CAPÍTULO 12

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***CONTINUAÇÃO***

No meio do caminho, Matheus abriu os olhos e logo perdeu a consciência. E isso fez com que Mia ficasse desesperada e chamando por ele.

— Mia! MIA! – ela me olhou – Ele só desmaiou. Fica calma.

Sei o quanto isso é difícil para ela. Imagino os gatilhos que isso esteja ativando nela.
Mas eu precisava que ela não mantivesse o controle, e eu precisava manter o controle em toda essa situação. Apesar da preocupação com ele.

Olhando para ela através do retrovisor, eu peço para ela não olhar para ele.

— Olha para frente, respirar fundo e soltar devagar.

Ela me obedeceu. Não demorou muito, chegamos na emergência do hospital.

Pego Matheus dos braços entro. Alguns plantonistas vem ao meu encontro e o colocam em uma maca, e o levam hospital a dentro. Em seguida uma enfermeira com uma prancheta na mão se aproxima.

— O que houve com ele?

— Sou o professor dele. O encontramos assim no banheiro da escola.

— Preciso que preencha alguns dados. Eu vou entrar e traga informações assim que possível.

Olho para Mia, e percebo que ela começa a ter um ataque de pânico. Eu a abraço, mas dessa vez não mando ela ficar calma ou se controlar. Apenas deixo que ela chore.
Eu imagino o filme que esteja passando na cabeça dela. Isso já aconteceu com João Paulo por causa do bullying que ele sofreu, entre outras coisas.
A abraço forte, mergulhando o seu rosto em meu peito. E dizendo que tudo bem, ela poderia chorar, que era para colocar para fora tudo que ela tava sentindo daquele momento, e que tudo ia ficar bem.

Uma enfermeira se aproxima de nós.

— Vem comigo, minha linda.

A solto dos meus braços.

— Vai com ela. Daqui a pouco vou até você.

— Ele ficará bem. Vem comigo, está bem?

Ela vai com a enfermeira e eu vou preencher a papelada. Finalizo e vou até Mia em uma sala.
Ela estava mais calma.

— Vou ligar para os seus pais virem te buscar.

— Vou ficar aqui.

Me agacho a sua frente.

— Não é bom que você fique aqui.

— Vou ficar aqui.

— Está bem. Ficamos até os pais dele chegar, e depois levo você para casa.

Quase uma hora depois, os pais do Matheus chegam e vão até a sala onde eu e Mia estávamos.

— Onde está meu filho?

— Senhor eu sou o professor Lee. Ele está fazendo exames. – digo isso me levantando.

— Mas o que aconteceu? – a mãe dele perguntou.

LIVRE ARBÍTRIOOnde histórias criam vida. Descubra agora