a boate -flagui

tentando me distrair.

guilherme pov ¡

acabou, literalmente acabou o meu casamento com rose, nos últimos tempos não estava nada bom, más achava que ela não seria capaz de me trair, eu pensei que ela me amava!! bom, talvez eu tenha sido um pouco trouxa, um pouco não, muito trouxa, mas traição era uma coisa que não se passava na minha cabeça.

-- vai pra onde doutor guilherme? -diz odailson entrando no carro.

-- na tijuca, em alguma boate, rápido.

-- na tijuca?? isso me surpreende, mas é você quem manda- odailson arqueia as sombraselhas

já chegando lá, eu nem percebo pra qual boate odailson está me levando, meu cérebro não funciona, era apenas uma dor de cabeça rodando, eu queria tomar um ar, relaxar logo, mas como? enchendo a cara, não era meu tipo, mas eu não tinha escolha.

--chegamos doutor, acho que você vai gostar

--pulp fiction?

-- essa mesma, o doutor não lembra??

-- me desculpe - falo saindo do carro.

esse nome me lembra algo, a minha dor de cabeça é tanto para pensar, mas eu ainda consigo sentir algo, isso é estranho, eu estou em outro mundo, realmente.

entro na boate, era uma música auta, muitas mulheres dançando, e pessoas bêbadas, eu só sigo em frente, mas uma mulher no pole me chama atenção, fico parado tentando observar ela, quando ela se vira e olha pra mim, a minha cabeça cria uma montanha russa, meus pensamentos vão pro além e meu coração parecia bater mais forte, era flávia.

-- tudo bem doutor? o que o senhor está fazendo aqui na tijuca? algum problema? - diz a garota parando de dançar e vindo em minha direção

demoro um pouco pra responder ela, eu só a observo, eu ainda estava tentando diregir isso tudo.

-- oi, flávia, problemas? eu sempre tenho - sento na cadeira, a chamando pra sentar

-- deixa eu adivinhar, é sua esposa, não é?

-- como sempre, né?- dou uma risada a mistura de um suspiro

-- vocês brigaram?

-- acabou, dessa vez acabou de vez.

-- você tem certeza? parecem se amar tanto- a garota fala tocando a minha mão

--dessa vez eu tenho certeza, não quero falar muito disso agora,eu vim aqui pra de distrair, eu não esperava encontrar você.

-- então quer dizer que eu atrapalho o doutor? - dessa vez ela para de tocar a minha mão e faz uma expressão séria.

-- não, ao contrário, você me ajuda muito, viu? eu consegui me relaxar em uma simples conversa com você.

flávia dá um suspiro aliviado, e um sorriso ao mesmo tempo, ela era linda, ela concerteza me distrairia e faria eu me divertir em um dia, que levei um chifre , isso é incrível.

-- o doutor quer beber algo? flávia diz se levantando da mesa

-- porfavor.

um tempo depois, eu e flavia bebiamos e conversávamos, decidi desabafar e contar tudo que aconteceu pra ela, isso me faria melhor, eu realmente falei tudo o que eu tinha pra falar, a cada fala, um suspiro a mistura de raiva, eu ainda estava com muita raiva.

-- quer dar uma saidinha doutor? vamos andar ai, pela rua, essa música auta está me enjoando aos poucos, talvez você consiga se relaxar, ainda mais - a garota diz piscando.

-- você quem manda - olho pra garota sorrindo

a garota segura minha mão, me leva pra fora e eu converso com odailson, pedi pra ele sair ou ir pra casa, qualquer coisa eu me viro ou ele me busca, não queria deixar ele esperando, isso vai ser demorado.

(...)

-- eu amo esse lugar, me traz paz - flávia se solta da minha mão, me levando para um lugar que dava a vista da cidade, estava realmente muito lindo, dava pra ver a lua, a cidade iluminada, eu me senti muito bem, parecia que não havia problemas ao redor.

-- isso é realmente, muito lindo, você é incrível flávia.

-- que bom que gostou, eu vinha aqui algumas noites que eu me sentia só, na verdade quase todas as noites.

-- você ainda se sente muito sozinha?

-- sim, eu to acostumada, parece que a vida não colabora comigo, realmente.

-- pois agora você tem eu, a gente pode vir aqui, quando nos sentimos pra baixo, topa? - confesso.

-- é bom escutar isso de você, doutor, eu topo!! - a garota fala com um sorriso enorme no rosto, trocando olhares comigo enquanto eu não consigo desfarçar o meu sorriso também.

o clima estava tão bom, quando me dei conta eu estava muito próximo de flávia, dava pra perceber o nosso nervosismo devido a aproximação, mas eu queria isso, eu sentia que ela queria, foi ai que eu beijei ela, que imediatamente o beijo foi correspondido.

era um beijo com desejo, carinho e nervosismo, eu não queria acabar aquele beijo nunca mais, nossas línguas dançavam enquanto eu segurava a cintura dela, e ela segurava minha nuca, enquanto eu beijava flávia,  eu não tinha problemas, essa garota conseguiu fazer meu dia melhor em umas horas e conversas, isso é realmente perfeito.