Pov Isabela
Acordei cedinho, hoje era dia de voltar para a escola. Tomei um banho de gato, aqueles banhos bem rápidos. Sabe? Fiz minha higiene matinal e desci as escadas em direção a cozinha. Lá em baixo , o Rick preparava uma deliciosa omelete, o cheirinho me deixou com água na boca.
- Bom dia, professor. Eu disse.
- Professor? Achei que agora só fosse me chamar de Rick. Ele falou me olhando com a sobrancelha arqueada.
- Tenho que te chamar de professor na escola, então já estou chamando desde já, assim eu posso ir me acostumando de novo. Pode pegar ruim para nós dois eu te chamar por um apelido, mesmo que todos os alunos te chamem assim, afinal sou sua aluna e menor de idade, e sempre te chamei na escola de professor, pelo menos em frente aos meus colegas, não posso mudar agora, eu estou morando com o meu professor de literatura, e ainda chamo ele pelo apelido. O que vão pensar? Vão achar que estamos namorando ou algo do tipo. Meu Deus , hoje eu devo ser o motivo de fofoca na escola toda. Além de terem feito uma aposta idiota sobre a minha virgindade , eu ainda falei para o Landon que nunca beijei ninguém , mais que droga, vou ficar conhecida como a frígida. Falei tudo rapidamente , sem ao menos parar para respirar ou pensar.
-
Droga , eu realmente falo tudo sem pensar , cadê meu filtro, senhor? Pensei.- Não vejo nenhum problema em você nunca ter namorado. Você sempre cuidou da sua mãe e isso já faz alguns anos e não teve uma infância e adolescência digamos normal. Sua mãe me falava que você sempre foi bem madura, apesar da pouca idade, que sempre foi muito aplicada nos estudos e tinha bem poucos amigos. Era de se imaginar isso. Mas nunca ter beijado? Que frígida! Ele falou em tom de brincadeira e imitando uma pessoa assustada.
- Idiota! Não sou frígida, eu tenho sim desejos , mas digamos que não quero beijar ou fazer amor com qualquer pessoa. Eu quero fazer com a pessoa que eu amo, apenas. Eu disse , sentir minha bochechas queimarem com a palavra amor.
- E eu concordo com você, tem que ser feito com a pessoa que você ama. Mas agora temos que ir, olha a hora! Ele falou rindo e desconversando rapidamente. Acho que percebeu que eu estava bastante envergonhada com a situação.
- Vamos, professor. Falei rindo, sabendo que ele odiava que eu chamasse ele assim.Pov Henrique
Entramos no carro e seguimos para a escola, percebi que assim que chegamos , todos os olhares se voltaram para nós. Merda.
- Está todo mundo olhando, Rick. Era melhor eu ter vindo de bicicleta ou a pé. Agora vou ser a órfã frígida da escola, que tem um caso com o professor. Isabela disse.
- Até onde eu sei, em primeiro lugar , não temos um caso ainda. Em segundo lugar, você não é frígida, pelo menos até hoje pela manhã você me disse que tinha sim desejos e em terceiro e não menos importante, achei que você fosse madura o suficiente para não se importar com o que as pessoas falam ou pensam sobre você. Seja apenas você mesma e não fique se importando com fofocas e apostas bestas, sem sentido.
- Você tem razão, Rick. Quer dizer, professor. Vamos! Ela falou se corrigindo, ela tinha medo de agir diferente na escola e isso me prejudicar. Fofa!
Descemos do carro e todos os olhares continuavam na gente, de longe na janela do segundo andar do prédio, a diretora nos olhava e quando percebeu que eu tinha a avistado, fez um sinal com a mão para que eu subisse na sala dela. Isabela seguiu para a sala de aula e eu fui em direção a sala da diretoria.- Bom dia, Dona Lúcia. A senhora queria falar comigo? Eu digo.
- Bom dia, meu vice diretor. Como está a Isabela? Ela pergunta.
- Ela está melhorando aos poucos, não é fácil perder a mãe.
- Sim, com certeza. E sua relação com ela? Você realmente aceitou ficar como guardião de uma jovem de 17 anos? Não sabia que você era próximo da família da Isabela.
- Nossa relação é de amizade, diretora. Sempre fui próximo dos meus alunos. Isabela me contou que sua mãe tinha sido diagnosticada com câncer terminal e eu quis ajuda-lá. Sei que não seria fácil para uma garota de 16 anos na época cuidar sozinha da mãe doente. Eu sei que como educador , eu não deveria me envolver tão a fundo na vida dos meus alunos, mas nesse caso específico, eu deixei a ética um pouco de lado e agir com o coração. Só quis ajudar uma aluna. Criei uma relação muito forte com a Dona Clau e por isso ela me confiou o bem mais precioso dela, elas não tinham mais ninguém e eu considero elas como parte da minha família. Ser tutor da Isabela por alguns meses não me torna menos professor ou algo desse tipo. Eu a respeito, diretora, se era isso que a senhora gostaria de saber, minha relação com a Isabela é uma relação de amizade e cumplicidade, como se ela fosse minha irmã mais nova.
- Entendo, e fico muito feliz com isso. Não gostaria de perder meu melhor professor e vice diretor da escola. Se fosse o oposto disso, a gente teria outro tipo de conversa. Por hoje é isso. Vou avisar os pais dos alunos que estavam preocupados.
- Certo, diretora.
Saio da sala para dar continuidade a minha aula, mas me surpreendo ao chegar na sala de aula. A Isa não estava na sala. Alguns minutos depois ela chega, seus olhos estavam vermelhos, mas ela tentou disfarçar e foi se sentar. Ela com certeza havia chorado, merda. Vou matar o infeliz que tiver machucado ela.
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Minha Aluna Favorita
RomanceMeu filho, eu te chamei hoje aqui em casa , pois eu te tenho como um filho, como você sabe e eu sempre digo, você foi um anjo que apareceu nas nossas vidas no momento certo. Você sempre cuidou tão bem de todos os seus alunos, mas eu sei que você tem...