The Minister's Decree | Dramione

Prólogo

O Profeta da Noite - abril de 2003

A MENOR TAXA DE NATALIDADE DA HISTÓRIA REGISTRADA ASSOLA A EUROPA OCIDENTAL

Por P.Patil

O Ministro da Magia falou no saguão do Ministério esta manhã sobre a mais nova praga do mundo mágico. Desta vez, não tem nada a ver com bruxos das trevas ou com a gripe do gato preto.

No próximo ano, espera-se que Hogwarts aceite apenas quatorze Primeiros Anos; o número mais baixo já registrado na história da escola. Quando questionado sobre o que poderia estar contribuindo para o baixo número de nascimentos mágicos, o Ministro Shacklebolt apresentou Astoria Malfoy, uma das líderes em cura e estudo reprodutivo.

"Só podemos supor que as baixas taxas de natalidade são consequências residuais da guerra. O mundo dos bruxos não apenas sofreu baixas em massa, mas os sobreviventes parecem estar adiando o casamento e o parto para muito mais tarde do que era tradicional em nossa cultura", disse Greengrass-Malfoy esta manhã. "Se as tendências de nascimento continuarem em uma inclinação descendente, poderemos ver a extinção de nossa espécie nos próximos séculos. Tenho trabalhado em estreita colaboração com uma equipe de pesquisadores sobre como podemos corrigir esse problema e, com sorte, dar início a uma nova geração de bruxas e bruxos."

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DECRETO OFICIAL DO MINISTÉRIO Nº 1298 - Julho de 2003

Devido ao declínio constante das taxas de natalidade nos últimos dez anos, o Ministério da Magia entrou em estado de emergência. Todos os bruxos e bruxas em idade fértil devem ler a documentação anexa e assinar esta declaração.

Se o departamento de estatísticas não puder afirmar que houve um aumento no número de nascimentos mágicos, seremos forçados a tomar medidas drásticas. Esperamos que o panfleto em anexo seja esclarecedor para ajudá-los em sua decisão de contribuir para a próxima geração.

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— É completamente ridículo — Os dedos de Hermione se fecharam sobre o memorando, amassando-o e jogando-o ao lado de sua mesa antes de pegar o panfleto e dar uma olhada. A mesma propaganda que vinha sendo enfiada goela abaixo nos últimos anos: as pessoas precisavam começar a ter filhos - e rápido.

Bem, Hermione realmente não se importava em engravidar para agradar o patriarcado. Ela estava cansada da conversa interminável sobre suas responsabilidades para com o mundo mágico - ela pagou suas dívidas; pagou mais do que a sua parte, se alguém lhe perguntasse. Nenhuma mulher deveria ser forçada a ser mãe e, embora algum dia Hermione pudesse se ver como mãe, ela não estava pronta. Havia tempo. Mesmo que não houvesse, ela arranjaria tempo.

Ela pegou o folheto e marchou pelo corredor, abrindo a porta do escritório de Harry e ignorando o gemido que ele deu quando ela chegou, jogando sua própria cópia do novo decreto do Ministério em sua mesa.

— Eu sei, Hermione — ele murmurou.

Hermione começou a andar de um lado para o outro em seu escritório, torcendo as mãos na base da coluna e balançando a cabeça em desapontamento. — Eles estão criando uma histeria...

Harry suspirou, recostando-se na cadeira e dobrando os lábios em uma linha apertada. — Eu sei.

— ...inventando completamente uma crise em que não há nenhuma. As pessoas terão filhos quando estiverem bem e prontas. Eles não podem impor esse tipo de coisa! É... é... bem, é fascista!

— Foi o que você disse — Seu amigo assentiu, balançando a cabeça para frente e para trás enquanto ela falava, como sempre fazia.

Hermione começou a andar de um lado para o outro. — Eu juro que se eles decretarem algum tipo de... lei de casamento, eu vou enlouquecer completamente. É por isso que eu vou concorrer a ministr...

Com um bufo indelicado, Harry revirou os olhos. Hermione congelou; seu olhar escurecendo para ele. — Bem, você tem dez anos antes de ser empossada e, depois de conversar com Kingsley no jantar do último fim de semana, acho que você não pode esperar tanto tempo. — A bruxa de cabelos encaracolados o encarou — Eles vão fazer alguma coisa, Hermione, quer você goste ou não. Você precisa ser proativa antes de ser pareada e forçada a consumar como gado.

A raiva borbulhava em seu peito e Hermione não podia fazer nada além de olhar em total descrença. — Você não pode estar seriamente do lado deles, Harry.

Harry levantou-se, contornando sua mesa até que ele estava olhando diretamente nos olhos dela. Ela procurou em seu olhar esmeralda a centelha de uma piada, mas não encontrou nenhuma. — Não se trata de tomar partido, Hermione. Sei que você não quer acreditar, mas o mundo que lutamos para salvar está morrendo. Não quero que ninguém seja forçado a um casamento que não queira, mas isso está no horizonte - e logo.

— Eu me recuso a acreditar nisso — ela conseguiu dizer com a mandíbula tensa. — Não até que alguém esteja me forçando a ir para o altar com a varinha apontada para mim.

Harry riu sombriamente, girando a aliança de ouro em seu dedo e balançando a cabeça. — Como Auror Chefe, eu recusarei alegremente esse trabalho.