A Primeira Batalha

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"Ouvi dizer que Harry e Gina finalmente ficaram juntos." Fred sorriu tomando uma xícara de chá quente que eu preparei para ele.

"Realmente agora?" Eu perguntei, levantando minha sobrancelha.

"Sim, senhora." Fred fez uma saudação de brincadeira.

"Finalmente." Eu ri, "É melhor eu não pegar você perturbando muito eles por conta disso Freddie, eu só quero dizer isso."

"Quem, eu? Nunca!" Fred exclamou, quase derramando seu chá.

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Harry e Gina irromperam na ala hospitalar, onde Rony, Hermione, Luna, Tonks, Lupin e eu estávamos reunidos ao redor da cama de Gui Weasley. Neville estava dormindo na cama ao lado dele.

Hermione correu para Harry e o abraçou; Lupin avançou também, parecendo ansioso.

"Você está bem, Harry?"

"Eu estou bem... como está Gui?"

Ninguém respondeu. Harry olhou por cima do ombro de Hermione e viu um rosto irreconhecível deitado no travesseiro de Gui, tão cortado e rasgado que parecia grotesco. Madame Pomfrey estava limpando seus ferimentos com uma pomada verde de cheiro forte. Harry se lembrou de como Snape havia consertado as feridas do Sectumsempra de Malfoy tão facilmente com sua varinha.

"A senhora não pode fechar os ferimentos com um feitiço ou algo assim?" perguntou à enfermeira.

"Nenhum feitiço vai funcionar com isso," disse Madame Pomfrey. "Eu tentei tudo o que sei, mas não há cura para mordidas de lobisomem."

"Mas ele não foi mordido na lua cheia," disse Rony, que estava olhando para o rosto de seu irmão como se pudesse forçá-lo a se curar só de olhar. "Greyback não se transformou, então certamente Gui não será um... um verdadeiro...?"

Ele olhou incerto para Lupin.

"Não, eu não acho que Gui será um verdadeiro lobisomem," disse Lupin, "mas isso não significa que não haverá alguma contaminação. São ferimentos malditos. Provavelmente não se cicatrizarão totalmente... e Gui pode ter algumas características lupinas de agora em diante."

"Dumbledore talvez saiba de algo que dê jeito nisso," Rony disse. "Onde ele está? Gui lutou contra aqueles maníacos por ordem de Dumbledore, Dumbledore deve a ele, ele não pode deixá-lo nesse estado..."

"Rony... Dumbledore está morto," disse Gina.

Uma onda de choque tomou conta de mim.

"Não!" Lupin olhou descontroladamente de Gina para Harry, como se esperasse que o último pudesse contradizê-la, mas quando Harry não o fez, Lupin desabou em uma cadeira ao lado da cama de Gui, com as mãos sobre o rosto.

Eu também caí em uma cadeira ao lado de Lupin, sentindo meu corpo congelar com choque e horror.

"Como ele morreu?" sussurrou Tonks. "Como isso aconteceu?"

"Snape o matou," disse Harry. "Eu estava lá, eu vi. Chegamos de volta na Torre de Astronomia porque era onde estava a Marca... Dumbledore estava doente, ele estava fraco, mas acho que ele percebeu que era uma armadilha quando ouvimos passos subindo as escadas. Ele me imobilizou, eu não pude fazer nada, eu estava sob a Capa da Invisibilidade... e então Malfoy entrou pela porta e o desarmou..."

Hermione levou as mãos à boca e Rony gemeu. A boca de Luna tremeu. Senti minha cabeça começar a latejar, cada pulsação batendo mais forte contra minhas têmporas do que a anterior.

"... mais Comensais da Morte chegaram... e então Snape... e Snape fez isso. O Avada Kedavra." Harry não podia continuar.

Madame Pomfrey começou a chorar. Ninguém prestou atenção nela exceto Gina, que sussurrou, "Shh! Escute!"

Ei FreddieOnde histórias criam vida. Descubra agora