𝐕𝐈𝐈𝐈

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Revisado Por rtc017

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Peter

    Eu sei que alguma coisa aconteceu quando sinto que estou deitado e não é na minha cama, que é macia e fofa, diferente dessa. Então abro os olhos e encaro o teto branco por um cinco segundos, antes de ouvir um barulho de embalagem.

    Olho para o lado, me deparando com Mary Ann sentada em uma poltrona enquanto come algum doce e assiste a algo no celular.

— Você sabia que diabete precoce não é tão raro quanto você pensa? — pergunto, minha voz estranhamente rouca.

    Mary se assusta, virando-se para mim.

— Deus, Peter! — Ela pausa o que estava assistindo. — Como se sente?

— Um pouco de dor de cabeça. O que a gente está fazendo em um hospital? — Franzo as sobrancelhas, tentando lembrar o que aconteceu.

— Você levou uma garrafada e desmaiou. Eu fiquei com medo que você tivesse alguma fratura no crânio e chamei uma ambulância. Te trouxeram para cá.

— Eu tenho alguma fratura no crânio?

— Não.

— O.K.

    Sento-me na cama, tocando o curativo em minha têmpora. Não acho que eu precisava vir para o hospital, mas imagino que Mary Ann deva ter ficado preocupada.

— Você quer uma bala? É de gelatina e em formato de urso. — Ela me oferece. Eu aceito e a ponho na boca, aliviado por não ser de limão dessa vez.

— Que horas são?

— Quase cinco.

— Merda. — Saio da cama — Nós precisamos ir.

— O quê? Agora? Mas o médico disse que você precisa ficar em observação…

— Eu estou bem. Nós temos que ir antes que amanheça. — Faço-a ficar de pé e guardo o pacote de doce na sua bolsa.

— Mas…

    Seguro seu rosto entre minhas mãos, fazendo com que se cale.

— Agora, Mary Jane. Preciso te levar a um lugar.

— Outro parque de diversões? — pergunta, os olhos azuis brilhando. Dou risada e beijo sua testa.

— Não. Mas vamos logo antes que amanheça e o meu tempo acabe. — Seguro sua mão, puxando-a comigo.

— Espera. — Mary Ann para. — Tem um policial aí fora querendo falar com você. O dono do bar ligou para a polícia por causa da briga.

— Droga. — Vou até a porta e abro-a devagarinho. Mary Ann está certa, há um policial sentado em uma cadeira cochilando. — Nós precisamos ser discretos, ok?

𝐀𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐐𝐮𝐞 𝐀 𝐋𝐮𝐚 𝐕𝐚́ 𝐄𝐦𝐛𝐨𝐫𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora