Samantha
Não estava acreditando no que tinha acontecido comigo. O navio havia acabado de zarpar e eu estava guardando as coisas na minha suíte e um sorriso gigantesco não saía da minha boca.
Caralho!
Aquilo era maravilhoso.
O lugar que eu havia ganhado no sorteio, era tão magnífico que não parecia ser real. Provavelmente eu estava sonhando e logo acordaria e acabaria meu sonho de princesa.
Eu havia feito a entrevista no trabalho do meu pai e não havia recebido resposta, o que acabou me motivando a aproveitar ainda mais essa viagem inesquecível que iria fazer.
Assim que terminei de arrumar minhas coisas, vesti um biquíni vermelho que havia levado e coloquei a saída de banho, branca, e que parecia mais um vestido. Olhei-me no espelho e reparei que faltava algo.
Talvez fosse o meu cabelo solto que estava grande demais e sem corte. Então aproveitei, para fazer uma trança e deixá-la caída por cima do meu ombro. Peguei meus óculos de sol e dei por finalizada a minha arrumação.
Saí do meu quarto e nem olhei para os lados o que foi um erro, pois havia uma cabine atrás de mim, e no mesmo momento a pessoa resolveu sair e eu toda desatenta esbarrei com o meu vizinho de quarto.
A minha saída de banho era longa o que fez minhas pernas se prenderem em sua barra e eu comecei a me desequilibrar e por sorte, ou azar — dependia do ponto de vista — o homem acabou me segurando.
E ao sentir aqueles braços me segurarem, senti um arrepio passando por meu corpo. Meus olhos estavam grudados em sua camiseta, o que deixou com que percebesse o quanto a pessoa que havia me segurado era forte, mas logo deixei que eles fossem subindo vagarosamente até encontrar o rosto do homem que me salvou naquele momento.
Ele tinha olhos intensos de um castanho quase preto, seu cabelo possuía alguns fios grisalhos, assim como a barba que lhe dava uma expressão de malvado. E nossa, eu podia ser nova, ter somente meus vinte anos, mas um homem daquele despertava em qualquer uma, aquela vontade louca de se jogar em cima dele e quase implorar para que me fizesse dele.
Talvez fosse ridículo ter aqueles pensamentos com uma pessoa que acabei de ver, mas nenhuma mulher era de ferro, e ainda mais na presença de um homem como aquele.
— Você se machucou?
E a voz... ah!
Aquilo nem era voz, era quase como um rosnado delicioso de ouvir.
Saco! Eu deveria parar com aquilo.
— Nã... não — gaguejei.
Como eu era ridícula, eu tinha acabado de gaguejar na frente de um homem que possuía a porra de um "H" bem maiúsculo.
— Que bom!
Ele deu um leve sorriso e eu quase pedi para que não fizesse aquilo, pois ele já era bonito demais com a expressão séria, sorrindo era o caminho da perdição.
O homem que devia ter uns quarenta anos, me ajeitou e certificou-se de que eu não me desequilibraria.
— Bom, parece que somos vizinhos.
Ele apontou para o meu quarto e eu assenti, pois estava com vergonha de falar mais alguma coisa e começar a gaguejar novamente.
— Prazer, Bernardo.
Estendeu sua mão para mim e eu retribuí o cumprimento dizendo meu nome rapidamente.
— Samantha... — E aproveitei para agradecer, enquanto não começava a gaguejar de novo. — Obrigada por ter me segurado.
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A Filha do Meu Sogro - Degustação
RomanceUm viúvo isolado; Uma menina inocente; Uma gravidez inesperada. Bernardo Roux era um CEO famoso no ramo da aviação, já que a sua companhia era extremamente conhecida em todo o mundo. Depois que sua esposa partiu, ele não via mais o mesmo brilho que...