capítulo dois

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Passar a noite em um lugar que não seja meu quarto e ainda com umas pessoas que eu conheci em apenas um dia, era realmente estranho, mas a paz que é não ouvir o meu padrasto gritando já era um alívio.

Eu me virava e revirava de um lado para o outro sem conseguir dormir e isso já estava me deixando louca, então eu resolvi me levantar e andar pelo colégio, e chequei se Jana e MJ estavam dormindo, e elas estavam, como elas conseguem?

Então resolvi me levantar e fiz isso na maneira mais silenciosa possível para não acorda-las, peguei minha pantufa e sai de mansinho do quarto e segui pelos corredores e de repente eu ouvi uma voz vindo de uma das salas que haviam ali. E a porta estava aberta e eu entrei e vi um menino meio baixinho com o cabelo arrepiado e pintado de loiro, ele ainda não tinha notado minha presença ali então resolvi chamar a atenção do mesmo.

- Você não tem medo de te ouvirem?? Falo.

Então ele me olha pela primeira vez.

- Eu achei que essa sala era acústica. Ele falou meio confuso e com um semblante de desespero.

Eu soltei uma risada.

- Você esqueceu a porta aberta, então dava para te ouvir. Digo me sentando em uma cadeira de frente para ele.

- Merda, eu não tinha notado. Ele diz.

- Pelo visto só eu que ouvi, relaxa. Digo sorrindo.

- Qual o seu nome? Ele me me pergunta.

- Andi e o seu??

- Guillermo mas prefiro que me chame de Dixon. Ele diz sorrindo.

Olho para o lado e vejo uma bateria.

-Dixon, eu tive uma idéia. Ele me olha confuso. Então eu me levanto e vou até a bateria e me sento logo pegando as baquetas.

- Pera, você vai tocar agora??. Ele me pergunta.

- Sim, só acompanha. Então começo a tocar e logo em seguida Dixon pega o ritmo e começa a improvisar um Rapp.

Toco os últimos toques e ele finaliza com uma rima.

- Uau isso foi? Digo.

- Demais, Andi você toca muito. Ele diz empolgado.

Solto um sorriso sem graça para ele.

- E a diretora Celina, vai amar ver esse show.

Do nada surge uma terceira voz vindo da porta e eu e Dixon arregalamod os olhos no mesmo insiste.

- Emília, você não... Digo nervosa

- Claro que vou, ou vocês se esqueceram do toque de recolher?

Dixon a olha assustado.

- Emília, espera! você não precisa fazer isso, vai nos entregar assim?. Olho para ela.

Ela me olha pela última vez e sai da sala com aquele sorriso debochado.

- Isso foi a sua culpa. Dixon diz nervoso.

- Calma, ela não vai fazer isso. Digo tentando acalma-lo, pelo visto Emília é sim uma vilã, minha opinião estava completamente errada.

- Andi? Você fechou a porta? Eu dou um sorriso amarelo para ele.

- Eu não lembro. E então Dixon sai da sala e some pelos corredores sem olhar para trás.

Pelo visto Dixon me odeia, então eu saio da sala vou andando pelos corredores a caminho do meu quarto, quando do nada ouço uma voz.

Não olha assim pra mim não (Andi e Emília)Onde histórias criam vida. Descubra agora