Capítulo 9

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Capítulo 9

— Hey gente, o que ta...? – Braxton perguntou com Kyan e Alyson em seu encalço. Mas ele parou no meio da fala e acho que sua expressão era a mesma que a minha.

Maya, a linda garota que um momento estava parada na minha frente simplesmente mudou. Eu sabia que tinha algo estranho nela, mas nada na vida me preparou para isso. De suas costas explodiram, rasgando seu vestido, duas asas negras, parecidas com as de morcego. Sua pele branca escureceu, indo pro cinza, onde parecia um rosto suave, agora parecia uma pedra. Seus olhos dourados pareciam brilhar. De suas mãos pequenas e delicadas surgiram garras afiadas e ela olhava para os seguranças, que fodido Deus tinham presas de vampiro e os olhos pareciam brilhar como o dela, só que o deles em um vermelho sangue.

Tudo isso não passou de segundos, minha mente de alguma forma conseguiu avaliar a situação rapidamente. Claro que o lado racional da minha mente estava dizendo que eu estava tendo uma alucinação visual, pois vampiros e ... Gárgulas? Não existem. Simplesmente não existem. Mas ao olhar para minha família e ver neles a mesma expressão que eu provavelmente estava me fez perceber que talvez aquilo não seja uma alucinação.

Um rosnado me chamou atenção de volta para a situação que se desenrolava a minha frente. Maya avançou até os vampiros, suas asas se empurrando na frente dela como lanças e perfurando o peito de dois vampiros, eu ouvi o ofego coletivo da minha família. E então a asa fechou de uma vez jogando os vampiros para trás. Enquanto isso, com a mão Maya pegou o pescoço de um terceiro, enquanto içava o corpo para cima, envolvendo as pernas em torno da cabeça de um quarto e virando de uma vez, derrubando o vampiro e rasgando a garganta do terceiro. Com a asa direita ela empalou o quinto vampiro e enfiou a mão dentro do corpo do vampiro e arrancou o coração dele, fazendo com que ele se transformasse em cinzas, junto com o coração.

Após isso, ela tirou o coração dos outros dois vampiros, e se virou indo até os dois que ela tinha jogado que estavam se levantando e rapidamente os matou. Assim que todos os 5 haviam virado cinzas ela parou, de costas para nós.

Eu não conseguia me mover, meu corpo estava parado no lugar. Aos poucos vi as asas voltando para dentro de suas costas e sumindo deixando somente dois riscos que mostravam por onde saiam. A pele que antes parecia pedra agora suavizou novamente, mas mesmo assim ela não se virou para nos encarar.

Lentamente ela se virou, suas mãos ensanguentadas, seu rosto era uma máscara de tristeza, seus olhos não encontraram o meu e nem de ninguém da minha família. A garota cheia de vida que havia vindo nos cumprimentar sumiu.

Em um momento de choque percebi que ela claramente pensava que eu poderia ter medo dela. Claro que eu estava fodidamente chocado, e um pouco com medo também, não vou mentir. Não é todo dia que você descobre que vampiros e gárgulas existem e fica tranquilo com isso. Mas algo dentro de mim, me disse dizia que ela nunca me machucaria. E acho que foi essa parte que me fez ir até ela. Senti os dedos de Lilian em meus ombros, mas me afastei indo até Maya. Quando parei na frente dela toquei seu rosto, minhas mãos tremeram um pouco, mas me dê um desconto, a mulher era uma gárgula.

Seu rosto era tão macio quanto parecia, a pele era quente ao toque, suave e delicado. Ao toca-la senti um leve choque percorrendo meu corpo. Levantei seu rosto para mim e olhei seus lindos olhos dourados. Eu nem a conhecia, não sabia nada além de seu nome, mas sabia que ela era especial.

— Hm... – tentei falar, e falei a primeira coisa que me veio em mente – asas legais... Não quer dizer... – parei, e bufei, desde quando eu ficava nervoso perto de uma mulher? – suas asas são realmente legais, mas o que eu queria dizer...

Ela abriu um sorriso e riu, um riso lindo que fez meu coração bater mais rápido. Então ela me abraçou apertado, seu corpo colado no meu.

— Você não tem medo? – ela perguntou ainda sorrindo.

— Não vou mentir, estou assustado para caramba, porque porra... – falei e olhei para minha família que olhava para gente meio "que porra esse menino ta fazendo?" – será que pode explicar o que aconteceu? Porque realmente a gente ta meio confuso agora.

— Tudo bem – ela disse se afastando e olhou para atrás de mim para minha família – podemos entrar na coisa de metal? Acho que mais deles irão vir.

— Mais? – Alyson guinchou.

— Sim, aqui está cheio deles, já achei 5 garotas mortas – ela falou de forma triste.

— Mortas? O que? – Kyan falou – ai meu Deus, eu só posso estar num sonho bizarro – ele continuou colocando a mão na cabeça.

— Por tanto que eu imagine que você queira estar sonhando – Maya falou enquanto pegava minha mão e me arrastava até o trailer – infelizmente não é um sonho. Podemos entrar? Não é bom ficar aqui fora por tanto tempo.

— Vamos, quero entender o que está acontecendo – Lilian disse e todos nós entramos no trailer.

Sexo, Morte e Rock n RollOnde histórias criam vida. Descubra agora