Minha Alfa Me Odeia - Livro II - Supercorp

Capítulo Vinte e Oito

P.O.V KARA ZOR-EL

"De novo!", Eleanora gritou, esperando que eu me concentrasse e repassasse meu treinamento mais uma vez. Estávamos no quintal da casa da matilha desde o amanhecer. Eu estava completamente exausta.

Lena tinha voltado para casa para jantar como prometido, e ela e Eleanora estavam brigando sem parar desde então. Era como viver com duas crianças pequenas que lutavam pela atenção da mãe.

Até a senhora Abby ficou irritada e praticamente saiu correndo da minha casa assim que terminou o jantar.

Depois de comer, pedi licença e fui para a cama também. Eu estava completamente esgotada, já que quase não dormi nada depois do ataque e a emoção de conhecer Eleanora esta manhã me fez esquecer até de descansar.

Então fui para o meu quarto, mas não antes de ouvir Eleanora me avisar que começaríamos o treinamento antes do amanhecer.

Aqui estava eu agora - já passa do meio-dia e só paramos para um lanche rápido, depois continuamos.

Ela está tentando me mostrar como canalizar minhas emoções em meus poderes de uma forma saudável, mas sou péssima em controlar meus sentimentos.

Ah, jura?, Kiera bufou, entediada.

Cala a boca, Kiera, rosnei de volta enquanto tentava me concentrar, mas era muito difícil.

"Lembre-se do que eu disse, Kara. Você precisa esvaziar sua mente. Não pense em nada. Apenas sinta... sinta o vento acariciar sua pele, sinta a grama sendo esmagada sob seus pés. Deixe esses sentimentos trazerem seus poderes para fora."

Juro que estava tentando, mas minha cabeça estava tão ocupada que não consegui desligar.

No momento, eu estava tentando manipular e mover objetos com minha mente. Eleanora achou que seria a coisa mais segura para começar o treinamento porque não envolvia muitos riscos.

Posso controlar todos os quatro elementos à vontade, mas até agora, usei apenas fogo e terra. Ainda não descobri como ou quando acionarei os outros dois elementos. Não consigo nem controlar minhas emoções.

Eu estava movendo uma bola com minha mente... ou tentando, porque a bola ainda não tinha se movido nem um centímetro do chão.

"Foco, Kara! Foco!", Eleanora gritou comigo quando a bola começou a balançar.

"É isso! Segue!", ela continuou me encorajando enquanto a bola quicava em um frenesi completo, de repente ela pulou do chão e disparou direto para uma das janelas da mansão, quebrando o vidro.

"Merda!", gritei, cobrindo meu rosto com as mãos.

"Você não está dando tudo de si, Kara. De novo!", Eleanora gritou enquanto jogava outra bola para eu pegar.

"Isso é exaustivo, Eleanora! Eu não consigo fazer isso!", exclamei.

"É porque você não está se concentrando", ela respondeu com indiferença.

"Talvez eu conseguisse se recebesse mais conselhos do que simplesmente desligar minha mente. Afinal, o que isso quer dizer?! Como diabos eu devo parar de pensar?", gritei de volta, exasperada.

Joguei a bola de volta para ela. Ela a parou no meio do ar com um aceno de mão.

"Isso significa que você precisa se concentrar em seu entorno e não em seus pensamentos instáveis", ela disse com um tom entediado. "Devemos trazer um de seus amigos aqui e machucá-los um pouco para que possamos ativar seus poderes?"

Ela se virou em direção à porta aberta dos fundos da casa da matilha.

Eu senti todos os pelos da minha pele se arrepiar e meu sangue ferver.