Irei derrotar vocês no próximo campeonato

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— Vocês viram o que fizeram no armário do Wells ? — Norman falou alegre.

— Na verdade ele merecia muito mais, mas aquilo foi bastante engraçado. — April falou dessa vez, e encarou eu e Clover com um olhar enigmático, sorri pra ela que foi retribuído.

— Aí, o que acham de passarmos no fliper dos Johnson? — Arch sugeriu e concordamos.

Estávamos andando e conversando quando mais a frente avistamos um grupo, eu e Andy ficamos neutros, diferente dos outros quatro que enrijeceram o corpo, de início eu não entendi, mas depois a ficha caiu. Eram eles.

— Ora, ora, ora, olha só quem encontramos aqui. — Uma garota alta de boné amarelo falou. — Os perdedores da Fremont. Cadê o resto do bando de vocês? — Pergunto e se esticou para olhar por cima.

— Não é da sua conta poste de iluminar praça. — Clover respondeu e a garota levantou as sobrancelhas divertida.

— O braço do seu amigo está intacto?? v Foi a vez de um outro garoto baixinho falar, o cabelo meio longo. — Luke pegou pesado da última vez. — Sorriu de lado. Ele não falou em um tom ameaçador igual a garota, mas era mais deboche do que preocupação.

— A intenção era machucá-lo mesmo. — Diz quem eu suponho ser o tal Luke. — O jeito que ele estava rebatendo estava me irritando.

— O'Que tá rolando? — Andy perguntou totalmente fora do assunto já que ele não sabia da história como eu.

— No jogo passado eles, pelo jeito, propositalmente, machucaram o braço do Olli.

— Que golpe baixo. — Falou alto para que eles ouvissem. Uma garota que eu não tinha visto antes se aproximou, tinha os cabelos trançados e preso para trás.

— E você, quem é? — Ela perguntou para Andy, mas eu respondi em seu lugar.

— Prazer, Audrey. Sou a garota que vai derrotar vocês no próximo campeonato. — Indaguei confiante tendo como resposta risadas do lado deles.

— Estarei ansiosa por isso ruivinha. E tenho a impressão que irei me decepcionar, você e a turminha que você agora faz parte não estão com nada. — Senti meu rosto ficar vermelho de raiva. Quem eles pensam que são? Vamos descobrir em campo.

Em um piscar de olhos eles saíram da nossa vista e eu me virei para "meu grupo".

— Eles são horríveis, temos que acabar com essa pose convencida deles.

— Nós vamos! De um jeito ou de outro— decretou Clover.

Já no fliperama Norman entrou primeiro e foi para os fundos onde ficava a lanchonete. O seguimos e nos sentamos nas ultimas mesas. Norman parecia frustrado, April, normal como sempre e Arch estava emburrado, Clover estava com sangue nos olhos.

— Não vejo a hora de massacrarmos aqueles filhos da mãe.— Norman bateu a mão fechada na mesa fazendo Andy ao meu lado se espantar, ri baixinho.

— Faltou isso aqui pra eu partir pra cima da Brooke. — Clover rosnou com raiva. — Eu ainda vou tirar aquele sorriso convencido do rosto dela.- Olhei para April que parecia estar achando graça.

— Viemos aqui para jogar e se divertir, está parecendo mais um velório.— Andy falou e April e Arch concordaram. — Okay, vamos jogar em duplas quem perder deve uma.

Deixamos nossas coisas na mesa e fomos para o outro lado do fliperama. Andy pegou a máquina de Street Fighter 2.

Ficamos horas jogando e eu arriscaria dizer que descontando toda nossa nós pobres brinquedos inocentes. Caminhando pelas ruas conversávamos sobre assuntos banais e, naquele momento, me senti realmente em casa. É uma sensação boa.

— Então, com quantos anos vocês descobriram que amavam beisebol?— perguntou April curiosa.— Eu descobri com 12 anos quando vi alguns garotos da minha escola jogando e me senti tão feliz que pensei: " Eu quero jogar isso também" mas só joguei mesmo com 14 quando mudei de escola porque a antiga não tinha um time feminino ou misto.

— Eu sempre gostei e comecei a jogar aos 10. Meus pais não me apoiavam muito mas depois de um tempo aceitaram, graças ao meu irmão mais velho. — Foi a vez de Clover. — Eles queriam que eu fizesse algo mais feminino como estudar para cuidar da empresa depois que eles ficarem velhos, já que o meu irmão fugiu dessa obrigação.

A maioria deles falaram que sempre gostavam ou que jogavam por diversão, mas depois se apaixonaram.

— E você Addy? — Norman perguntou com a típica voz calorosa. Estou aprendendo a me acostumar ao lugar. Pelo menos tem pessoas legais, exceto um ser que me tira a paciência só de pensar em seu nome.

Ele como se fosse aqueles problemas que quando você pensa dá uma dor de cabeça só que ele na verdade é pior que um problema qualquer, ele é definitivamente o tipo de problema que ninguém iria querer ter. Que confusão!

— Eu não me lembro a idade exata mas me lembro de ir aos treinos com meu pai já que ele era treinador do time de Boston, ele comentava em cada jogada e explicava para meu irmão e eu. Desde então ele se tornou meu esporte preferido, me trás boas memórias e sensações.

Era uma boa época, onde tudo ainda era cor de rosa. Tão incrível.

...

— Você poderia avisar quando chegar tarde em casa? Só te peço isso Audrey. — Disse mamãe cansada escorada no portal da cozinha.

— Tudo bem, da próxima vez irei avisar. — Estava cansada para discutir hoje também. — Estou subindo.

— Coma antes. — ordenou.

— Não estou com fome, amanhã de manhã eu como. Boa noite.

— Audrey, você nunca faz uma refeição conosco, qual o problema? Você não pode apenas fingir que gosta de estar aqui?

— Não, eu não posso! Eu não estou feliz e não estou com fome, vou subir.— Me irritei. Às vezes a vontade que eu tenho é mandar todo mundo pro inferno. por incrível que pareça, as lembranças que mais me chateiam são as de quando eu me considerava feliz.

— Você não pode ser mais legal as vezes?— Andy falou atrás de mim, nem notei que ele estava me seguindo.

— Você viu que eu tentei, só não estou com fome e estou cansada.— Entrei em meu quarto e Andy fez o mesmo por um tempo. — Um hipócrita de verdade jamais pensaria que é um hipócrita — sussurrei mais para mim do que para Andy. Seus ombros estavam caídos, parecendo cansado.

— Tudo bem, tome um banho e descanse. Boa noite. — Esticou o braço com o punho fechado para que eu tocasse e o fiz. Fiz o que ele falou e caí na cama exausta, foi um dia cansativo.

 Fiz o que ele falou e caí na cama exausta, foi um dia cansativo

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