro, sei que não devo deixar esse medo influenciar-me.

— Hera, Mel... — Acordo dos meus pensamentos, assim que a voz do meu irmão soa e levanto o olhar, encontrando na sua face uma expressão admirada. O meu ritmo cardíaco aumenta e agora sinto-me ainda mais nervosa. Sei que seria muito provável encontrar Poseidon aqui, porém, acho que ainda não estava mentalmente preparada para o voltar a ver.

— Vais deixar-nos entrar? — Hera pergunta num murmúrio, interrompendo o silêncio constrangedor que se formou entre nós os três e o moreno acena afirmativamente com a cabeça, desviando-se para nós entrarmos. — O pai e a mãe? — Questiona agora num tom mais alto e eu mantenho-me em silêncio ao seu lado, mexendo nervosamente nas pulseiras presentes num dos meus pulsos.

— Estão no jardim de trás, na zona da churrasqueira. — Explica fitando-nos atentamente e eu engulo um seco, sentindo o meu estômago revirar com o simples pensamento de falar novamente com os meus progenitores. — Já tinha saudades vossas... — Murmura, sorrindo levemente e eu tento esconder o pequeno sorriso que se forma nos meus lábios.

Honestamente, também já tinha saudades do meu irmão mais velho. Apesar de tudo, continuo a amá-lo incondicionalmente e quero o melhor para ele.

— Nós também já tínhamos saudades tuas. — Hera admite, aproximando-se para lhe dar um abraço e Poseidon fecha os olhos durante uns segundos, abraçando de volta a loira.

— Como é que vocês têm estado? Está tudo bem? Está a correr tudo bem no trabalho e na universidade? — Questiona calmamente, assim que se separa de Hera e eu preparo-me para lhe responder, porém, sou interrompida.

Os risos dos meus pais invadem o compartimento da casa em que nos encontramos e assim que direciono o olhar na direção destes, sinto como se o meu coração estivesse prestes a sair-me pela boca.

— Melissa. — A minha mãe murmura, parando de andar repentinamente, quando o seu olhar cai sobre mim e eu sinto a minha garganta ficar seca. 

— Já tínhamos imensas saudades vossas. — De seguida, é o meu pai quem fala, avançando na nossa direção e aproxima-se de mim e de Hera, rodeando-nos num abraço. Sou apanhada desprevenida pela sua atitude, ficando por isso alguns segundos parada, porém, acabo por soltar um suspiro de alívio e devolvo o abraço.

A última vez que abracei o meu pai e a minha mãe já foi há uns bons anos atrás, tinha saudades de sentir este carinho e preocupação vinda deles.

Ao contrário do meu pai, a minha mãe mantém-se parada no seu lugar, limitando-se a fitar-nos durantes alguns segundos, antes de desviar o olhar de nós e pousar uma das suas mãos nas costas de Poseidon.

— Ajuda-me a pôr a mesa, pode ser? — Pede calmamente ao meu irmão que acena afirmativamente com a cabeça, antes de virar costas para a acompanhar.

— Como é que vocês têm estado? — O meu pai fala, assim que nos afastamos e sorri levemente.

— Bem... Estamos a viver juntas, portanto, sempre temos o apoio uma da outra. — Hera fala, pousando uma mão no braço do meu pai e o mesmo acena com a cabeça lentamente.

— Como está a correr a universidade, filha? — Desta vez, dirige-se somente a mim, lançando um arrepio pelo meu corpo devido ao uso de palavras. Filha. Pela primeira vez em tantos anos, ouvi o meu pai chamar-me novamente de filha.

— Bem, está a correr bem. — Respondo, compondo a voz antes de falar e sorrio-lhe levemente, passando uma das minhas mãos pelo meu cabelo.

— Os teus irmãos disseram-me que começaste a trabalhar numa empresa bastante boa para ajudar a pagar os estudos. Fiquei muito orgulhoso de ti mas espero que saibas que se precisares de dinheiro ou de ajuda, eu e a tua mãe estamos sempre aqui para ti. — Oferece, fitando-me atentamente e eu fito-o confusa, desviando o olhar para Hera.

— Pensei que vocês tinham deixado bem explícito que não iriam ajudar a Mel com nada relacionado com o curso que ela está a tirar... — Começa, defendendo-me imediatamente e eu pouso uma das minhas mãos no seu braço, como pedido para ela não dizer mais nada.

— Isso já foi há mais de dois anos atrás. Embora a tua mãe continue um bocado ressentida, não podemos continuar zangados contigo para sempre. Temos saudades tuas, Melissa. — O meu coração acelera, os meus olhos fitam os seus atentamente e sinto que a qualquer momento vou começar a chorar.

Inúmeras foram as vezes que eu imaginei este momento. O momento em tudo voltava ao normal e em que os meus pais me receberia de volta, de braços abertos.

— Eu também tenho saudades vossas. — Confesso, sentindo a minha garganta apertar e esforço-me para conter o quão emocionada e feliz as suas palavras me deixaram.

 — Confesso, sentindo a minha garganta apertar e esforço-me para conter o quão emocionada e feliz as suas palavras me deixaram

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☕︎

oi oii !

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slutformalik

𝗙𝗔𝗞𝗘 𝗕𝗢𝗬𝗙𝗥𝗜𝗘𝗡𝗗 - Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora