Ele estava encolhido no canto de uma sala vazia, chorando sem precedentes, seu peito doía fortemente e sentia medo... O vazio o sufocava fazendo com que o ar lhe faltasse, seus medos estavam quase o agarrando quando viu um ponto de luz surgi a sua frente. Aos poucos a luz foi aumentando e tomando a forma de um rapaz.
- Não chore Pao. - O rapaz chegou perto dele e acariciou seu cabelo.
- Hia... Eu não aguento mais... - Team levantou os olhos lacrimosos.
- Não diga assim, estamos perto de nos encontrar. - O rapaz sorriu para ele.
- Hia você só está aqui... - Team bateu de leve em sua cabeça. - E, eu estou tão cansado... - Team fechou os olhos e de repente tudo sumiu o deixando na escuridão completa.
Depois desse momento, dois jovens acordam ao mesmo tempo em lugares diferentes, ambos estão com os olhos vidrados, suando e, com uma grande angústia no peito. O mais jovem chora questionando porque aqueles sonhos o perseguem, porque não poderia ser o jovem "normal". O mais velho reza para que seu pequeno não desista ainda e que tudo saia bem para que finalmente se encontrem.
E, mais uma vez Win foi o primeiro a chegar no café próximo a Universidade, ele esperou ansioso um bom tempo sozinho, depois os amigos e seus Nongs lhe fizeram companhia e, quando não restava mais tempo para o café, Win acompanhou os Nongs até a sala de aula para verificar se o Team não tinha apenas ido direto. Sem sorte o sênior resolveu matar sua aula e vagar por aí para acalmar seu espírito que dizia para encontrar o pequeno com rapidez. O rapaz entrou em seu carro, colocou uma música suave para tocar e fechou os olhos para se concentrar, se era seu destino e se estavam tão perto um do outro ele iria acha-lo, respirou fundo e meditou até que uma imagem veio a sua mente, com um sorriso nos lábios o jovem loiro pegou a estrada.
Após se recompor Team se senta com o peso em seu coração ao que parece seus pesadelos não irão sumir sozinhos, mas ele não estava disposto a passar por toda aquela tortura novamente, então ele acabaria louco? Quando sua mãe ligou na noite passada perguntando se estava tudo bem, o menino mentiu dizendo que estava, quando ela perguntou se fez amizades e ele contou que tinha realmente conseguido, ela duvidou e perguntou se eram reais... Aquela pergunta não só afundou seu coração, como o fez duvidar por um momento de sua sanidade. Sua mente poderia estar tão destruída assim? Ele queria ficar sozinho, então decidiu não ir a aula, ao invés disso se arrumou e saiu sem rumo até que viu um parque que parecia um bom lugar para espairecer, já que estava praticamente vazio por ser meio de semana.
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Parque Chatuchak - BangKok/Tailândia
Team andou sem rumo pelo parque pensando em seus problemas, até que parou no meio da ponte e ficou observando a água tão calma lá embaixo, ele queria que sua alma estivesse assim tranquila sem desgovernar sua vida. Win seguindo seus instintos e acabou no Parque Chatuchak, onde foi para todo o lado com muita atenção, seu coração não estaria batendo acelerado a toa, certamente. O sênior abriu um largo sorriso quando parou no pé da ponte, ao ver a figura do seu menino parado olhando a água. Win tinha idealizado muitas vezes aquele momento, ensaiou inúmeras mais, o que diria a ele, mas sua mente estava em branco e seu corpo trêmulo de emoção, então apenas caminhou lentamente em direção ao Nong.
- Pao... - Win chamou suave ao lado de Team que o olhou com olhos arregalados.
- Não... de novo não... - A reação do Nong chocou Win. - Você não é real... - Team começou a chorar e bater na cabeça.
- Pao... se acalme, eu sou real. - Win segurou a mão dele com força para que não se machucasse.
- Não... eu não vou voltar para lá ... eu não posso. - Team soluçava sua respiração acelerou.
- Você não vai, eu não vou deixar. - Win prometeu abraçando o menino bem apertado. - Nunca mais irão fazer isso com você. - O coração dele doeu com o desespero do Nong.
- Hia... eu não aguento mais... - E, essas foram as últimas palavras de Team antes de desmaiar.
- Pao... Pao...- Win sacudiu o menino em seus braços sem obter resposta, o sênior o carregou no colo e agradeceu, mentalmente, por estarem perto do estacionamento.
Win correu desesperado para o hospital mais próximo e depois que Team foi atendido ele ligou para sua avó e Dean contando o ocorrido e, o mais rápido que puderam os amigos e a avó dele estavam ao seu lado, só então Win se permitiu desabar.
- Eu não posso perde-lo, não agora que finalmente nos encontramos. - Win estava devastado com tanta dor.
