꧁ 𝑵𝒐𝒔𝒔𝒐 𝑹𝒆𝒆𝒏𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓𝒐 ꧂

Capítulo 1

Takemichi abriu lentamente os olhos, a claridade que atravessava a janela queimava sua retina. O moreno se levantou com muito esforço pois seu corpo estava todo dolorido, levou uma mão até a barriga e ao tocar o local por baixo de sua camisa sentiu uma dor mais intensa e suspirou fazendo uma careta de dor sabendo que era provavelmente um hematoma.

O ômega se moveu lentamente até o banheiro e se olhou no espelho. Pequenos pontos roxos se formavam em sua bochecha oque fez ele suspirar. Durante o dia o estado de seu rosto iria piorar com certeza. Só lhe restava cobrir o mais naturalmente possível as marcas com maquilhagem.

Soltou um longo suspiro e começou o trabalho em sua face, não queria que seu filhote o visse desse jeito. Já já teria que acordar o pequeno para o levar até a escola e em seguida seguir para seu trabalho. Depois que verificou que o resultado era natural o suficiente, Takemichi fez suas higienes e se dirigiu até a cozinha para começar a preparar o pequeno almoço.

Enquanto cozinhava suas memórias da noite anterior se ordenavam e suspirou mais uma vez sabendo que o esquema não fora diferente das outras tantas vezes. Seu ex-marido, Kiyomasa tinha adentrado sua casa bêbado e já ia se dirigir ao quarto do seu filho, depois de uma briga verbal entre ele e o alfa, Kiyomasa batera no ômega até o mesmo desmaiar.
O ômega dessipou esses pensamentos, tinha acabado o pequeno almoço e logo serviu as panquecas em pratos que colocou em cima da mesa e logo se dirigiu até o quarto de seu filho.

O pequeno dormia que nem pedra com os cabelos loiros colados na testa e com metade do corpo fora da cama, sem falar da coberta que agora se encontrava totalmente no chão.
Takemichi sorriu com essa visão e quase teve dó de acordar o menino.

Sora, meu anjo está na hora de acordar o pequeno almoço está pronto.- sussurrou no ouvido do pequeno, este que soltou um gemido de reprovação.

Paaai só mais 5 minutos por favor...- falou manhoso enquanto esfregava os olhos azuis sonolentos.

Nada disso tem que ir pra escola, se vista que eu estou o esperando na sala meu anjo. - O mais velho sentenciou abrindo as cortinas deixando a luz entrar, um método de se assegurar que o pequeno não voltaria a dormir. E como havia dito se dirigiu até a cozinha e se sentou à mesa esperando a criança enquanto bebia seu café.

Minutos depois apareceu um menino loiro já arrumado com o uniforme bem colocado no corpo e o cabelo loiro penteado arrastando a mochila pelo o chão. Deixou a mesma em qualquer canto da cozinha e se sentou pra logo começar a comer. Pequeno almoço tomado e dentes escovados os dois saíram de casa para tomarem rumo pro carro.

Depois de ter deixado Sora na escola o ômega tomou rumo para a cafeteria onde trabalhava. Logo vestiu seu uniforme e fez suas tarefas diárias atendendo ientes e distribuindo sorrisos às crianças.

Ao ouvir o som do sino indicando que alguém havia entrando Takemichi se virou par atender a pessoa mas logo se sentiu paralisado e uma onda de raiva e receio se apoderou de si.

Ora ora... Sabia que ia achar você aqui sua puta. - Ele se aproximou do loiro e segurou o queixo do mesmo o forçando a olhar em seus olhos. - Temos alguns probleminhas a resolver não acha? - falou com um tom raivoso e um sorriso presunçoso no rosto.

Takemichi deu um tapa na mão do mais alto e soltou um grunhido frustrado por esta situação em seu local de trabalho, as pessoas nas mesas mais próximas já começavam a murmurar entre elas sobre oque estava acontecendo. - Kiyomasa não tenho nada a falar com você, muito menos no meu trabalho e se insiste tanto em "resolver" seus problemas comigo faça isso em casa, se bem que sua casa já não é.- o ômega, cuspiu as palavras na cara do alfa com um olhar sério. O mesmo soltou um rosnado e já estava levantando a mão quando o dono da cafeteria veio acalmar os ânimos e conseguira convencer o alfa a ir embora.

Takemichi se desculpou com seu chefe enquanto por dentro estava aliviado que a situação não houvera piorado, se bem que ele no fundo sabia que iria ter que confrontar aquele escroto da raça humana mais tarde. Com esse pensamento em mente continuou seu dia de trabalho até dar a hora de ir buscar o Sora na escola. Assim feito os dois foram passear pelo o parque da cidade aproveitando um tempo juntos mas também retardando o máximo possível a volta a casa, o de madeixas negras sabia que não seria das melhores e queria poupar um mau pedaço a seu filho.

Pai, pai... Está me ouvindo? - acordou de seus devaneios ao ouvir a voz de Sora e logo deu de encontro com um par de olhos azuis claros olhando pra si. Assentiu que sim com a cabeça encorajando o pequeno a falar.- Eu gostaria de um sorvete, posso?

Takemichi refletiu durante uns segundos e logo sorriu concordando, não deixaria de mimar um pouco seu pequeno mesmo que sua situação financeira não fosse das melhores. Ainda pra mais quando Kiyomasa vinha e pegava seu dinheiro contra sua vontade. Por incrível que pareça ainda não teve nenhum tipo de ação do mais velho sobre isso estes últimos tempos, oque aliviava Takemichi um pouco. Pagára um sorvete de morango e baunilha a seu filho e sorriu vendo o outro se sujar de sorvete ao comer, uma cena muito fofa.

Depois do passeio que havia durado cerca de uma hora os dois voltaram para casa, e para a surpresa e alívio de Takemichi, o outro ainda não estava lá. Com isso o maior se virou para o menor.- Oque acha de passar a noite na casa da Tia Hina? Vai poder brincar bastante com ela e com Saky.

Sério, eu posso?? Sim claro que eu quero!!- o loirinho declarou sorridente e animado, levando em conta que hoje era sexta feira podia sem problemas passar a noite lá. Takemichi preferia assim, e sempre era assim que fazia, quando sabia que ia discutir com Kiyomasa com atecendecia sempre dava um jeito de deixar Sora longe do caos que era as brigas entre os dois. Queria poupar o seu filho o máximo possível.

Sim sim, então vai lá fazer a sua mochila que eu viu ligar para a Tia avisando. Ela vem te buscar. - deu um carinho na cabeça do pequeno que logo saiu disparado até o quarto para arrumar o necessário. O mais velho sorriu e discou o número no telefone. - Alô, Hina sou eu como está?

Take boa tarde estou bem sim obrigada, e como vão indo as coisas do seu lado? - do outro lado da linha a rosada pergunta inquieta e ao mesmo tempo feliz de ouvir a voz do amigo.

Estou bem e o Sora também, mas bom sabe como está sendo complicado.-suspirou- olha queria saber se podia vir buscar o Sora pra dormir na sua casa, o outro bastardo quer resolver assuntos comigo e eu não quero que ele esteja aqui.

Oh claro, já suspeitava que me pediria isso. Daqui uns trinta minutos estou aí na frente aproveito e pego a Sakura no caminho.- falou em um tom de voz tranquilizante para tentar des estressar o amigo. - Mas sabe seria bom se nos víssemos um dia destes, ir beber um café talvez?

Obrigado Hina, e claro está anotado, estou com falta de ouvir você se queixando que não tem nenhuma alfa haha. - riu da amiga, pode ouvir a outra bufar do outro lado da linha e logo desligar a chamada. Takemichi sorriu com tal acto, de facto Hinata nunca mudaria, podia ser fofa e muito gentil mas nada a empedia se ser estressada e brava quando queria oque chegava a ser engraçado e um mínimo assustador.

Com isso o tempo passou voando, deu um beijo na testa de Sora que se foi junto com Hinata e foi correndo para o carro encontrar Sakura animado pela festa do pijama improvisada. Hinata deu um grande abraço em Takemichi e logo seguiu atrás da criança. O de madeixas negras olhou o carro se afastar tranquilizado. Voltou para dentro e tomou um banho para tentar relaxar, quanto mais a demora do outro se alongava mais ele ficava tenso de como tudo iria acontecer.

Quando ouviu a porta ser aberta em um barulho forte inspirou fundo sabendo que ele tinha chegado e provavelmente tinha quebrado a porta o filho da mãe. Se dirigiu até a sala determinado e deu de cara com um alfa estúpido e raivoso. Só pela cara sabia, eles não iriam conversar normalmente, e isso dava um pequeno receio no moreno. Não negaria que estava com medo mas já estava farto desta situação que tinha que acabar.